Com direção de Afonso Poyart e Fernando Sanches, Galeria Futuro estreia nos cinemas no dia 18 de novembro. A saber, o tema central da comédia é a dificuldade de desapegar do passado. Em um Brasil onde vemos muitos ainda tentando se agarrar a tradições já ultrapassadas, o longa vem mostrar, portanto, como se abrir ao novo é necessário.
Em uma esquecida galeria no Rio de Janeiro, três amigos, interpretados por Marcelo Serrado, Aílton Graça e Otávio Müller, têm lojas de serviços já não utilizados. Um é dono de uma videolocadora. Outro tem um pequeno estande de mágicas. O terceiro ganha(va) a vida revelando filmes fotográficos. Porém, com a iminente venda do local para se transformar em igreja, se veem perdidos. E futuramente falidos. A sorte do grupo muda quando encontram pílulas alucinógenas em uma das lojas. A fim de juntar dinheiro suficiente para comprar a galeria, começam a vender as tais “pastilhas da felicidade”. Para isso, contam com a ajuda de uma ex-participante de reality show, interpretada por Luciana Paes. Isso se dá porque, logo após de chegar na galeria com o objetivo de abrir um salão de beleza, ela descobre que vai perder tudo com o fechamento do local.
Diversidade de gêneros
Sem dúvida o filme acerta nas referências cinematográficas. É divertido, assim, tentar acertar quais clássicos foram homenageados. Portanto, por conta da diversidade de referências, o longa acaba não se atendo a somente um gênero cinematográfico. Apesar de ter muito humor, ele passeia também por outros tipos. E surpreende sobretudo quando se transforma em um filme de ação digno de Tarantino. “O overlap dos gêneros é algo que cada vez mais a gente vai ver.”, afirmou Afonso Poyart na coletiva de imprensa de Galeria Futuro.
Acerta, também, em não colocar a integrante feminina no grupo somente como “a gostosa” ou o par romântico. A ela foi dado um papel com força e importância. Sobre sua personagem, Luciana Paes disse: “Na comédia, nunca era dada essa força da mulher como player, como jogadora mesmo, era sempre a admirada. Esse lugar da mulher que entra na trama pra ser par de alguém não foi foco do filme.”
Porém, o longa não acerta tanto nas piadas. Algumas têm um tom tão ultrapassado quanto seus personagens apegados ao passado. Os atores estão afinados na atuação e, por isso, geram cenas que divertem. Todavia, alguns diálogos são um pouco machistas, o que dificulta o riso. Apesar disso, o longa, que tem uma cena pós-crédito, suscita a reflexão de quando é hora de deixar pra trás o que não faz mais sentido.
Enfim, confira o trailer:
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