Nos últimos anos, a cultura televisiva foi profundamente alterada pelo avanço das plataformas de streaming. A pandemia acelerou essa transformação, fazendo com que estúdios apostassem todas as suas fichas no streaming como o futuro do entretenimento. Conteúdos licenciados foram renegociados por valores elevados ou retirados de terceiros, enquanto os espectadores ficaram sobrecarregados com diversas assinaturas necessárias para acompanhar as produções mais comentadas. Esse modelo, no entanto, está desgastado.
O excesso de plataformas dificulta a experiência do espectador, que precisa navegar por um emaranhado de serviços e organizar datas de estreias e renovações. Além disso, a pandemia e a greve de Hollywood em 2023 trouxeram atrasos significativos nas produções, resultando em intervalos de até três anos entre temporadas. Com isso, os serviços de streaming perdem assinantes entre os lançamentos, enfraquecendo sua base de assinantes recorrentes.
Esse cenário está corroendo a cultura de assistir a séries em conjunto e precisa ser ajustado.

O mercado já aponta um caminho: a reconfiguração dos modelos com pacotes de serviços. Pacotes como os da Disney (com Disney+, Hulu, Max e ESPN+) e de outras empresas (Apple, Verizon, Amazon, entre outras) oferecem múltiplos serviços por preços menores do que assinaturas individuais. Essa estratégia centraliza o consumo de conteúdo e facilita a experiência do público.
Outra correção necessária é permitir que o modelo da Netflix prevaleça. Apesar das inovações das concorrentes, a Netflix ainda domina o mercado graças à facilidade de uso e recursos que eliminam a busca excessiva, como recomendações personalizadas e listas de tendências. Além disso, a plataforma mantém conteúdos relevantes por anos, revivendo séries antigas e filmes esquecidos, o que beneficia artistas e cineastas.

Com preços que já ultrapassam US$ 25 (mais de 100 reais) mensais, a confiança da Netflix em sua base de assinantes comprova seu modelo como preferido pelos consumidores. Portanto, o futuro do streaming requer foco na centralização e na experiência prática do usuário, para que a cultura televisiva coletiva seja revitalizada.
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