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Música

Hugo Mello | “Um Los Hermanos sem guitarra”

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Hugo Mello é Los Hermanos sem guitarra.

As atribulações da vida transformam-se em música no violão de Hugo Mello, artista que faz parte da nova geração da MPB. Aqui ele fala sobre arte e como cria suas composições. Entre elas, a fofa “Nina”, que parece uma coisa, é outra, mas acima de tudo, tem delicadeza, singeleza e felinidade. É possível compreender um pouco de como funciona o processo de criação desse músico. Clique na imagem acima e dê o play para ouvir e saber mais.

Hugo Mello preza por canções intimistas e tem grande inspiração em Los Hermanos, o que fica claro no seu estilo tando de se vestir e comportar até musicalmente. “Meu Girassol”, por exemplo, traz uma letra mais densa. Enquanto “Filme” é uma grande serenata de amor e uma ode ao cinema. Já “Astronauta” é um desabado a partir do que Hugo Mello passava naquele momento, uma busca por entrar em contato com os próximos sentimentos. A música é uma paixão para Hugo Mello, que deseja ver suas canções se espalhando e tocando as pessoas, mexendo com sensações e despertando o que tiver que ser desperto.

Créditos do Podcast:

// Apresentação e roteiro: Alvaro Tallarico // Edição: Fachal Júnior // Foto por Alvaro Tallarico // Siga @viventeandante no Instagram e no Twitter // No Facebook: facebook.com/viventeandante //

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Música

Bambas do samba: Geraldo Pereira

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Em ocasião do Dia Nacional do Samba lembramos a figura de Geraldo Pereira

”Geraldo Pereira, vara madura que não cai, deixou belos e bons sambas que influenciaram outros segmentos musicais, cujo maior exemplo é a Bossa Nova”
João Nogueira


Você pode não ligar o nome a pessoa, mas certamente conhece algumas de suas músicas: Bolinha de Papel, Falsa Baiana, “Pisei num despacho”, Sem Compromisso (que muitos pensam ser do Chico Buarque), Escurinho são alguns dos inumeráveis clássicos de Geraldo Pereira, cujas composições ajudaram a desenhar o cenário musical do samba . Nascido em Juiz de Fora em 23 de Abril de 1918 o sambista foi morar ainda criança no morro da Mangueira por volta dos onze, doze anos – a idade é imprecisa – e cresceu convivendo com grandes sambistas e malandros do morro. Desde cedo já demonstrava talento para a música – teve aulas de violão com Alfredo Português, Pai adotivo de Nelson Sargento. Aos 17 anos já arriscava suas primeiras composições.


Geraldo Pereira foi um grande cronista social do seu tempo. Através de seus sambas é possível ter uma ideia de como era o Rio de Janeiro na primeira metade do século XX. Ao mesmo tempo que são o retrato de uma época, suas canções se tornaram eternas e até hoje são regravadas e cantadas em rodas de samba em todo o Brasil. Geraldo Pereira Chegou a ter uma música censurada pela ditadura do Estado Novo, chamada Ministério Da Economia, onde ele fala das agruras de um sujeito cuja vida estava tão difícil que sua esposa foi “meter os peitos na cozinha de madame em Copacabana”. A música só veria uma gravação no início dos anos 1980 pela voz do saudoso Monarco.

Quem tomava aulas de violão com Geraldo Pereira pelos bares da Lapa era João Gilberto, que mais tarde seria considerado um dos pais da Bossa Nova. O baiano era um grande admirador da forma como o sambista tocava seu instrumento, aliás Geraldo Pereira é tido como o mestre do samba sincopado. Na linguagem técnica das partituras, síncope significa prolongar o som de um tempo fraco em um tempo forte que vem a seguir. Assim resulta em um ritmo pulado, requebrado, brejeiro, o samba de gafieira, que é diferente daquele tocado nas escolas de samba. Não foi por acaso que nos anos 1960 João Gilberto gravou Bolinha de Papel.

Toda essa genialidade não impediu que Geraldo tivesse uma vida difícil no morro, como a maioria dos sambistas de sua época. Ele sai de cena justamente quando sua carreira começava a se consolidar: na Lapa envolveu-se numa briga com o lendário Madame Satã. Foi golpeado e foi ao chão. Levado para o Hospital dos Servidores veio a óbito no dia oito de Maio de 1955. No carnaval de 1982 Geraldo Pereira foi enredo da Unidos do Jacarezinho. Suas canções até hoje são celebradas. Em suas letras estão sonhos, dores, alegrias e imagens que povoam o imaginário brasileiro. Geraldo Pereira presente!

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