Conecte-se conosco

Espetáculos

JP Move Repertório leva três espetáculos a diversos espaços do Rio de Janeiro

Publicado

em

JP Move Repertório

Entre agosto e outubro de 2022, a companhia de dança JP Move realiza uma circulação dos espetáculos “Quora”, “Que Se Funk” e a performance “Desencaixe”, três dentre os muitos espetáculos de seu repertório.

]ontemplada pelo edital FOCA, a cia realizará o projeto “JP Move Repertório”, totalizando 27 apresentações pelo Rio de Janeiro. A estreia acontece nos dias 20 e 21 de agosto, onde a companhia se apresenta às 19h no Teatro Angel Vianna, no Centro Coreográfico do RJ, na Tijuca.

Em paralelo às apresentações, consta na programação lives com artistas oriundos de favelas da zona oeste para abordar o movimento da dança, em si, e o mercado de trabalho nessas regiões. Além disso, cursos de danças urbanas oferecidos gratuitamente a alunos do 6º ao 9º ano de algumas escolas da rede pública de ensino.

Viés social

Comemorando em paralelo os 24 anos de um trabalho artístico e social potente, que já abarcou centenas de jovens de bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro, com a circulação dos trabalhos a companhia reforça seu viés social de facilitar às populações menos favorecidas o acesso à arte e ao entretenimento de qualidade.

Em “Quora” (2019 / 2020) é realizada uma investigação cênica que busca provocar a reflexão no espectador sobre o desmazelo ao estereotipar o outro, abordando os impactos culturais deste processo a partir das relações interpessoais e com o próprio individuo nos espaços urbanos.

Em seguida, “Que se Funk” (2013 / 2017) perpassa o movimento do ritmo e suas relações com a sociedade, bem como as conexões estabelecidas entre os indivíduos e os espaços da cidade. A ideia para “Desencaixe” (2017 / 2019) partiu de um comentário de Paulo Madureira no resumo do livro “Criatividade e Processos de Criação”, de Fayga Ostrower, de que o indivíduo desenvolve sua sensibilidade de acordo com o contexto social em que vive.

Mantendo uma linha de repertório cujo objetivo é evidenciar a miscelânea cultural que é o Rio de Janeiro através de recortes artísticos inspirados pelos bailes funk, charme e toda bossa musical carioca, o trabalho da companhia é sempre influenciado pelo contexto suburbano. Assim, as linhas de pesquisa que norteiam os espetáculos são baseadas nas tendências de moda, dialetos, musicalidade, dança e comportamento, contribuindo diretamente como uma vitrine artística para incentivar o público a consumir esses produtos locais.

Através da companhia de dança, grande parte dos jovens atendidos passaram a ver a educação formal como uma necessidade e saída contra a extrema pobreza em suas vidas.

“Todos que passam pela companhia concluem o Ensino Médio, e muitos desses estão chegando à universidade pública por nossa orientação. Hoje somos 12 integrantes, dentre os quais oito são universitários e um está no Técnico em Dança na FAETEC. Transformamos vidas, sim, e principalmente no âmbito profissional. Inserimos esses jovens no mercado de trabalho”, destaca Michel Cordeiro, diretor artístico da companhia.

SERVIÇO:

“JP MOVE REPERTÓRIO – QUORA / QUE SE FUNK”

Datas: 20 e 21 de agosto – sábado e domingo

20 de agosto: “Quora”

21 de agosto: “Que se Funk”

Horário: 19h

Local: Teatro Municipal Angel Vianna / Centro Coreográfico da Cidade do RJ

Endereço: Rua José Higino, 115 – Tijuca

Ingressos: R$ 10 (valor correspondente à meia-entrada, que estará válido para todos)

Link para compras: https://www.sympla.com.br/jp-move-repertorios–quora–que-se-funk__1663935

Classificação Indicativa: Livre

Duração: 60 minutos

Afinal, veja mais:

Rio de Contos | Coletânea traz novos talentos do estado do Rio de Janeiro

A Mulher Rei | Épico de ação com Viola Davis ganha seu primeiro trailer, assista!

Descubra os filmes e séries não falados em inglês mais vistos do mundo

Anúncio
Clique para comentar

Escreve o que achou!

Crítica

‘O Admirável Sertão de Zé Ramalho’ brilha no Teatro Prudential

Publicado

em

Foto mostra o elenco do musical Admirável Sertão de Zé Ramalho

“O Admirável Sertão de Zé Ramalho” é um bom musical que oferece uma bela parcela de diversão e, ao mesmo tempo, pincela a história de um magistral artista, refletindo um pouco da essência de algumas de suas principais criações. Durante as quase duas horas de espetáculo, essa imersão na vida e obra de Zé Ramalho acontece de forma tão envolvente que nem percebemos o tempo passar. Notei isso assim que terminou e lembrei de olhar o relógio. Foi um susto ver quanto tempo havia passado e logo senti uma alegria pela capacidade que o espetáculo teve.

Uma das primeiras impressões quando a cortina abre é a ausência de cenografia, o que inicialmente pode surpreender. No entanto, essa escolha pode ter sido feita para destacar ainda mais os músicos e instrumentistas, que mostram grande habilidade e paixão pela música de Zé Ramalho. Especialmente Muato brilha sempre que aparece. Porém, é impossível não mencionar a luminescência da sanfoneira Ceiça Moreno, que estreia aos 76 anos de idade no teatro encantando a plateia com sua interpretação apaixonada e voz acolhedora. Ela é uma ótima tradução de “Avôhai” e inicia o espetáculo de forma genial.

A elegância poética de Adriana Lessa

Se não vemos um cenário tão cheio de nordestinidade e cor, temos um figurino deslumbrante concebido por Wanderley Gomes, que enche o espetáculo de brasilidade. No elenco, a participação de Adriana Lessa adiciona elegância e poesia à narrativa, especialmente quando encena a história por trás da música “Chão de Giz”, em uma cena cheia de beleza poética, onde podemos apreciar a capacidade cativante dessa grande artista em falar muito com poucos gestos e expressões. Isso já vale o ingresso. É o momento em que ela empresta seu talento para dar vida a Gisa, um dos grandes amores de Zé Ramalho, que inspirou a emblemática canção, uma das minhas preferidas do músico.

Desafios de “O Admirável Sertão de Zé Ramalho”

O repertório de Zé Ramalho é tão vasto que é bastante desafiador condensá-lo em apenas duas horas de espetáculo, mas a peça procura seguir uma cronologia coerente. O texto de Pedro Kosovsky busca pintar um quadro geral da vida de Zé Ramalho, destacando algumas nuances, como suas incursões na psicodelia e na sociedade alternativa. Ademais, logicamente, o espetáculo também faz incursões na crítica política, uma característica marcante das composições desse gênio que escolheu ir contra o fluxo das massas.

Um dos pontos mais interessantes da peça é a forma como tenta equilibrar a narrativa da vida de Zé Ramalho com a história por trás de algumas de suas músicas. Isso reflete a própria complexidade do artista, que mistura elementos da cultura nordestina com influências do rock, como os Beatles. Há inclusive uma cena, que usa bem a imponente e lindíssima estrutura do Teatro Prudential, onde parece que vemos Beatles brasileiros.

Além disso, outro destaque é a interação com o público. Essa conexão cria laços emocionais e exacerba a vitalidade do espetáculo.

Em resumo, pude ver a peça a convite da crítica teatral Paty Lopes, e devo dizer que ” O Admirável Sertão de Zé Ramalho” é uma celebração da rica trajetória musical e pessoal de um dos maiores artista brasileiros. Uma experiência que faz mergulhar na complexa e fascinante jornada de Zé Ramalho.

Serviço:

Teatro Prudential

Rua do Russel 804, Glória.

De 28 de setembro a 29 de outubro

De quinta a sábado, às 20h. Domingo, 18h.

Obs: 05 de outubro não haverá apresentação

Dias 28, 29, 30 de setembro e 01 de outubro [Estreia com preços promocionais]
R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia)

A partir de 06 de outubro [Ingressos com preços normais]
Quinta e sexta – R$ 90,00 (inteira) / R$ 45,00 (meia)
Sábado e domingo – R$ 100,00 (inteira) / R$ 50,00 (meia)

*Obs.: 05 de outubro não haverá apresentação

Classificação: 12 anos
Duração: 105 MINUTOS

INGRESSOS:

Atendimento Presencial: De terça à sábado de 12h às 20h, Domingos e feriados de 12h às 19h. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação.

Autoatendimento: A bilheteria do Teatro Prudential possui um totem de autoatendimento para compras de ingressos.

Ficha técnica:

Texto: Pedro Kosovski
Direção: Marco André Nunes
Idealização e produção artística: Eduardo Barata

Direção musical: Plínio Profeta e Muato
Direção de movimento: Caroline Monlleo
Elenco: Adriana Lessa, Ceiça Moreno, Cesar Werneck, Duda Barata, Marcello Melo, Muato, Nizaj, Pássaro, Tiago Herz e Genilda Maria (atriz stand-in)
Cenário: Marco André Nunes e Uirá
Figurinos: Wanderley Gomes
Iluminação: Dani Sanchez
Desenho de som: Júnior Brasil
Visagismo: Fernando Ocazione
Assistente de direção: Diego Ávila
Programação visual: Felipe Braga
Fotos: Cristina Granato

Assessoria de imprensa: Barata Comunicação e Dobbs Scarpa

Direção de produção: Elaine Moreira
Produção executiva: Tom Pires
Produção: Barata Produções

Ademais, leia mais:
Bob Marley: One Love | Cinebiografia do ícone do reggae ganha seu primeiro trailer
Tigertail e o choro contido | Crônica
Sérgio e o Buda | Crônica

Por fim, por falar em música, confira o clipe de samba jazz “Preto de Azul”:

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências