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M3gan
CinemaCrítica

Crítica: M3GAN 2.0 abandona o terror e abraça a galhofa bem temperada

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 27 de junho de 2025
7 Min Leitura
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Dirigido por Gerard Johnstone, M3GAN 2.0 entretém por meio do absurdo, tendo muita confiança que os fãs voltarão para mais

Grandes mestres do horror como Ridley Scott, Wes Craven e John Carpenter, idealizaram e trouxeram à vida diversos monstros e assombrações que marcaram o cinema e o imaginário popular. Desde criaturas fantásticas como o Xenomorfo, ou psicopatas como Michael Meyers, o único bloqueio para algo virar um monstro de filme de terror, é a imaginação dos criadores, não por acaso já tivemos absurdos como bolhas, The Blob (1958, Irvin Yeaworth), vermes gigantes, O Ataque dos Vermes Malditos (1990, Ron Underwood), e uma quantidade enorme de brinquedos assassinos.

Um dos mais famosos bonecos de filmes de terror, obviamente deve ser Chucky, Brinquedo Assassino (1988, Tom Holland), porém, já tivemos outras variações como Annabelle, Annabele (2014, John R. Leonetti), e outros exemplos como M3GAN, porém, diferente de seus irmãos possuídos por entidades do mal, a vilania da bonequinha, vem diretamente dos perigos que a tecnologia pode apresentar, principalmente se ela não for bem controlada.

M3GAN (2023, Gerard Johnstone) foi lançado com uma boa recepção de público e crítica, desde a sua primeira cena, percebemos um tom que desvinculava dos filmes mais tradicionais do gênero, assim, por conta de seu humor satírico e em certos momentos, auto-consciente, agradou aos fãs ao fornecer uma história redonda, um núcleo familiar forte na relação entre Gemma e Cady, e uma protagonista homônima que recebeu um novo lugar para chamar de seu: a internet, obviamente um dos grandes motivadores para termos ganho uma sequência.

Confira abaixo o trailer de M3GAN 2.0 e continue lendo a crítica

M3GAN, tanto o filme, quanto a personagem, não é para ser levada a sério. O humor, a construção narrativa e o fato dela cantar Titanium como uma canção de ninar, são alguns dos acontecimentos que nos levam ao riso e o absurdo, não ao medo.

Se virmos o Chucky na rua, nós sairemos correndo, se virmos M3GAN na rua, muitos parariam para tirar uma foto e dançar com ela, e até mesmo ela entraria na onda, pois M3GAN é a boneca da nova geração, amada por tudo e todos, e com uma força para matar pessoas e cachorros, caso eles se metam em seu caminho de proteger a Cady. O fato de a Inteligência Artificial ter evoluída rapidamente desde 2023, permite que o novo filme abordasse novidades nos perigos que perigos como M3GAN poderiam oferecer, porém, como um bom blockbuster da atualidade, passa longe de realmente explorar a fundo, focando mais em entretenimento pipoca.

M3gan

Cena de M3GAN 2.0- Divulgação Universal Pictures

Considerando o sucesso estrondoso que a personagem teve nas mídias sociais, como seria possível fazer uma sequência em que ela seria novamente a vilã, e não uma anti-heroína? Se aprendemos algo com Exterminador do Futuro 2- O Julgamento Final (1991, James Cameron), é que o público gosta de subversões, se o personagem foi vilão no primeiro filme, e mesmo assim adorado pelo público, porque não dar o que a audiência quer, e torná-lo um falho herói incompreendido que apresenta a missão de deter alguém ainda maior e pior do que ele?

No caso de M3GAN 2.0, esta alguém é Amelia. Uma androide criada em cima de seu código original, que se voltou contra seus criadores e sai em uma busca para encontrar a IA mais velha do mundo, e conseguir dominar o mundo. O contexto por trás desta confusa e grandiosa narrativa, apresenta tantas exposições e reflexões pouco exploradas, que fazem o filme em si perder muita força.

Enquanto no primeiro filme a história estava contida dentro do núcleo familiar, sua sequência cresce o universo a ponto de M3GAN se tornar a protetora de toda a humanidade, perdendo o emocional que antes era presente no primeiro filme, e abrindo margem para um humor auto-referencial que apresenta esta noção.

Apesar de seguir a premissa do filme de Cameron, M3GAN 2.0 não aprimora a fórmula. Sua protagonista apresenta uma evolução e um arco, inclusive com uma resolução muito semelhante, em questão de tom, com o final do T-800 em Exterminador do Futuro 2, porém, por conta disso priva a audiência de uma interessante personagem, em pró de algo mais acessível para a geração TikTok.

Sai o terror e entra a comédia de ação absurda, fazendo a produção perder parte de sua originalidade e se transformando em uma produção bem executada e aceitável, dentro dos padrões normais de Blockbuster, com alguns momentos cômicos, um núcleo dramático bem inferior ao seu predecessor, e sequências de luta bem coreografadas, porém, vazias e genéricas na medida que estamos mal acostumados com grandiosidades como John Wick (2014, Chad Stahelski).

M3gan

Cena de M3GAN 2.0- Divulgação Universal Pictures

Mais colorido, mais engraçado, menos assustador, com um maior destaque para M3GAN, que se torna uma personagem bem mais dúbia, por conta de ser tão amada pela audiência, a produção trilha um caminho que agradará os fãs do filme original, trazendo possibilidades para sequências, que apresentarão a missão de se reinventar, ou pelo menos trazer algo melhor do que somente um “decente Blockbuster” que pretende ganhar um dinheiro fácil.

M3GAN 2.0 é uma distribuição Universal Pictures e estreia nos cinemas brasileiros no dia 26 de Junho de 2025.

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Tags:críticaCrítica M3GAN 2.0M3GANM3GAN 2.0sequênciaterrir
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