Música
Cantora Mayra Itaborahy | “Arte é exteriorizar o que de bonito tem na sua alma”
Publicado
4 anos atrásem

Mayra Itaborahy é cantora e também advogada de direitos autorais. Está com seu novo show “Receita para falar de Amor e Polêmica” e deu entrevista para o Vivente Andante. Primeiramente ela cresceu ouvindo histórias musicais que passavam por seu bisavô, o qual foi professor de música de Ary Barroso, o avô radialista e músico, até seu pai, Cezar, um de seus grandes parceiros de composições. Agora, Mayra começa uma nova fase com o lançamento do single “Nossos Mil Volts” e a estreia do show “Receita pra falar de Amor e Polêmica”. A saber, o show será no dia 23/01 (quinta-feira), na Casa de Luzia, na Lapa (RJ).
“Temos amor e polêmicas em todos os momentos da nossa vida. Vamos ver se vocês identificam no repertório”, desafia Mayra.
Homenagem ao namorado
A nova música foi criada para o namorado e baixista Daniel Martins, que assinou o arranjo. “Fiz pensando em um chalé que costumamos ir, em Araras. Compus no violão, mas depois que duas amigas que tocam ukulele me pediram a cifra, saquei que a canção tinha essa pegada mais moderna e que o instrumento caberia lindamente”, contou ela.
Amor e Polêmica no show
O repertório do show conta com músicas inéditas que falam sobre amor (“Nossos mil Volts”, “Caribenha” e “Te tatuei em Braile”), empoderamento feminino (“Quem ela Quer” e “Braços de Morpheu”), política (“Depois não Reclama”, “50 anos atrás”) e até gastronomia, como “Torta Capixaba”.
Além destas autorais, Mayra apresentará releituras de canções que fazem parte do seu universo musical, como “Apenas um Rapaz Latino Americano” (Belchior), “El Cuarto de Tula” (Buena Vista Social Club), “Apesar de Você” (Chico Buarque), “Chiclete com Banana” (Almira e Gordurinha, por Jackson do Pandeiro), “Tatuagem” (Nelson Cavaquinho) e “Is this Love” (Bob Marley).
Os arranjos das canções foram criados com sua banda, formada por: Daniel Martins (baixo e guitarra, já acompanhou nomes como Lobão, Danni Carlos e Tony Platão); Diogo Martins (violão e guitarra – tocou com Roberto Menescal, Milton Nascimento e Leandro Braga) e Davidson Ilarindo (Bateria – Papo de Mallandro, Luciane Dom, Empolga às Nove e Candybloco).
A carreira
Mayra Itaborahy tem influências de compositores diversos como os clássicos Noel Rosa, Assis Valente, Cartola e Nelson Cavaquinho. Contudo, não esquece os contemporâneos como Chico Buarque, João Bosco, Tom Jobim, Paulinho da Viola, Guinga, Paulo Cesar Pinheiro, Aldir Blanc, Jorge Simas, Paulo Cesar Feital, e vários outros.
Aliás, em seu disco de estreia, “Quem Convidou”, a artista percorreu estilos como samba, choro, xote, fox e bolero. Das 11 músicas, 10 são autorais, sendo algumas em parceria. O álbum foi lançado em junho de 2016, com show na sala Baden Powell, no Rio de Janeiro. Em 2019, Mayra lançou a música “Meus Setenta Anos”, em parceria com o pai, Cezar Itaborahy, e o amigo Tarcísio Faustini, em homenagem à melhor idade. Neste mesmo ano, lançou seu último single “Nossos Mil Volts”. Todavia, em 2020, Mayra prepara o lançamento de uma série de singles novos e seu segundo álbum.
Por fim, Mayra já participou de festivais como o Festival Nacional da Canção, em Minas Gerais, e os Festivais de Música das Rádios EBC (Rádio Nacional Rio e MEC). Inclusive, atuou também no espetáculo “Tem Malandragem na Lapa”, uma adaptação livre de “Ópera do Malandro”. Frequentemente a artista se apresenta em shows autorais e rodas de samba pelo Brasil. Além disso, também comanda o grupo Sambalá, na voz e violão.
Serviço:
Show de Mayra Itaborahy – “Receita pra falar de Amor e Polêmica”
Data: 23/01 – Quinta-feira
Local: Casa de Luzia – Rua Evaristo da Veiga, 149, Lapa. Rio de Janeiro.
Preços: R$ 25,00 (inteira) e R$ 15,00 (lista amiga no Facebook).
Link do evento: https://www.facebook.com/events/511599096145578/
Créditos do Podcast:
Apresentação e Roteiro: Alvaro Tallarico /// Foto: Alvaro Tallarico /// Edição: Rico Moraes /// Música de abertura e fechamento: 2 na praça – Da Praça ///
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.

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João Nogueira

Você pode não ligar o nome a pessoa, mas certamente conhece algumas de suas músicas: Bolinha de Papel, Falsa Baiana, “Pisei num despacho”, Sem Compromisso (que muitos pensam ser do Chico Buarque), Escurinho são alguns dos inumeráveis clássicos de Geraldo Pereira, cujas composições ajudaram a desenhar o cenário musical do samba . Nascido em Juiz de Fora em 23 de Abril de 1918 o sambista foi morar ainda criança no morro da Mangueira por volta dos onze, doze anos – a idade é imprecisa – e cresceu convivendo com grandes sambistas e malandros do morro. Desde cedo já demonstrava talento para a música – teve aulas de violão com Alfredo Português, Pai adotivo de Nelson Sargento. Aos 17 anos já arriscava suas primeiras composições.
Geraldo Pereira foi um grande cronista social do seu tempo. Através de seus sambas é possível ter uma ideia de como era o Rio de Janeiro na primeira metade do século XX. Ao mesmo tempo que são o retrato de uma época, suas canções se tornaram eternas e até hoje são regravadas e cantadas em rodas de samba em todo o Brasil. Geraldo Pereira Chegou a ter uma música censurada pela ditadura do Estado Novo, chamada Ministério Da Economia, onde ele fala das agruras de um sujeito cuja vida estava tão difícil que sua esposa foi “meter os peitos na cozinha de madame em Copacabana”. A música só veria uma gravação no início dos anos 1980 pela voz do saudoso Monarco.
Quem tomava aulas de violão com Geraldo Pereira pelos bares da Lapa era João Gilberto, que mais tarde seria considerado um dos pais da Bossa Nova. O baiano era um grande admirador da forma como o sambista tocava seu instrumento, aliás Geraldo Pereira é tido como o mestre do samba sincopado. Na linguagem técnica das partituras, síncope significa prolongar o som de um tempo fraco em um tempo forte que vem a seguir. Assim resulta em um ritmo pulado, requebrado, brejeiro, o samba de gafieira, que é diferente daquele tocado nas escolas de samba. Não foi por acaso que nos anos 1960 João Gilberto gravou Bolinha de Papel.
Toda essa genialidade não impediu que Geraldo tivesse uma vida difícil no morro, como a maioria dos sambistas de sua época. Ele sai de cena justamente quando sua carreira começava a se consolidar: na Lapa envolveu-se numa briga com o lendário Madame Satã. Foi golpeado e foi ao chão. Levado para o Hospital dos Servidores veio a óbito no dia oito de Maio de 1955. No carnaval de 1982 Geraldo Pereira foi enredo da Unidos do Jacarezinho. Suas canções até hoje são celebradas. Em suas letras estão sonhos, dores, alegrias e imagens que povoam o imaginário brasileiro. Geraldo Pereira presente!

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