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Cultura

Mini Festival Artístico de Guarapiranga acontecerá neste final de semana

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O 1º Mini Festival Artistítico de Garapiranga acontecerá entre os dias 5, 6 e 7 de fevereiro no formato online. O evento gratuito que recebeu a aprovação da Lei Aldir Blanc reunirá três companhias circenses ao longo de sua exibição. Com isso, os organizadores afirmam que haverá muita arte, cultura e entretenimento. O evento ajudará mais de 70 profissionais a retomarem as atividades que foram diretamente impactadas durante o ano de 2020 devido a pandemia do Covid-19. 

“O setor artístico sentiu na pele todos os efeitos da pandemia, ficamos meses com nossas atividades paradas e não poderia estar mais feliz de retornar através de um festival que tem em sua essência essa cultura de resgate do que há de melhor.” reforça Claudia Orteney fundadora da Cia do Circo

Represa do Guarapiranga será o palco do festival

As transmissões ao vivo acontecerão na bela paisagem da Represa do Guarapiranga, localizada na cidade de São Paulo. Os interessados poderão acompanhar nas redes sociais oficiais do Mini Festival, além das plataformas Eventim, Tô na Mídia, Passeio Kids e Clubinho de Ofertas. 

“ Participar deste evento é uma honra para nós como companhia internacional. O público terá acesso a grandes números que elevam o nível da arte circense no mundo. A Represa da Guarapiranga e todo seu significado para a cidade de São Paulo só vai colaborar para essa experiência incrível que estamos entregando. Estamos muito animados para a nossa participação, a organização está de parabéns por pensar em cada detalhe! Será um final de semana espetacular” Marcelo Juan, diretor da companhia Circo Amarillo. 

Marlene Querubin, fundadora do Circo Spacial e uma das organizadoras do festival fala sobre o propóstio de realizar o Mini Festival: “ O nosso maior objetivo com esse evento é reunir arte, cultura e entretenimento, através de diversas linguagens artísticas, destacando entre elas, o Circo, o Teatro, a Música e a Dança, trazendo uma reflexão sobre a consciência ambiental e seu impacto nas grandes cidades, esse inclusive foi o motivo da escolha do local.”

Foto: Divulgação

Programação Oficial do Evento:

→ Dia 5/02 – Sexta

17 horas
Cia do Circo – Rock, Circo e Dança
(o melhor da união entre as tradicionais famílias Brad & Ortaney através de um misto entre os clássicos números de circo além de um show musical de Rock e Pop)
Transmissão: Facebook Festival Artístico Guarapiranga e Tô na Mídia

19:00 horas
Reapresentação
Youtube Festival Artístico Guarapiranga, Passeio Kids e Clubinho de Ofertas

→ Dia 06/02 – Sábado

17 horas
Circo Spacial
(Toda magia e encantamento desta renomada companhia circense através dos seus figurinos vibrantes, coloridos e futuristas)
Transmissão: Facebook Festival Artístico Guarapiranga e Tô na Mídia

19:00 horas
Reapresentação
Youtube Festival Artístico Guarapiranga, Passeio Kids e Clubinho de Ofertas

→ Dia 07/02 – Domingo

17 horas
Circo Amarillo e Convidados
(Alessandra Brantes e Alexandre Sanctus, intérpretes dos palhaços Rodopin e Cia, além de uma tradicional Banda Clássica Circense que fará todo repertório do evento)

Transmissão:Facebook Festival Artístico Guarapiranga e Tô na Mídia

19:00 horas
Reapresentação
Youtube Festival Artístico Guarapiranga, Passeio KIds e Clubinho de Ofertas

Redes Oficiais do evento: Facebook | Instagram | Youtube 

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Crítica

Benjamin, o palhaço negro | Uma homenagem ao primeiro palhaço negro do Brasil

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Parece até piada que notícias como a do racismo sofrido pelo jogador de futebol Vini Jr. ou um aplicativo que simula a escravidão tenham saído enquanto “Benjamin, o palhaço negro” está em cartaz. Infelizmente não é. Assim como não é piada e nunca deveria ser considerada como uma as coisas que um certo “humorista” disse no vídeo que, com razão, foi obrigado a ser retirado do ar. Infelizmente, a luta contra o racismo continua, desde a época em que Benjamin de Oliveira viveu, de 1870 a1954. Cem anos e as atitudes dos racistas continuam iguais! É um absurdo!

Mas sabe o que mudou? O combate. Como fica bem óbvio no texto do musical, agora não se sofre mais calado. Agora há luta. Agora há regras, há leis, os racistas não vão fazer o que querem e ficar por isso. As pessoas pretas vão exigir o seu lugar de direito e o respeito de todos. Já está mais do que na hora, né?

Mas estou me adiantando para o final da peça. Vamos voltar ao começo.

Quem foi Benjamin de Oliveira?

Benjamin de Oliveira foi o primeiro palhaço negro do Brasil, em uma época em que pessoas pretas não eram aceitas ou bem-recebidas no mundo do entretenimento (e no mundo como um todo, sejamos sinceros). Além disso, ele foi o idealizador e criador do primeiro circo-teatro. Mas por que, então, não conhecemos a história dele?

Por que vocês acham?

Como os atores dizem no início do musical idealizado por Isaac Belfort, a história do circo foi embranquecida, assim como todas as histórias que aprendemos. A peça vem, portanto, para contar a história verdadeira e colocar luz em cima de quem deveria, desde sempre, ter ganhado os louros de sua invenção. Em um espetáculo intenso, sensível e moderno, o público aprende sobre quem foi Benjamin e, também, a valorizar os artistas negros atuais e da nossa história. Mostrando, assim, pra quem tinha dúvidas, quanta gente preta de talento existe e sempre existiu. Só falta, como disse Viola Davis, oportunidade.

O espetáculo

No palco, cinco atores. Eles se revezam para interpretar Benjamin, uma sacada ótima. Uma sacada que faz todo mundo querer se colocar no lugar daquele personagem. Uma sacada que faz qualquer um não conseguir não se colocar no lugar daquele personagem. E sentir todas as dores que ele sentiu. Para pessoas brancas, como a jornalista que vos fala, que nunca vão saber o que é sofrer o racismo na pele, é um toque certeiro pra empatia. Mesmo que forçada, aos que até hoje tentam ignorar esse mal da nossa sociedade. É necessário.

Outra sacada ótima foram os toques de modernidade ao longo de todo o roteiro, muito bem escrito. Colocar personagens da época de Benjamin agindo como os jovens tiktokeiros e twitteiros de hoje foi primordial pra facilitar a identificação. Mesmo para quem não conseguiria fazer a paridade entre a época outrora e os tempos atuais, o roteiro faz questão de não deixar dúvidas. E fica impossível não reconhecer algumas das personagens mostradas no palco. O espectador vai, na hora, conseguir lembrar de alguém que já conheceu ou viu passar pela internet. Ou vai pensar em si mesmo. E é aí que mora a chave do sucesso da peça: porque o reconhecimento traz a mudança (ou assim se espera).

Um elenco de se tirar o chapéu

Os cinco atores – Caio Nery, Elis Loureiro, Igor Barros, Isaac Belfort e Sara Chaves – sabem muito bem o que estão fazendo. Dão show em cima do palco. Cantam, atuam e se movimentam de forma emocionante. A cenografia ajuda, claro. Assim como a iluminação. E a coreografia. O espetáculo é apresentado em um espaço pequeno, que ajuda ao espectador se sentir dentro da peça. E a força com que cada elemento está em cena – atuação, música, iluminação, cenário – torna difícil não sentir cada cena como se estivesse acontecendo com si mesmo.

Preciso, porém, destacar dois dos atores: Caio Nery e Sara Chaves. Todos em cena estão visivelmente entregando tudo e fazem um espetáculo lindo de se ver. Mas Caio e Sara sobressaem. Destacam-se por ser possível enxergar a emoção por trás dos personagens, e deixarem a peça ainda mais forte e bonita. São dois jovens atores de 20 e poucos anos que, com certeza, ainda vão longe!

Curtíssima temporada

Se você se interessou em assistir “Benjamin, o palhaço negro”, corre! O espetáculo ficará em cartaz somente até o dia 28 de maio, esse domingo. Como mencionado anteriormente, o espaço é pequeno, portanto os ingressos esgotam rápido. Essa não é a primeira vez que o musical fica em cartaz no Rio de Janeiro. Ano passado teve sessão única em novembro e uma curta estadia em São Paulo. Isso porque é uma peça independente. O que resta ao público, além de assistir às sessões do final de semana, é torcer para conseguirem mais patrocínio para seguirem com essa peça tão importante por mais tempo.

Serviço

Benjamin, o palhaço negro

Onde: Espaço Tápias (Av. Armando Lombardi, 175 – 2º andar – Barra da Tijuca).

Quando: 27 e 28 de maio (sábado e domingo), às 20h.

Idealização e produção: Isaac Belfort

Direção geral e músicas: Tauã Delmiro

Direção musical e músicas: Peterson Ferreira

Coreografia: Marcelo Vittória

Design de luz: JP Meirelles

Design de som: Breno Lobo

Direção residente: Manu Hashimoto

Direção de produção: Sami Fellipe

Coprodução: Produtora Alada

Realização: Belfort Produções e Teçá – Arte e Cultura

Crédito da foto: Paulo Henrique Aragon

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