Cultura
Monólogo ‘Tráfico’ estreia dia 3 de novembro em Botafogo
Publicado
7 meses atrásem
Por
victoria pereira
O monólogo ‘Tráfico’, autoficção do franco-uruguaio Sergio Blanco com direção de Victor Garcia Peralta, estreia dia 3 de novembro, no Teatro Poeirinha, em Botafogo.
O diretor Victor Garcia Peralta e o ator Robson Torinni voltam a trabalhar juntos no monólogo “Tráfico”, que estreia nesta quinta-feira (dia 3 de novembro), no Teatro Poeirinha, em Botafogo. A dupla repete a bem-sucedida parceria com o autor franco-uruguaio Sergio Blanco, depois do premiado “Tebas Land” (2018). Na peça de autoficção, Robson mistura fatos reais e fictícios para contar a história de Alex, um garoto de programa que se torna um matador de aluguel. Aos poucos, começa a surgir uma trama que mistura a narração dos seus encontros, sonhos e seu dia a dia. Ao longo da montagem, Alex vai se desnudando, expondo o seu lado mais ingênuo e mostrando o seu lado mais monstruoso.
Desejo, ambição e destruição
Eros e Thanatos, deuses mitológicos que na psicanálise correspondem ao desejo erótico e ao fascínio pela destruição, vivem simultaneamente em todo ser humano. É a partir desse entendimento de coexistência entre as pulsões de vida e de morte que se desenrola ‘Tráfico’.
À primeira vista, ‘Tráfico’ se passa na periferia de uma cidade latino-americana, cheia de desigualdades, onde vive Alex, um jovem garoto de programa. Os problemas familiares, o relacionamento conturbado com a sua namorada e a vontade de vencer na vida, representada pelo sonho de comprar uma moto de alto luxo, o levam para caminhos sedutores e também muito violentos.
Além da esperança, ambição e decisões erradas, é a partir de uma paixão que a história chegará às áreas mais sombrias da vida desse personagem.
Paralelamente à sua profissão de garoto de programa, Alex se tornará um assassino de aluguel. Aos poucos começa a surgir uma trama fascinante que mistura a narração dos seus encontros, sonhos e seu dia a dia. Ao longo da peça, Alex vai se desnudando, expondo o seu lado mais ingênuo e mostrando o seu lado mais monstruoso.
O diretor comenta
“A peça fala sobre pessoas sem chances na vida, que acabam tendo que seguir caminhos violentos, da corrupção dos poderosos e da hipocrisia de um grupo de progressistas”
Victor Garcia Peralta acrescenta: “A história de Alex é a história de muitos no Brasil. Pessoas pobres, frutos de um sistema que não lhes dá oportunidades, que sofrem violência familiar, morte de pais, e precisam se virar muito cedo na vida”.
Informações sobre a peça:
Temporada: De 03 de novembro a 18 de dezembro de 2022.
Teatro Poeirinha: Rua São João Batista, 104 – Botafogo – Rio de Janeiro/RJ
Telefone: (21) 2537-8053
Dias e horários: quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada)
Lotação: 50 pessoas
Duração: 1h20 minutos
Classificação: 18 anos
Venda de ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/77969/d/165271/s/1101610
Ademais, veja mais:
Galápagos | Espetáculo popular circula na periferia carioca
Peça “RECÉM-NASCIDO” estreia no Estação NET Botafogo
Crítica | Mais do que uma biografia, ‘Otto: de trás p/ diante’ fala de amor por literatura
Você pode gostar
Crítica
Benjamin, o palhaço negro | Uma homenagem ao primeiro palhaço negro do Brasil
Publicado
4 dias atrásem
25 de maio de 2023Por
Livia Brazil
Parece até piada que notícias como a do racismo sofrido pelo jogador de futebol Vini Jr. ou um aplicativo que simula a escravidão tenham saído enquanto “Benjamin, o palhaço negro” está em cartaz. Infelizmente não é. Assim como não é piada e nunca deveria ser considerada como uma as coisas que um certo “humorista” disse no vídeo que, com razão, foi obrigado a ser retirado do ar. Infelizmente, a luta contra o racismo continua, desde a época em que Benjamin de Oliveira viveu, de 1870 a1954. Cem anos e as atitudes dos racistas continuam iguais! É um absurdo!
Mas sabe o que mudou? O combate. Como fica bem óbvio no texto do musical, agora não se sofre mais calado. Agora há luta. Agora há regras, há leis, os racistas não vão fazer o que querem e ficar por isso. As pessoas pretas vão exigir o seu lugar de direito e o respeito de todos. Já está mais do que na hora, né?
Mas estou me adiantando para o final da peça. Vamos voltar ao começo.
Quem foi Benjamin de Oliveira?
Benjamin de Oliveira foi o primeiro palhaço negro do Brasil, em uma época em que pessoas pretas não eram aceitas ou bem-recebidas no mundo do entretenimento (e no mundo como um todo, sejamos sinceros). Além disso, ele foi o idealizador e criador do primeiro circo-teatro. Mas por que, então, não conhecemos a história dele?
Por que vocês acham?
Como os atores dizem no início do musical idealizado por Isaac Belfort, a história do circo foi embranquecida, assim como todas as histórias que aprendemos. A peça vem, portanto, para contar a história verdadeira e colocar luz em cima de quem deveria, desde sempre, ter ganhado os louros de sua invenção. Em um espetáculo intenso, sensível e moderno, o público aprende sobre quem foi Benjamin e, também, a valorizar os artistas negros atuais e da nossa história. Mostrando, assim, pra quem tinha dúvidas, quanta gente preta de talento existe e sempre existiu. Só falta, como disse Viola Davis, oportunidade.
O espetáculo
No palco, cinco atores. Eles se revezam para interpretar Benjamin, uma sacada ótima. Uma sacada que faz todo mundo querer se colocar no lugar daquele personagem. Uma sacada que faz qualquer um não conseguir não se colocar no lugar daquele personagem. E sentir todas as dores que ele sentiu. Para pessoas brancas, como a jornalista que vos fala, que nunca vão saber o que é sofrer o racismo na pele, é um toque certeiro pra empatia. Mesmo que forçada, aos que até hoje tentam ignorar esse mal da nossa sociedade. É necessário.
Outra sacada ótima foram os toques de modernidade ao longo de todo o roteiro, muito bem escrito. Colocar personagens da época de Benjamin agindo como os jovens tiktokeiros e twitteiros de hoje foi primordial pra facilitar a identificação. Mesmo para quem não conseguiria fazer a paridade entre a época outrora e os tempos atuais, o roteiro faz questão de não deixar dúvidas. E fica impossível não reconhecer algumas das personagens mostradas no palco. O espectador vai, na hora, conseguir lembrar de alguém que já conheceu ou viu passar pela internet. Ou vai pensar em si mesmo. E é aí que mora a chave do sucesso da peça: porque o reconhecimento traz a mudança (ou assim se espera).
Um elenco de se tirar o chapéu
Os cinco atores – Caio Nery, Elis Loureiro, Igor Barros, Isaac Belfort e Sara Chaves – sabem muito bem o que estão fazendo. Dão show em cima do palco. Cantam, atuam e se movimentam de forma emocionante. A cenografia ajuda, claro. Assim como a iluminação. E a coreografia. O espetáculo é apresentado em um espaço pequeno, que ajuda ao espectador se sentir dentro da peça. E a força com que cada elemento está em cena – atuação, música, iluminação, cenário – torna difícil não sentir cada cena como se estivesse acontecendo com si mesmo.
Preciso, porém, destacar dois dos atores: Caio Nery e Sara Chaves. Todos em cena estão visivelmente entregando tudo e fazem um espetáculo lindo de se ver. Mas Caio e Sara sobressaem. Destacam-se por ser possível enxergar a emoção por trás dos personagens, e deixarem a peça ainda mais forte e bonita. São dois jovens atores de 20 e poucos anos que, com certeza, ainda vão longe!
Curtíssima temporada
Se você se interessou em assistir “Benjamin, o palhaço negro”, corre! O espetáculo ficará em cartaz somente até o dia 28 de maio, esse domingo. Como mencionado anteriormente, o espaço é pequeno, portanto os ingressos esgotam rápido. Essa não é a primeira vez que o musical fica em cartaz no Rio de Janeiro. Ano passado teve sessão única em novembro e uma curta estadia em São Paulo. Isso porque é uma peça independente. O que resta ao público, além de assistir às sessões do final de semana, é torcer para conseguirem mais patrocínio para seguirem com essa peça tão importante por mais tempo.
Serviço
Benjamin, o palhaço negro
Onde: Espaço Tápias (Av. Armando Lombardi, 175 – 2º andar – Barra da Tijuca).
Quando: 27 e 28 de maio (sábado e domingo), às 20h.
Idealização e produção: Isaac Belfort
Direção geral e músicas: Tauã Delmiro
Direção musical e músicas: Peterson Ferreira
Coreografia: Marcelo Vittória
Design de luz: JP Meirelles
Design de som: Breno Lobo
Direção residente: Manu Hashimoto
Direção de produção: Sami Fellipe
Coprodução: Produtora Alada
Realização: Belfort Produções e Teçá – Arte e Cultura
Crédito da foto: Paulo Henrique Aragon
Por fim, leia mais:
Crítica | Los Hermanos: Musical pré-fabricado
Tick Tick… Boom! | Uma homenagem ao teatro musical
‘Cinderela” estreia no Teatro Miguel Falabella com trilha sonora diferenciada


Benjamin, o palhaço negro | Uma homenagem ao primeiro palhaço negro do Brasil

Crítica | ‘Meu Vizinho Adolf’ uma dramédia impactante

Aprenda uma receita de bolo vegano de chocolate feito com maionese à base de plantas

Crítica | Meu Pai É Um Perigo
Cultura


Benjamin, o palhaço negro | Uma homenagem ao primeiro palhaço negro do Brasil
Parece até piada que notícias como a do racismo sofrido pelo jogador de futebol Vini Jr. ou um aplicativo que...


Sucessos da DreamWorks são tema de exposição imersiva que chega a São Paulo
DreamWorks Animation: A Exposição - Uma Jornada do Esboço à Tela


‘Cinderela’ estreia no Teatro Miguel Falabella com trilha sonora diferenciada
Informações e ingressos antecipados com desconto pelo whatsapp 2199596-2747.


Donna Summer – Universal Music celebra a vida e obra da rainha do disco
Uma série de lançamentos com materiais inéditos estão programados para este ano
Crítica


Crítica | ‘Meu Vizinho Adolf’ uma dramédia impactante
'Meu Vizinho Adolf' aborda as consequências do nazismo em uma dramédia tocante.


Crítica | Meu Pai É Um Perigo
Comédia é leve, diverte e ainda traz algumas críticas de classe


Crítica | ‘A Pequena Sereia’ desenvolve os personagens melhor que a animação
Hans Christian Andersen: "Mas uma sereia não tem lágrimas, e, portanto, ela sofre muito mais"


Crítica | ‘Velozes e Furiosos 10’ conta com brilho de Jason Momoa
Entre cenas de ação nada memoráveis é Dante Reyes que se destaca
Séries


Aruanas | Segunda temporada apresenta poluição urbana como o inimigo
Série original Globoplay, desenvolvida pelos Estúdios Globo em coprodução com a Maria Farinha Filmes, acompanha a saga de ativistas ambientais


The Sympathizer – Nova série da HBO Max traz Robert Downey Jr.
Trailer mostra que o ator interpreta vários personagens.


The Acolyte | Ilha da Madeira é cenário de nova série Star Wars sobre os Sith
Destino português recebeu parte das filmagens de 'The Acolyte'


Belas Maldições – Neil Gaiman fala sobre trailer da 2º temporada
Série segue sem data de estreia mas agora temos noção de quando o trailer pode sair.
Literatura


Conheça a biografia do controverso Vladimir Putin em HQ
Obra da Conrad é uma leitura importante para quem quer entender as complexidades da política russa e suas estratégias globais


A Voz do Tempo | Conheça a história real de uma paixão entre um padre beneditino e uma jovem aristocrata
Escritora Lenah Oswaldo Cruz transforma em autobiografia manuscritos que encontrou do pai sobre o romance que chocou as sociedades paulista...


A plenitude do ser: O guia para uma vida transformada | Conheça a filosofia de Tina Turner
"Acredito que cada um de nós nasce com uma missão particular, com um propósito de vida que só nós podemos...


A Feira do Livro | Evento recebe Patricia Hill Collins, uma das mais potentes vozes do feminismo negro
Socióloga estadunidense, uma das mais importantes vozes da intelectualidade contemporânea, vem ao Brasil em junho
Música


2ª edição do Festival Rock Session acontece em São Paulo, Florianópolis e Curitiba
Para a edição estão confirmados Fresno, Raimundos, Charlie Brown Jr. 30 anos, Braza e Day Limns


1º Festival de Percussão e Ritmos do Mundo da Escola dos 7 Portões está com inscrições abertas
Acontece nos dias 2, 3 e 4 de junho, de sexta a domingo, em Araçariguama, SP


Som Livre confirma o retorno do Festeja Belo Horizonte
Um dos maiores festivais de música do país, que teve sua última edição na capital mineira em 2019, já tem...


Festival Halleluya 2023 acontece no Terreirão do Samba com entrada gratuira
Evento vai reunir diversos artistas da música católica em dois dias de evento
Tendências
- Cinema4 semanas atrás
Crítica | Deixados Para Trás: O Início do Fim
- Cinema2 meses atrás
Crítica | O Exorcista do Papa
- Cinema1 mês atrás
Crítica | ‘Beau tem Medo’ é bizarramente bom
- Cultura2 meses atrás
Abba The Show chega ao Brasil com turnê de 11 shows
- Cinema1 mês atrás
Crítica | ‘Herói de Sangue’ é destaque no Festival Filmelier
- Cinema1 mês atrás
‘Ninguém é de ninguém’ faz pré-estreia no RJ
- Cinema1 mês atrás
Crítica | A morte do demônio: A ascensão
- Música2 meses atrás
Francisco, el Hombre | Novo show da turnê de 10 anos acontece no Circo Voador