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Placido Vaz lança nova música | “Cabo Verde tem muito do Brasil e isso é muito bom”

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Placido Vaz, músico caboverdiano

Placido Vaz foi para o Porto, em Portugal, para estudar. E acabou ficando. Aos poucos foi conhecendo alguns músicos e aprendendo alguns acordes. A partir disso começou a ter a vontade de seguir nessa área e surgiu a banda Kriol’Art que faz shows pela cidade do Porto. Quando perguntado sobre as diferenças entre Portugal e Cabo Verde, diz que é praticamente tudo. Mas especifica sobre o clima e em termos culturais. Segundo ele, Cabo Verde tem um povo extremamente musical, dentro da lusofonia, só ficaria atrás do Brasil com relação a força da música.

A nova geração da música vem de Cabo Verde. O cantor e compositor cabo-verdiano Plácido Vaz lança esta sexta-feira, 19 de junho de 2020 o single “Gana Bai”. Aliás, a canção traz as lembranças e as dores da imigração, e, em especial, a saudade da terra telúrica. A voz é doce, a emoção é pungente.

O single está disponível no YouTube, e, em breve, em todas as plataformas digitais. “Gana Bai” é uma composição do irmão de Placido Vaz, Natalino Vaz, que usa o nome artístico de Rapper Young T.

“Será o primeiro de vários singles que antecede o álbum que está em produção de nome ‘Caminho Lonji’”, afirmou Placido. O álbum foi produzido em conjunto com o músico Jota, do grupo Kriol’Art, juntamente com outros produtores e músicos amigos. Serão entre 10 e 12 faixas com todo o requinte da música de Cabo Verde sob influências das experiências de Placido em Portugal, o primeiro álbum autoral.

A saber, Placido também tem um projeto em paralelo em conjunto com um brasileiro, ainda sem muitos detalhes, mas que deve sair esse ano. O músico tem 32 anos e é natural de Achada Bolanha, Calheta de São Miguel, interior de Santiago. Atualmente reside na cidade do Porto, em Portugal, onde desde o ano de 2013 realiza concertos com a Banda Kriol’Art ou solo. Em abril de 2020, Placido participou na segunda edição do Festival Luso-Brasileiro “Casa, Café & Companhia” apresentado pela jornalista brasileira Cláudia Rolim.

Conversa com o Vivente Andante

Placido conversou com o Vivente Andante. Na entrevista, Placido comenta como Cabo Verde mistura estilos africanos com os brasileiros e coloca a música do país como um dos melhores da World Music. Além disso, discorre sobre alguns dos ritmos como o funaná, batuque, coladera, morna (que foi considerada Patrimônio da Humanidade).

Placido é bem simpático e tem uma humildade e uma tranquilidade na sua forma de galar. Disse que foi para Porto, inicialmente, por causa dos estudos. O objetivo era fazer um curso em Direito. Na época, em Cabo Verde, não havia muitas universidade e acreditava que a qualidade do ensino em Portugal seria melhor. Conta que há décadas, os cabo-verdianos sempre buscaram Portugal para trabalhar, estudar, ou viver, desde que Cabo Verde existe. Quando surgiu a oportunidade, foi fazer o curso e acabou por prolongar além do previsto. Chegou no Porto no ano de 2006. Posteriormente, parou o curso por causa de dificuldades, mas, conseguiu retomar. Faltava um ano para finalizar, mas agora com o coronavírus, não sabe.

A entrada no mundo da música

“A música, acho que, para nós, os cabo-verdianos, deve ser como no Brasil (risos). Por tudo quanto é lado há música. Eu inicialmente não digo que desde pequenino queria ser músico ou fazer música, mas a minha mãe e minhas tias desde que eu me lembro cantam, principalmente na igreja. Eu sempre gostei disso também. Mas foi principalmente quando cheguei aqui. Em Cabo Verde tive aquele bichinho de aprender a tocar a guitarra, só que nunca tive oportunidade, e vindo para cá fui morar numa casa em que o pessoal tocava”, disse Placido.

Ele comentou que nessa casa onde morou a maioria já tocava guitarra e faziam serenatas durante os finais de semana entre os tempos de estudo. A partir daí, foi aprendendo uns acordes, sentiu a força da vocação e começou a escrever músicas. Em 2013, fez a primeira apresentação ao vivo e não parou mais. Agora, Placido Vaz segue espalhando sua música, de Cabo Verde para o mundo,

Confira a entrevista completa com Placido Vaz:

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ONGs de proteção animal | Conheça e veja como colaborar

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ONGs de proteção animal puderam divulgar seu trabalho, conscientizar o público e se aproximar de voluntários durante a VegFest 2022, realizada pela Sociedade Vegetariana Brasileira, em São Paulo, no início do mês. Foi uma oportunidade de apresentar seu trabalho, conscientizar, conquistar novos voluntários e vender produtos, o que ajuda na manutenção desses espaços que resgatam e cuidam de diversas espécies. Confere nesta matéria as várias formas de colaborar com a causa.

Fundadores de organizações também marcaram presença no IX Congresso Vegetariano Brasileiro, integrado à feira, como palestrantes falando sobre a realidade e dificuldades encontradas no trabalho de resgate e proteção de diversas espécies. “O trabalho é árduo. Não temos tempo de nos render à nossa própria dor, porque temos que salvar vidas”, contextualizou Patricia Favano, do Santuário Vale da Rainha.

Simultaneamente, foi realizado o lançamento do primeiro livro do Santuário Rancho dos Gnomos, fundado em 1991 pelo casal Silvia Pompeu e Marcos Pompeu. “Clã dos Ursos” conta a história desses animais resgatados e sua nova rotina no santuário. “Estar aqui é uma oportunidade de conscientizar e também de mostrar o quanto é possível e maravilhoso o veganismo, pois a mudança só é possível pelo conhecimento”, concluiu Silvia.

Da mesma forma, esteve representado na VegFest foi o Santuário Animal Sente, que mantém sob tutela cerca de 300 animais de diversas espécies, provenientes de situações de maus-tratos, abandono e exploração. “A gente precisa de apoio sempre e estar aqui nos dá mais visibilidade, o que ajuda para que a gente tenha mais apoio e possa melhorar a qualidade de vida dos animais que mantemos”, comentou Diego Naropa, vice-presidente e chefe de cuidados do santuário.

Veja mais informações sobre os Santuários

Santuário Vale da Rainha – Fundado em 2010 pelo casal Patricia e Vitor, na zona rural de Camanducaia, MG, abriga mais de 100 mestres animais entre bois, porcos, cavalos, jumentos, cabras, ovelhas, cães e gatos resgatados de maus-tratos. Para manter a alimentação, tratamentos, instalações e manejo dos animais, o santuário faz parcerias, promove vivências, aulas de yoga e meditação, comercializa produtos e livros autorais e recebe doações.

Santuário Rancho dos Gnomos – Fundado em 1991, em Cotia, SP, resgata e abriga animais exóticos, silvestres e domésticos, vítimas de crimes e maus-tratos, oriundos de circos, tráfico, rinhas, indústria da pele, desmatamento, queimada e abandono. Promove campanhas de conscientização ambiental e do veganismo. Para colaborar, há opções de voluntariado, doações e compra de produtos. O santuário não é aberto à visitação.

Santuário Animal Sente – Localizado em Cotia, SP, abriga cerca de 300 animais de diversas espécies e portes. Promove experiências e vivências para a conscientização sobre o veganismo e a proteção das espécies. Mantém suas atividades com doações, vendas de produtos de arte feitos por Nana Indigo (presidente) e Diego Naropa (vice-presidente) e com renda obtida no restaurante Lovegan Bistrô, em São Paulo.

Outras organizações presentes na VegFest

Ampara Animal – OSCIP sem fins lucrativos, fundada em 2010, que ajuda abrigos e protetores independentes. Conta com mais de 450 integrantes, protegendo e amparando mais de 100 mil animais por ano, com doação de ração, medicamentos e vacinas, castração e campanhas de doação. Interessados em ajudar podem fazer doação de valores financeiros, fornecer lar temporário ou adotar um animal.

Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal – A entidade começou a ser estruturada em 1998, para proteger animais, sem distinção de espécie em todo o país. Organiza ações e campanhas e mantém presença no Congresso Nacional, Assembleias Legislativas para influenciar o desenvolvimento de políticas públicas em favor dos animais. Possui a maior rede de organizações afiliadas, sendo 140 espalhadas pelo Brasil. Para se cadastrar como voluntário ou doador acesse o site.

Mercy For Animals – A MFA trabalha para proteger animais explorados para consumo. Atua com investigações secretas, em políticas corporativas em empresas alimentícias, está presente em fóruns sociais e tribunais de justiça, promove campanhas, capacita voluntários e busca o engajamento público. Para participar como doador, membro ou voluntário acesse: Seja voluntário(a) com a Mercy For Animals – Mercy For Animals.

ONG ARA – Amor e Respeito Animal – Foi fundada em 2011 e atua com resgate e cuidado com animais exóticos e de grande porte. É a organização responsável por mais de 1000 búfalas resgatadas em novembro de 2021, no caso conhecido como as Búfalas de Brotas, considerado o maior caso de abandono e maus tratos do Brasil. Para doações e voluntariado acesse o site.

Sinergia Animal – Organização Internacional com atuação sudeste asiático e América Latina, trabalha pelo fim das piores prática na pecuária industrial e pela diminuição de consumo de produtos de origem animal. Desde 2018 segue sendo reconhecida como uma das ONGs de proteção animal mais eficazes do mundo pela instituição Animal Charity Evaluators (ACE). É membro da Open Wing Alliance para criar uma frente unificada para liberar as galinhas poedeiras das gaiolas. Pelo site é possível fazer doações e se cadastrar para ações de ativismo (presencial ou online).

Sea Sheperd – É uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1977, para defender, conservar e proteger a vida marinha e ecossistemas marinhos. Promove ações diretas para investigar, documentar e agir contra atividades ilegais nos oceanos. Pelo site e possível conhecer as campanhas da Sea Sheperd, tornar-se voluntário, patrono, doador ou embaixador.

*Foto de capa: site do Santuário Vale da Rainha

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