Cultura
A gastronomia africana de Dandara Batista, Afro Gourmet e o feminismo negro
Publicado
4 anos atrásem
Dandara Batista, jornalista, apresentadora de televisão, chef de cozinha. A artista da gastronomia se uniu com empreendedores focados na linha africana e começou o projeto Afro Gourmet que acabou virando um restaurante em 2018, no bairro do Grajáu, no Rio de Janeiro.
Dandara é uma mochileira dos países da África em sua busca por temperos e frutas. Inclusive, já passou por Angola, São Tomé e Príncipe, e tem muitos outros planos, como Cabo Verde. E que papo é esse que alguns tentam inventar que a feijoada não tem origem africana? Polêmica no ar. Comenta sobre as pautas específicas do feminismo negro e as dificuldades no Brasil. Nessa entrevista, ela fala sobre o racismo contra a comida de raiz africana e a participação em um reality show de gastronomia.
Dandara define seu trabalho como gastronomia de resistência, uma forma de resgatar e se conectar com sua ancestralidade. Normalmente, brasileiros de origem portuguesa ou italiana conhecem melhor as suas raízes e de onde vieram suas famílias. Contudo, isso dificilmente acontece com os negros. A partir disso, procura essa conexão com a ancestralidade e a memória afetiva através da gastronomia.
Afro Gourmet, culinária africana no Rio de Janeiro
A princípio, o Afro Gourmet é um dos primeiros restaurantes de comida africana no Rio de Janeiro. Vatapá, Caruru, Acarajé, e outros pratos, como a Cachupa, caldo tradicional de Cabo Verde que mescla vários tipos de feijões, milho branco e carne de porco.
Ainda por cima, o restaurante também apresenta opções veganas, como um arroz cremoso feito com leite de coco e o Ngombe, que começou a ser feito no Dia da Consciência Negra. A saber, é um nhoque de banana-da-terra frito com molho de tomate e cogumelo, diretamente da culinária do Congo.
Aliás, as entradas também variam, tem dia que tem sarapatéu, comida típica nordestina; caldo de sururu, puxando da Bahia novamente, e tantas outras. Para beber, escolhi um suco de abacaxi, da fruta mesmo, feito na hora. Dandara explicou que sempre tentam utilizar frutas da época, em especial as nordestinas, como carambola e graviola. Enquanto bebia e me deliciava com a espumosidade, percebi com mais atenção o desenho que tem logo na entrada do restaurante, inspirado em uma foto tirada pela própria chef Dandara Batista quando foi visitar a Angola. É a árvore imbondeiro, essa, especificamente, fica em frente ao Museu da Escravatura. Aliás, é uma árvore típica africana encontrada nas savanas quentes e secas da África subsariana, mas que também aparece em zonas de cultivo e áreas povoadas. Tudo a ver com a proposta do restaurante.
Atualizado em 13/11/2020
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Apresentação e roteiro: Alvaro Tallarico / Gravado na Pato Rouco Records / Gravação de som: Rico Moraes / Edição de vídeo: Fachal Júnior // Siga @viventeandante nas redes sociais
Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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Cinema
Mostra Move Concreto! Dança e Documentário abre convocatória
De 06 a 19 de maio, evento recebe inscrições de filmes para compor a sua programação.
Publicado
45 minutos atrásem
25 de abril de 2024Por
Livia BrazilA dança unida ao documentário pode trazer diferentes reflexões sobre as produções de dança no país. Pode ser também um material educacional, ampliador de conhecimentos, performativo e gerador de novos desejos em relação a como se cria e se fala sobre a dança atualmente. Estes são os pontos de partida para a realização da mostra Move Concreto! Dança e documentário, que vai contar com documentários de dança, videodanças como registro histórico, documentários em que a dança é a protagonista das ideias e discussões.
A convocatória para composição da mostra vai receber inscrições de 06 a 19 de maio para seleção de 05 filmes – longas, médias ou curta metragens. As inscrições devem ser feitas através de formulário disponível no perfil do instagram @gcontemporaneodedancalivre.
Sobre o festival
Realizado pelo Grupo Contemporâneo de Dança Livre através do patrocínio do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura de Contagem – Edital Movimenta Multilinguagens, o evento acontecerá de forma presencial e online em agosto de 2024. “A mostra Move Concreto! Dança e documentário se baseia na compreensão da videodança como um campo híbrido que busca a exploração do corpo em relação aos dispositivos técnicos, o espaço, o tempo e o movimento. Nessa perspectiva, busca-se por trabalhos que não sejam mera transposição da dança do palco para as telas, mas que a construção seja dentro das especificidades e possibilidades do campo, como nas relações entre corpo/câmera/edição”, explica, assim, Duna Dias, curadora da Mostra ao lado de Leonardo Augusto.
Poderão se inscrever, portanto, realizadores de todo o Brasil com idade acima de 18 anos. Cada proponente poderá apresentar até 2 filmes, sem limite de ano de realização e de tempo de duração. Os trabalhos devem ter relações com a linguagem documental – dança como documento, entrevistas, videodança documental e suas múltiplas variações dentro da união entre dança e documentário. Cada filme selecionado receberá um cachê para exibição no valor de R$ 800,00. Os filmes escolhidos serão divulgados até o final do mês de junho de 2024.
Serviço
CONVOCATÓRIA MOSTRA MOVE CONCRETO! DANÇA E DOCUMENTÁRIO
Período: 06 a 19 de maio de 2024
Local: através de formulário disponível no perfil do instagram @gcontemporaneodedancalivre
Inscrições gratuitas
A saber, quaisquer dúvidas ou esclarecimentos são através do e-mail: moveconcreto@gmail.com.
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