Com estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 04 de maio, Bem-vinda, Violeta, do diretor Fernando Fraiha, teve sua pré-estreia na noite do dia 03 de maio. O evento, que aconteceu no Estação Net Rio, teve exibição do filme para público e convidados e debate com o diretor e a protagonista Débora Falabella, mediado pelo ator Pedro Henrique Müller.
Amigos famosos da atriz compareceram ao evento. A primeira a chegar foi Adriana Esteves, muito conhecida por interpretar Carminha, a vilã de Avenida Brasil. Novela que, por sinal, tinha Débora como sua antagonista. Mas a inimizade, pelo que parece, ficou só nas telas, já que Adriana estava visivelmente muito feliz com a estreia do filme de Débora. Um pouco depois, chegaram Ângelo Antônio e Vladimir Brichta, marido de Adriana. O quarteto, junto com Fernando Fraiha, conversou um pouco antes da exibição do filme.
Debate animado
Logo após a exibição do longa, os espectadores continuaram na sala para participar de um debate com Fernando e Débora. Mediado pelo ator Pedro Henrique Müller, que abriu as perguntas, o debate deu oportunidade dos presentes darem sua opinião sobre o filme e, também, de fazerem perguntas sobre o processo de criação de Bem-vinda, Violeta.
O diretor contou, por exemplo, que a versão final do roteiro foi escrita após passar 8 meses escrevendo sozinho e 4 dias de imersão com a coroteirista, a uruguaia Inés Bortagaray. E foi depois de um comentário de Inés que enxergou um caminho muito mais interessante para o enredo do que o que tinha pensado até então. E Débora falou que o fato de ter ensaiado com os outros atores por Zoom, por causa da pandemia, ajudou muito na composição da personagem. Quando foram filmar, em dezembro de 2020, ela experenciou o mesmo desconforto que Ana, já que estava encontrando seus colegas de cena ao vivo pela primeira vez, falando uma língua que não era a sua (o longa é todo em espanhol) e em um lugar desconhecido.
Público interessado
Por conta das perguntas dos presentes, Fernando e Débora falaram sobre escolhas estéticas. Alguns exemplos foram o som, o figurino, a locação e as cores utilizadas. Fernando também falou sobre a dificuldade de se fazer o filme durante a pandemia, já que era difícil entrar na Argentina, lugar onde foi gravado o longa, na época. A escolha dos atores foi feita a partir de profissionais que estavam em Buenos Aires na época. E alguns deles, como Freedy Johnston, nunca haviam trabalhado em câmera antes (Freedie é dançarino). Outros, como Jenny Moule, só haviam feito um trabalho anteriormente. Porém, mesmo com a inexperiência, não deixaram de entregar seu máximo e brilham na tela.
O debate encerrou com a fala do fotógrafo Gustavo Hadba, que estava em uma das cadeiras do cinema e explicou como foi feita a fotografia do filme. “Foi uma guerrilha, utilizamos todos os recursos disponíveis”, disse. Completou: “Eu adorei fazer esse filme”. “E nós adoramos você.”, responderam Débora e Fernando em coro. Esta repórter que vos fala adorou estar presente nesse evento tão inspirador.
Sinopse
Bem-vinda, Violeta tem como protagonista Ana (Débora Falabella), escritora que participa de uma residência literária com um escritor renomado, Holden (Darío Grandinetti). Na casa, apenas ela, Holden, outros quatro escritores, e um homem e uma mulher que também são escritores e trabalham para o professor. Durante seu processo de escrita, e com o incentivo do mestre, Ana se despe cada vez mais dela mesma em busca de encontrar sua personagem.
Para ilustrar, confira o trailer:
O Vivente Andante assistiu ao filme no Festival do Rio de 2022. Você pode encontrar a crítica aqui.
Serviço
Bem-vinda, Violeta (2022)
Uma coprodução Brasil e Argentina
Direção: Fernando Fraiha
Roteiro: Fernando Fraiha e Inés Bortagaray, inspirado no livro “Cordilheira”, de Daniel Galera
Elenco: Débora Falabella, Darío Grandinetti, Freedy Johnston, Germán de Silva, Jenny Moule, María Ucedo, Mariano Sayavedra, Pablo Sigal.
Fotografia: Gustavo Hadba
Produção: Biônica Filmes
Coprodução: RT Features, Le Tiro Cine
Distribuição: Vitrine Filmes
Ademais, veja mais:
Crítica | Ninguém é de ninguém
Maria Alcina, Alegria Brazil | Vem aí o novo filme de Elizabete Martins Campos