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Tarde demais para morrer jovem. Saiba mais na crítica no Vivente Andante. Por Marcelo Poppolino.
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Tarde Demais Para Morrer Jovem | CRÍTICA

Por
Marcelo Poppolino
Última Atualização 29 de março de 2023
5 Min Leitura
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Pandora Filmes / Sinny Assessoria
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Dominga Sotomayor Castillo, vencedora do prêmio de Melhor Direção no Festival de Locarno por esse filme, Tarde Demais Para Morrer Jovem (Tarde para morir joven), faz um retrato de dois processos de mutação importantes: um, fisiológico, e outro, político. Mas, ao empregar a palavra “retrato” no parágrafo acima não estaria escapando tanto assim do sentido literal da coisa. Afinal, Castillo opta por uma direção e um ritmo de cadência bem lenta, deixando o espectador como quem olha para um álbum antigo de fotografias.

O olhar para o passado tem um motivo: a época retratada do filme, o ano de 1990. O fim da ditadura chilena e o início de uma desconhecida democracia. Em determinado momento, Sofía (Demian Hernandéz), dirigindo seu carro, passa dois militares abordando alguém no meio da estrada. Há medo de olhar, de questionar, de entender. Infelizmente, é um dos poucos momentos onde é retratada essa transição política tão diretamente. A mudança como um todo é representada e focada na mudança da vida dos jovens e crianças do filme.

Anseios da Alma

Beijar na boca, transar, usar maconha, ter uma banda, ter individualidade, enfim, seguir a vida. O drama e as descobertas de quase todo adolescente são retratados aqui. Por um lado, um grupo de crianças que margeia a vida daqueles adultos na fazenda, andando pra lá e para cá de bicicleta. E se sentindo muito mais velhos do que são (em determinado momento, a irmã de Sofía pede um trago do cigarro de maconha, alegando ser muito mais velha por dentro do que é por fora).

Os adolescentes, por sua vez, descobrem sozinhos o que todo adolescente descobre em algum ponto, como seus desejos do corpo, anseios da alma, tormentas emocionais e humores pendulares. Sofía deseja Ignacio (Matias Oviedo) e ir embora da fazenda com ele para cidade grande. Sofía também deseja ir para a cidade para reencontrar sua mãe, já que mora com o pai numa fazenda onde o marasmo e a falta de recursos tecnológicos não são mais suficientes para o tamanho que a sua vida deseja ter.

Movimento e Grandiosidade

Infelizmente, embora dois temas universais sejam abordados, a mudança na política para melhor e transformações que todo mundo passa na mesma fase de vida, nenhum dos dois temas finca os pés com profundidade e propriedade. O ritmo do filme evoca um olhar para fotografias do passado, as quais também dão o tom de como é insatisfatório e ‘aborrescente’ viver naquele lugar quando há tanto mais para se viver; ao invés de engrandecer a obra, a reduz. A vontade dos jovens de saírem daquele lugar se transforma na vontade do espectador de sair da sala de cinema. Tudo se torna modorrento, marasmático e insípido.

Mas nem tudo é marasmo e insipidez. Dominga Sotomayor Castillo dá para os momentos de transição espacial entre a fazenda e a cidade uma brecha no tempo. Ou seja, um respiro para o espectador. Tudo nesse entre-lugar é movimento, grandiosidade, alívio e liberdade. Nas cenas de carro, motocicleta, fuga para um lugar ermo para transar, e até mesmo de um cachorro correndo atrás do carro, são onde a direção de Castillo cresce e nos dá, visualmente, o desejo de mudança daqueles personagens. Mesmo que na cidade o tédio impere como na fazenda, e querendo mudar, fatalmente, a maioria dos jovens se tornem algo similar aos personagens adultos do filme: coadjuvantes, mortos desde a juventude.

Afinal, veja o trailer:

Tarde Demais Para Morrer Jovem estreia nesta quinta-feira, dia 27 de fevereiro, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Manaus, João Pessoa, Fortaleza, Aracaju e Londrina. O filme é produzido pela brasileira RT Features, de Rodrigo Teixeira, e tem distribuição da Pandora Filmes.

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Tags:dominga sotomayordominga sotomayor castillofestival de locarnofilme lentofilme sobre adolescenciamarasmopandora filmestarde demais para morrer jovem
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