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Tomorrowland Around The World | Festival digital consegue proporcionar imersão

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Tomorrowland

Tomorrowland, já consolidado como um dos maiores festivais do mundo, viu seu futuro ameaçado pela pandemia. Porém, mostrou que se reinventar e ir pro digital pode ser uma experiência válida e diferenciada.  Durante dois dias, o festival abriu as portas para que o mundo inteiro ficasse conectado, vendo e ouvindo os maiores DJs do cenário eletrônico. Aliás, a organização prometeu que não seria igual a nada já feito – e realmente não foi.

A estrutura contava com uma plataforma em formato de ilha, onde você escolhia qual dos palcos gostaria de acessar, sendo ela toda em formato de game e cheia de simbologia bem aos moldes da Tomorrowland. Além disso, contou com um público virtual, computadorizado que reage aos DJs e até canta com eles. Toda a iluminação e os sons de fogos proporcionavam uma imersão que não vi em nenhuma outra live.

Evento pago

Tivemos como representante no palco principal do evento, Vintage Culture e, no Elixir Club, Cat Dealers! Além disso, nomes consagrados e de peso como Steve Aoki, Armin Van Buuren, David Guetta, Dimitri Vegas & Like Mike entre as 60 atrações. A saber, o evento foi pago, o valor variava entre 12,50 euros para acesso a um dia e 20 euros para acesso aos dois dias. Também havia combos com as famosas pulseiras, bandeiras do festival e até uma caixa de som exclusiva.

Para aqueles que como eu nunca foram, foi uma ótima porta de entrada para conhecer um dos maiores eventos do planeta. E com certeza foi um marco a ser copiado e batido em estrutura e organização. Isso nos coloca a reflexão de como serão as inovações futuras, quem sabe (como eu e um amigo produtor discutimos), um evento onde você receba o joystick e o óculos de realidade em casa, consiga caminhar pelo evento como em um vídeo game, com seu avatar. O que acha? Loucura? Parece cada vez mais possível.

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Cinema

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

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