Ópera em casa de graça é bom demais. Mozart vem como protagonista nessa semana. A princípio, serão duas de suas obras mais consagradas, A Flauta Mágica e Don Giovanni. A tradição italiana não poderia deixar de marcar presença, Simon Boccanegra de Verdi e Madamma Butterfly de Puccini representam as óperas italianas essa semana. Parsifal também marca a presença de outro consagrado nome, Richard Wagner. Posteriormente, integram também a semana Os Contos de Hoffman do compositor francês Jacques Offenbach e a recente produção de Agrippina de Handel.
The Magic Flute – Mozart – 03/08
A clássica história musicada por Mozart, mas dessa vez cantada em inglês. A versão da ópera traduzida é relativamente comum por se tratar de uma obra que atrai muito o público infantil. Mesmo não sendo em nossa língua, é um idioma mais amistoso do que o alemão para a maior parte do público. A saber, essa montagem é de 2006 e foi a primeira a ser filmada e transmitida em HD pelo Met.
Les Contes d’Hoffmann – Jacques Offenbach – 04/08
Obra incompleta, pois o compositor faleceu enquanto a escrevia, portanto não possui uma única versão definitiva. Ironicamente é também considerada obra prima do Compositor Jacques Offenbach. A ópera conta uma série de casos de amor de um velho poeta, os cantores devem interpretar mais de uma personagem, nos diferentes contos. É constantemente montada com inspirações contemporâneas que abrem espaço para grande criatividade. Enfim, a montagem que será transmitida é de 2015 e quem canta é Erin Morley, Hibla Gerzmava, Kate Lindsey, Christine Rice, Vittorio Grigolo e Thomas Hampson.
Simon Boccanegra – Verdi – 05/08
Simon Boccanegra teve sua estréia em 1857, porém, sofreu uma revisão 20 anos depois e a versão que costuma ser montada é a de 1881. Mesmo assim não é das óperas mais montadas de Verdi. Tendo vozes graves predominando ( papéis para 2 barítonos e 2 baixos) tem também papel para uma soprano e um tenor. A versão apresentada será do Classic Telecast de 1995, regida por James Levine e com importantes vozes da história do Met : Kiri Te Kanawa, Plácido Domingo, Vladimir Chernov e Robert Lloyd
Madamma Butterfly – Puccini – 06/08
A tragédia de Puccini ambientada no Japão é um sucesso de público. Constantemente reencenado e estrelado por grandes vozes. A origem da história não é nada incomum para o fim do século XIX. À partir de 1854 os EUA começaram uma campanha de ocidentalização do Japão, e missões da marinha americana em terras nipônicas eram rotineiras. A história da gueixa apaixonada e abandonada por oficial americano era uma constante e apresentava bem a invasão americana nessa terra. Apesar de ter estudado música japonesa e se inspirado para compor a ópera, a composição é caracteristicamente italiana. Essa montagem é de 2016 e dela participam os cantores Kristine Opolais, Maria Zifchak, Roberto Alagna e Dwayne Croft.
Parsifal – Wagner – 07/08
A quarta e última parte do grandioso ciclo do Anel dos Nibelungos, foi também a última ópera de Wagner e uma das mais polêmicas do compositor. A ópera estreou em Bayreuth em 1882. Levemente inspirada em um poema medieval do século XIII quem narra as aventuras do cavaleiro Arthuriano Parzival e sua busca pelo Santo Graal. A ópera manteve-se sendo apresentada somente em Bayreuth, até 1903, quando foi apresentada justamente no Metropolitan . A ópera teria sido também motivo do fim da amizade entre Wagner e Nietzsche. A montagem que será apresentada é uma clássica de 1992 regida por James Levine, um especialista em Wagner e cantada por Waltraud Meier, Siegfried Jerusalem, Bernd Weikl e Kurt Moll.
Agrippina – Händel – 08/08
Com estréia em 1709 em Veneza e foi escrita por Händel. A história se passa no Império Romano e é protagonizada por Agrippina, mãe do Imperador Nero. O libreto – atribuído ao Bispo Vincenzo Grimani – é recheado de críticas políticas à sua época de forma satírica. Seguindo uma tendência de montar obras do século XVIII com uma roupagem contemporânea, a montagem para a temporada de 2019/2020 é ambientada na contemporaneidade e traz uma inovação e relevância para obra. A apresentação é de fevereiro de 2020 cantada por Brenda Rae, Joyce DiDonato, Kate Lindsey, Iestyn Davies, Duncan Rock e Matthew Rose,
Don Giovanni – Mozart – 09/08
Aparecendo novamente na programação do Met, Don Giovanni é uma das óperas mais encenadas de todos os tempos, constantemente nos palcos das casas de ópera desde sua estréia em 1787. A obra mistura de forma extraordinária comédia, tragédia, erotismo, sátira… não é por acaso que é considerada por muitos a melhor ópera já escrita. Aliás, essa obra dá oportunidade de dois barítonos contracenarem com a música magnífica de Mozart, que consegue transpassar toda ironia do libreto. Nessa montagem de 2016 participam os cantores Hibla Gerzmava, Malin Byström, Serena Malfi, Paul Appleby, Simon Keenlyside e Adam Plachetka.
Afinal, as óperas são disponibilizadas diariamente no fim da tarde no site metopera.org – onde encontra-se também o playbill de todas elas e uma diversidade de material extra . Além disso, é tudo disponibilizado também no instagram do Met.