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Cultura

Volta Centro de Arte | Espaço emblemático de Friburgo luta para renascer

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Centro de Arte de Nova Friburgo

O Centro de Arte é um espaço emblemático da arte friburguense, passou por vários governos e sempre necessitou de manutenção, por ser o porão do palacete do, no passado, Barão de Nova Friburgo. Sempre pertenceu à municipalidade. Aliás, foi a casa do legislativo, Biblioteca Municipal, Oficina-escola de Artes e por fim parte da Fundação D. João VI – Centro de Documentação Histórica.

Localizado na Praça Getúlio Vargas, Centro, no andar inferior, abaixo do nível da rua, se localiza um espaço composto por duas salas de exposição, um foyer e um teatro de cem lugares. A saber, desde a década de 60 este é a casa dos artistas. Local de encontros culturais, troca de conhecimento e apresentações de todos os gêneros. Capaz de abraçar todas as áreas artísticas: artes visuais, audiovisuais, teatrais, circenses, danças, fotografias, pinturas, instalações artísticas, lançamento de livros, performances e tantas outras modalidades que, se formos citar, perderíamos o tempo nos atendo a isso.

O importante a se frisar é que o ícone da nossa cultura está abandonado. Faz 9 anos, desde a catástrofe de 2011, que sucessivas promessas e anúncios de reinauguração são feitas à classe e aos frequentadores, e nada do que prometeram é cumprido. Ouvimos datas de reabertura, desde 2014. Há um bom tempo, pacientemente e ingenuamente, aguardamos. Mas nos cansamos de acreditar. Vem aí as eleições e os novos gestores terão que nos dar explicações e soluções. Estamos dispostos a participar de conversas que nos façam chegar a uma solução e que o equipamento cultural nos seja devolvido.

Lei

Na pesquisa feita por nós, encontramos a Lei Municipal Nº 4.529 de 30/11/2016, onde acontece a doação do imóvel denominado Solar do Barão, como incentivo econômico à Fundação D. João VI. Quem quiser conferir e ler na íntegra, é só buscar no Cespro.

Encontramos também uma revogação aqui transcrita:
(Este inciso foi revogado pelo art. 1º da Lei Municipal nº 4.416, de 16/10/2015)

§ 1º O Centro de Artes integra a estrutura de bens da Fundação Dom João VI. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 3º da Lei Municipal nº 4.416, de 16.10.2015)

§ 2º O Centro de Artes possui função artístico-educacional e seu espaço é destinado para atividades temporárias de natureza teatral, musicet, literária, audiovisual, de dança, produção cultural, lançamentos de livros, realização de palestras, exposições de artes plásticas e eventos afins. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 3º da Lei Municipal nº 4.416, de 16.10.2015)

§ 3º É garantida aos artistas e produtores culturais locais a prioridade na cessão do espaço do Centro de Artes mediante chamada pública realizada pela Secretaria Municipal de Cultura e, após homologação, encaminhada à Fundação Dom João VI. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 3º da Lei Municipal nº 4.416, de 16.10.2015)

§ 4º Eventualmente, sem prejuízo das atividades dos artistas locais, poderá a Fundação D. João VI utilizar o espaço do Centro de Artes para realização de atividades com seus respectivos parceiros. (AC) (parágrafo acrescentado pelo art. 3º da Lei Municipal nº 4.416, de 16.10.2015)

Através desse instrumento, podemos ver que o Centro de Arte deve atender prioritariamente aos artistas.

Afinal, baseada nessa informação, a classe artística se uniu e criou esse movimento #voltacentrodearte

Com isso, pedimos a ajuda dos que já frequentaram o espaço e apreciadores de arte, no sentido de ampliar nosso movimento e amplificar nossa voz, para que chegue aos ouvidos de quem de direito pode e deve responder por essas atitudes, tomadas em um final de mandato sem que houvesse prévia consulta aos interessados e a anuência dos mesmos, em uma clara manobra injusta e injustificável.

Os governantes devem ser transparentes e lembrar que não são os donos da cidade, apenas administradores empregados da população, que lhes deu esse emprego mediante seu voto. Devem, portanto, satisfação de seus atos aos habitantes do município. E no caso em questão, exigimos que a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura junto com a Fundação D. João VI, dê solução e devolvam o Centro de Arte aos artistas.

Queremos que em curto espaço de tempo, pós pandemia, este retorne às suas atividades, mesmo cientes de que o Teatro Bebete Castillo ainda não está em condição de uso; queremos ocupá-lo e resolver as questões pendentes. Porém, nada justifica que as salas de exposição não estejam disponíveis para uso dos artistas visuais da cidade.

Por fim, esperamos resposta. Basta de camuflar as atitudes e que respondam por elas publicamente.

Enfim, para saber mais sobre o Movimento #voltaventrodearte visite: www.naredecomsheila.com.br

Texto da atriz e diretora Daniela Santi
Além disso, conheça o intagram da campanha: https://www.instagram.com/voltacentrodearte/

Cultura

Mostra Arte das Quebradas | Evento gratuito acontece no sábado

A segunda edição da Mostra Arte das Quebradas 2023 acontece no MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira

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mostra arte das quebradas perfomance por nos credito Adilene do Carmo

A segunda edição da Mostra Arte das Quebradas 2023 acontece no próximo sábado (25) no MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira localizado na Gamboa, a Pequena África carioca.

A programação começa com a Oficina de Isogravura, apresentada pela artista Gravadora Amadora, que integra a exposição coletiva “Trajetórias Contemporâneas”, e será das 14h até 15h30. Na sequência, Cynthia Mattos chega com a Oficina Contando Histórias Memórias e Afetos, das 16h às 18h.

Aliás, se liga nesse podcast a seguir, e segue lendo:

Já para quem ama o audiovisual, a partir das 15h, no Auditório, tem a exibição de “Caminho das Pedras”, da cineasta Sandra Lima e assistência de direção de Paulo Silva.

O público também poderá conferir os curtas de participantes da Oficina de Audiovisual UQ +DOC22 com Paulo Passos, Sandra Lima e Raphael Kepler. Filmes: “Como é que eu devo fazer um muro no fundo da minha casa”, de Laerte Gulini; “Enfeitiçada”, de Paula Carriconde e “Museu é o Mundo”, de Gustavo de Carvalho. Ao final de todas as exibições, Roda de Conversa com os cineastas e o público.

Performances

Ainda por cima, acontecerão diversas performances a partir de 16h30. “Por Nós”, com Jaqueline Calazans, trata da discussão sobre o empoderamento da mulher negra, seu espaço na sociedade e questões sobre a sua visibilidade e também reflete acerca da objetificação dos corpos, pretendendo fortalecer a sororidade feminina no âmbito da etnia. Será apresentada no pátio.

Adeolá Marques e Viviane dos Santos apresentam “Amas de Leite”, com direção de Willian Santiago. Será apresentada no Auditório. E, sem seguida, “Sape”, com o convidado da República Democrática do Congo Thezis Lyindula Lutete (Noir African Thezis), de la SAPE, que é uma cultura, uma arte. SAPE significa Sociedade dos Artistas e de Pessoas Elegantes. Thezis veio como refugiado do Congo em 2015, é ator e performer, atua divulgando sua cultura. Será apresentada no auditório.

Música e Poesia

A partir de 18h tem as apresentações de DJ Marjan e MC Emana com a música e a poesia do Hip-Hop que retratam as questões sociais, de invisibilidade, onde emergem potências que afloram no nosso dia a dia.

Para encerrar o dia, Sarau de Música e Poesia até 20h com Marcio Rufino, Mery Onírica, Lindacy Menezes e Yolanda Soares.

A exposição multilinguagem coletiva “Trajetórias Contemporâneas” poderá ser conferida até o dia 1º de abril, de quarta a sábado, entre 10 e 17h, na Sala Mercedes de Souza, no MUHCAB. A mostra apresenta uma mistura de fazeres artísticos, que contam as trajetórias de multiartistas que utilizam materiais reaproveitáveis para construir suas obras, como uma forma de usar materiais possíveis e reinventar a partir destes. São eles: Gravadora Amadora, Lord, 7Flechas, Thais Linhares e Lourdes Maria.

Por fim, importante ressaltar que toda a programação da Mostra Arte das Quebradas em qualquer um dos dias é inteira gratuita.

SERVIÇO:

MOSTRA ARTE DAS QUEBRADAS

LOCAL: MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira

ENDEREÇO: Rua Pedro Ernesto, nº 80 – Gamboa – Pequena África – Rio de Janeiro – RJ

DATA: 25 de março

ENTRADA FRANCA em todas as atividades. Menores de idade acompanhados de um responsável

OFICINAS

14h às 15h30 – Oficina de Isogravura com Gravadora Amadora

16h às 18h – Oficina Contando Histórias Memórias e Afetos com Cynthia Mattos

AUDIOVISUAL – Exibição e debate

15h – “Caminho das Pedras”, de Sandra Lima e assistente de direção: Paulo Silva

Curtas de participantes da Oficina de Audiovisual UQ +DOC22, com Paulo Passos, Sandra Lima e Raphael Kepler

Filmes dos participantes:

“Como é que eu devo fazer um muro no fundo da minha casa”, de Laerte Gulini

“Enfeitiçada”, de Paula Carriconde

“Museu é o Mundo”, de Gustavo de Carvalho

PERFORMANCES

16h30

“Por Nós”, com Jaqueline Calazans

“Sape”, com o performer convidado do Congo, Noir Africain Thezis

“Amas de Leite”, com Adeolá Marques e Viviane dos Santos

MÚSICA E POESIA

18h

DJ Marjan e MC Emana

Sarau música e poesia com Marcio Rufino, Mery Onírica, Lindacy Menezes e Yolanda Soares.

VISITAÇÃO DA EXPOSIÇÃO “TRAJETÓRIAS CONTEMPORÂNEAS”, de quarta a sábado, das 10h às 17h (até 1º de abril).

Por último, leia mais:

Muco | Documentário mostra contradição na tradição indiana (viventeandante.com)

Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho | Crítica (viventeandante.com)

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