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355 anos de Paraty | O patrimônio brasileiro que respira arquitetura

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Paraty

Inegavelmente encantadora, a cidade de Paraty, ao comemorar 355 anos, neste dia 28 de fevereiro, mostra a razão para tanto turismo e atenção pela rica arquitetura preservada em sua origem. O Centro histórico, localizado no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, não apenas mostra suas construções coloniais, como também se transformou em inspiração para diversos outros projetos.

O século é 18, o patrimônio ficou no caminho entre as pedras e o ouro de Minas Gerais e Portugal. Suas construções são singelas, marcadas pelos elementos pau-a-pique, taipa, adobe, paredes caiadas e portas e janelas em cores que nos remetem ao período colonial, que se preservam até os dias de hoje.

Nos primeiros séculos de colonização portuguesa, Paraty foi a porta de entrada para os caminhos que interligavam as cidades mineiras que extraiam os ricos metais preciosos e os diamantes que abasteciam a Europa. Posto que foi transferido à capital, especialmente após a transferência da coroa portuguesa que se refugiou na cidade do Rio de Janeiro ante os ataques de Napoleão Bonaparte na Península Ibérica.

E para comemorar este dia, Marcello de Oliveira – diretor de arte da KPMO Cultura e Arte, arquiteto, urbanista e curador, revela algumas curiosidades sobre o Centro Histórico de Paraty.

– A cidade foi desenvolvida, com ruas assimétricas e fortes para evitar ataques de invasores e saqueadores, uma vez que por ser a rota do ouro atraia muitos ladrões dos mares.

– Dizem que as pedras calçadas por escravos que cobrem Paraty inteira têm o nome “pé de moleque” por conta de doceiras que deixavam as iguarias em suas portas e quando eram furtadas por meninos travessos gritavam “pede, moleque”, e assim ficou. Mas da visão de urbanismo, o calçamento das pedras era mais alto por causa da canalização da água do mar e da chuva.

– Existe uma geometria na urbanização para que as ruas projetadas em formato de canal pudessem suportar as cheias e o escoamento das águas com os movimentos das marés. Esta solução é eficiente e funciona até os dias atuais, observe que ao final da tarde a maioria das ruas próximas ao mar são invadidas pelas cheias das águas e das marés. Essa estrutura urbana tinha uma funcionalidade importante: as residências não possuíam banheiro e para escoar os dejetos que eram dispensados nas ruas o pavimento foi construído abaixo do nível da maré alta, o que facilitava a lavagem natural e assepsia com a água do mar. Essa era uma técnica bastante utilizada nas ocupações do Império Romano por toda a Europa.

– O patrimônio histórico preservado até hoje caracteriza uma arquitetura em alvenaria ocupando toda a extensão das ruas e esquinas, edificações com um ou dois pavimentos, com aberturas em portas e janelas em estilo colonial. Um aspecto curioso e que vale ser destacado, identifica as casas pela classe social de seus ocupantes: as famílias mais abastadas construíam suas casas com beirais em cimalha, que são aplicações na parte superior do entablamento, abaixo do telhado; os menos abastados construíam suas casas em formato de “cachorro”, beirais mais simples sem ornamentação.

– A cidade tem grande influência maçônica e isso pode ser visto nos desenhos geométricos em relevo nas fachadas de sobrados, formas de triângulos em muitos lugares e também em suas tonalidades de azul.

– A inspiração na arquitetura colonial portuguesa é evidente, porém os vidros ficaram apenas para o lado de fora, uma vez que quando chegaram ao Brasil, as casas já estavam construídas.

Na cidade de Paraty ainda tem o Saco do Mamanguá:

Destaque: Estrada Real e o Caminho Velho (Paraty – Ouro Preto)

Paraty foi o ponto de partida para as grandes explorações em direção ao interior das minas, por onde circulavam o ouro extraído da região e as mercadorias que abasteciam esse caminho. Essa rota comercial deu origem ao que hoje conhecemos como “Estrada Real” e muitas delas tiveram origem a partir de antigas trilhas indígenas.

A movimentação através do Caminho Velho crescia à medida que a região mineradora prosperava e Paraty teve grande destaque pelo importante papel como posto de controle e fiscalização do escoamento do ouro que era enviado para Portugal. As tropas que traziam os metais explorados nas minas retornavam carregando todo o tipo de utensílios, bens manufaturados, quinquilharias, produtos domésticos, agricultura, oficinas e suprimentos para a variada comercialização nas vendas e armazéns localizados ao longo dos caminhos.

A cidade cresceu e transformou-se numa das sedes administrativas da coroa portuguesa de grande destaque e como consequência importantes monumentos, edifícios religiosos e residências abastadas foram construídas e até hoje temos esse importante conjunto arquitetônico preservado para as futuras gerações.

Ademais, leia mais sobre turismo:

Enfim, siga um filme pelo Caminho de Santiago de Compostela
Conheça quatro viagens para curtir natureza e exercício
Além disso, conheça o Trekking Terra dos Cânions: Expedição São José dos Ausentes
Por fim, olha só a vez que nosso jornalista Alvaro Tallarico encontrou uma baleia encalhada na Praia do Sul, na Ilha Grande:
 

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Cinema

Zack Snyder leva exclusividade de Rebel Moon à CCXP23

Zack Snyder e elenco de Rebel Moon levam Palco Thunder à loucura na CCXP23.

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Em uma noite que entrará para a história da CCXP, a Netflix e Zack Snyder apresentaram pela primeira vez para o público, na sexta (1), o universo de Rebel Moon, nova aventura épica do diretor. Além de Snyder, que fez sua grande estreia na CCXP, o elenco do filme e os produtores Deborah Snyder, Eric Newmann e Wes Coller também participaram do painel no Palco Thunder, nesta sexta (1), onde aconteceu a primeira exibição mundial de Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo, que estreia no dia 22 de dezembro na Netflix.

O aguardado painel, que contou com a apresentação de Carol Moreira e João Luis Pedrosa, começou com a invasão do temido Mundo-Mãe. Soldados dominaram o palco e, em seguida, a audiência foi transportada direto para os planetas e luas da saga, como Veldt e Neu-Wodi, além de descobrirem as criaturas e novos heróis do universo Rebel Moon! Snyder, os produtores e elenco, formado por Sofia Boutella, Djimon Hounsou, Ed Skrein, Michiel Huisman, Ray Fisher, Charlie Hunnam, Staz Nair e E. Duffy, receberam muitos aplausos dos fãs brasileiros a cada interação dos atores. Para o delírio do público, Charlie Hunnam exibiu a camiseta do Brasil por baixo do figurino, Ed Skrein fez uma entrada triunfal ao lado de soldados do Mundo-Mãe, enquanto Staz Nair surpreendeu o público ao mandar ver no português, com direito a um “obrigado, família!”.

Exclusividade para o Brasil

Snyder, junto do elenco e demais produtores, compartilhou detalhes exclusivos sobre os personagens e as experiências de gravação no set de filmagem. Em um momento emocionante de celebração dos fãs, seis sortudos da plateia puderam fazer suas perguntas diretamente para os atores. “Para mim, escalar o elenco é uma parte muito importante de fazer um filme. Eu tinha ideias muito específicas do que queria para os personagens. É uma honra e um privilégio incrível trabalhar com esses atores”, comentou Snyder, enquanto Sofia celebrou sua protagonista “badass”. 

No auge do painel, a exibição na íntegra de Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo, no telão do Thunder, se materializou em um espetáculo visual repleto de ação e efeitos especiais que deixou a audiência em êxtase. “Rebel Moon é uma carta de amor para a ficção científica”, anunciou o diretor sob uma salva de palmas.

Mais surpresas

E não parou por aí. Ao final da sessão, o público (e o elenco!) se surpreenderam com um teaser inédito da Parte 2 do filme, também exibido pela primeira vez no Brasil. Com isso, a expectativa foi lá no alto para a estreia de Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes. A parte 2 chega na Netflix em 19 de abril de 2024.

Vale lembrar que o público da CCXP tem até domingo (3) para explorar o universo Rebel Moon através de experiências imersivas exclusivas. Réplicas hiperrealistas, interações com criaturas do filme, visitas ao bar de Providence e a oportunidade única de estrelar Rebel Moon em um trailer personalizado. Essas são apenas algumas das experiências que aguardam os fãs nos próximos dias. Chega mais, o futuro pertence aos rebeldes.

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