Equinox é uma série dinamarquesa e a vida é uma grande ilusão. Pelo menos, é o que a obra começa nos dizendo enquanto mostra relações humanas difíceis. O futuro e a liberdade aguardam por quem? Mistérios da meia-noite e desaparecimentos inexplicáveis marcam uma menina. A queda é o acordar para a vida.
A abertura me lembrou muito Arquivo X, um clássico das séries de mistérios, e, afinal, segue esse tom. A edição é interessante desde o início, com belo uso do raccord, essa união entre cenas distintas. A protagonista, Astrid (Danica Curcic, muito bem) tem um programa de rádio que desmistifica superstições: “A Voz da Noite”. Mas, claro, o passado retorna e faz uma ligação. Uma mente já confusa recebe uma descarga de adrenalina e o espectador fica curioso junto com nossa heroína.
Tem hora que faz recordar Stranger Things também, mas bem longe do estilo Os Goonies. Não espere muito.
Sem respostas
Nem tudo é para ser entendido. Às vezes é interessante quando algumas coisas ficam em aberto. Nem tudo que vai volta. Em verdade, a maioria das coisas que vão, não voltam. A vida tem poucos bumerangues e muitas desilusões.
Os primeiros episódios de Equinox prendem e entretém, mas os dois últimos desanimam e a falta de respostas fechadas pode incomodar. Contudo, no geral, é uma boa experiência pela oportunidade de acompanhar mais uma vez esse estilo dinamarquês de suspense e mistério o qual parece seguir um certo padrão.