Crítica
Sweet Home | Série é tipo um ‘Resident Evil’ bizarro coreano
Publicado
2 anos atrásem

Sweet Home vem com o pé na porta num prólogo frenético que planta aquela curiosidade. Um certo ar de The Walking Dead coreano. Mudança. É o que vem por aí. O condomínio mais estranho do mundo vai passar por algumas transformações – e ficar pior. A produção é bem feita, os efeitos especiais tem cara de videogame.
Não veja se não gosta de ver sangue. Inclusive, eu não gosto muito e nem sou grande fã de filmes ou séries de terror. Porém, tenho apreço por boas produções que utilizam a temática zumbi como os ótimos longas da saga Extermínio e , claro, The Walking Dead, que levou tudo a um outro nível. Ademais, ainda tive a oportunidade de ler as 100 primeiras edições da HQ. É bom demais.
Contudo, Sweet Home tem outra proposta, mais voltada para Resident Evil, na verdade. Aliás, também é baseada em quadrinhos, um webtoon de mesmo nome, do criador Yongchan Hwang. E tem aqueles personagens que conquistam em suas excentricidades. Cada um com um trauma pior que o outro. É tudo muito bizarro. Bastante terror mesmo. Monstros bem feios. Só vi o piloto.
Afinal, não cheguei nem perto de ter a conexão que alcancei com outra série coreana Caçadores de Demônios, que realmente me fez ter vontade de seguir assistindo e me emocionei diversas vezes. Em Sweet Home, apesar do prólogo criador de expectativas, o primeiro episódio não me empolgou. Entretanto, os fãs de terror, em especial, oriental, podem curtir. Se der uma olhada, volte e comente aqui sua opinião.
“Não é uma infecção, é uma maldição”, diz o protagonista no trailer abaixo:
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Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

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Crítica
Crítica | Los Hermanos: Musical Pré-Fabricado
Musical traz a sensação de como se você estivesse lendo um livro de contos
Publicado
4 dias atrásem
26 de março de 2023Por
Livia Brazil
A sensação de assistir o musical é como se você estivesse lendo um livro de contos, todos baseados na mesma situação, ou em um mesmo acontecimento. No caso, a situação, ou o acontecimento é a banda Los Hermanos. Ou as músicas da banda.
No início, parece ser quase uma biografia. O primeiro personagem conta a história da formação da banda da visão de Rodrigo Amarante, um dos guitarristas, vocalistas e compositores da banda. Mas, com o passar da peça, o público percebe que não é bem isso. Ou não é SÓ isso.
Como tudo que Michel Melamed, o diretor, faz, não é um musical tradicional. Nem mesmo é uma peça tradicional, do sentido que o espectador vai sentar na sua cadeira e entender o rumo que a peça vai caminhar. Não. Cada vez que parece que ela está caminhando para um lado, bum, vem um desvio e ela anda para outro totalmente diferente. Mas não pense você que isso deixa a peça confusa ou sem nexo. Muito pelo contrário: é exatamente o fio condutor sem direção certa que deixa tudo muito bem costurado e poético. Exatamente como as músicas de Los Hermanos.
Avisa que é de se entregar
Foram escolhidas 28 músicas dos quatro álbuns de estúdio da banda carioca para compor o musical. Das mais conhecidas (e tocadas até exaustão), como Anna Júlia, até as conhecidas apenas pelos fãs fervorosos, como “A Outra” ou “O pouco que sobrou”. E esses – os fãs – podem até matar a saudade de cantarem, eles mesmos, um pouquinho as músicas que os acompanharam por tantos anos quando Ariane Souza propõe uma espécie de desafio. Da ponta do palco, ela canta frases de diversas canções dos Los Hermanos (me intriga saber se em toda apresentação serão as mesmas) e aguarda a plateia continuar. A plateia, obviamente, continua. Todas as vezes. Não importa a música escolhida e nem se é um trecho do refrão, do início ou do final, a plateia sempre continua. Fãs, não é mesmo.
Mas, aqui, vou fazer uma pausa para falar o único ponto negativo da peça, na opinião dessa que vos fala. Qual seria ele? O local. “Los Hermanos: Um Musical Pré-Fabricado” está em cartaz no Teatro Casa Grande. Teatro esse que fica no Leblon. Para não conhece o Rio de Janeiro ou por aqui chegou há pouco tempo, o Leblon é um bairro rico e caro. Bastante elitista, e conservador. E o público “Los Hermanístico” não é uma galera conservadora. Longe disso. Tudo bem que aqueles jovens cresceram e hoje têm condição de pagar mais de 30 reais em um show, mas o Leblon com certeza não é o bairro que vem à cabeça quando se pensa na banda.
Talvez tenha sido esse o motivo de, justamente no desafio lançado por Ariane, não se ouvir um grande número de vozes em uníssono (como acontecia em todos os shows da banda), e somente alguns gatos pingados aqui e ali – mas que sabiam as letras inteirinhas. Nisso a produção do espetáculo errou e se fosse em um bairro mais “alternativo”, o público condiziria mais com a proposta.
Pra fazer da nossa voz uma só nota
Quem está totalmente condizente à proposta, contudo, é o elenco. Formado por oito atores e sete músicos, pois, sim, os músicos também integram à peça de forma física, esse elenco é um verdadeiro achado de Melamed e da produção. Um elenco que, além de diverso (o que é, sim, muito importante ser dito), é altamente qualificado. Em todas as vertentes propostas por um musical, mesmo sendo ele não convencional: atuação, canto, dança. E no caso dos músicos, claro, proficiência em seus instrumentos.
É visível a entrega de cada um dos atores (e músicos, mas vocês entenderam, não preciso ficar repetindo aqui, né?) para cada um dos personagens que fazem ao longo da peça. Não importa se você está sendo perto do palco ou quase na ultima fileira do balcão (onde a repórter aqui estava), é possível sentir na pele a emoção que eles despejam em seus movimentos, falas e, lógico, no seu cantar. E que cantar, senhoras e senhores! Aquelas vozes em cima do palco fazem qualquer um sair arrepiado do teatro.
É difícil, também, não sair arrebatado pelas cenas construídas por Michel Melamed. Cada uma delas, que, no geral, tentam dar um sentido, verdadeiro ou inventado, às letras das músicas dos Los Hermanos, parece ter sido feita pra não só encantar o espectador no sentido musical (cada arranjo lindo!), mas, também, e principalmente, na evocação de sentidos. Sejam eles físicos (um arrepio, uma boca aberta, uma lágrima que escapa), sejam eles mentais (é um musical que também faz pensar e sair se questionando sobre a vida). O espectador passa por várias emoções durante os 130 minutos de peça: da gargalhada ao choro solto. Os atores preenchem o palco de forma espetacular (louros, também, da coreógrafa e preparadora de corpo, Daniela Visco).
Prepara uma avenida
Não vou me prolongar muito nos aspectos mais técnicos do musical, como cenografia, figurino, iluminação, som, porque sei que são coisas muito específicas e que nem todo mundo se interessa tanto assim. Mas não posso deixar de mencionar que tudo se encaixa perfeitamente para formar a moldura mais clara e simples e linda possível. Tudo é o que se vê, e tudo que se vê (e se ouve) está em seu devido lugar, mesmo quando o lugar é inesperado – e a peça inteira é formada de lugares inesperados (ainda bem).
O cenário, composto por 4 cubos que se movem, lembram muito a capa do DVD “Los Hermanos no Cine Íris”. E a escolha de, no início, cada música ser decomposta aos poucos em cada um dos cubos foi sensacional. Como uma história mesmo, vamos entendo o enredo em cada palavra – ou nesse caso, imagem – e a escolha da divisão dos cubos foi muito acertada. A iluminação brilhou – perdão pelo trocadilho infame -, principalmente no segundo ato. Não vou adiantar o que acontece, pra não dar um spoiler. Mas posso dizer que ficou difícil não chegar às lágrimas, e a iluminação teve grande papel nisso. Mas não foi só a iluminação, foi cada aspecto dessa obra de arte que se discorre em cima do palco.
Pra resumir e não deixar essa resenha, crítica, resumo, mais longo do que já está, é uma peça completa, que até os que não são fãs de musical vão gostar. Ou os que odeiam Los Hermanos. Ok, talvez não esses.
Enfim, quando tudo tiver fim
Quem se animou com o musical, fique ligado! A peça tem curta temporada no Rio de Janeiro e fica em cartaz até o dia 07 de maio. A partir de 13 de maio entrará em cartaz no Teatro Liberdade (R. São Joaquim, 129), em São Paulo. Ou seja, galera de São Paulo, vocês também terão chance de assistir esse musical espetacular!
Serviço
Los Hermanos: Musical Pré-Fabricado
Apresentações: Quinta a Sábado, às 20h | Domingo, às 18h. Até dia 07 de Maio.
Ingressos: Plateia VIP R$180 | Plateia – R$1600 | Balcão R$75.
Local: Teatro Casa Grande.
Endereço: Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Loja A (Shopping Leblon).
Duração: 130 minutos.
Classificação: 14 anos
Dramaturgia e Direção Artística: Michel Melamed.
Direção Musical: Felipe Pacheco Ventura e Pedro Coelho.
Elenco: Ariane Souza, Estrela Branco, Felipe Adetokunbo, Leandro Melo, Matheus Macena, Mattilla, Paula Fagundes e Yasmin Gomlevsky.
Músicos: Bianca Santos, Estevan Barbosa, Evelyne Garcia, Felipe Pacheco Ventura, Marcelo Cebukin, Pedro Coelho e Yuri Villar.
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