Os brasileiros que puderam ver a final da Copa do Mundo de 1994 não esquecem Roberto Baggio (mesmo os que não viram). Afinal, ele chutou o pênalti decisivo para fora e o Brasil foi tetracampeão. O Divino Baggio (Il Divin Codino) conta a história desse homem que virou ídolo na Itália. Vemos as rusgas dele com o pai e as lesões complicadas que poderiam tê-lo tirado dos campos para sempre.
Baggio era visto como um predestinado, mas isso não impediu que tivesse que passar por desafios. Em verdade, tais obstáculos que lhe fizeram ser quem deveria ser. No momento de dificuldade, ele encontra o budismo. A mistura de fé e empenho fortalecem a base do craque, que consegue seguir adiante.
Andrea Arcangeli é o ator que entrega beleza e carisma ao protagonista que segue sua jornada pela Copa de 1994 ao som de uma bela trilha sonora, desde Oasis a Smashing Pumpkins, passando por Paul Anka e Vasco Rossi.
Mantra
Para mim, foi uma delícia ver esse filme. Eu era uma criança quando vi Baggio chutar para fora aquele pênalti na fatídica final Brasil e Itália na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Chorei de emoção aos gritos de campeão, pulando no sofá. O que vi do futebol de Baggio gostei bastante e seu rabo de cavalo tinha estilo e personalidade, assim como sua forma de jogar. Cheguei a brincar várias vezes que eu era o Baggio, assim como brincava que era o Dunga e o Bebeto.
Depois do Brasil, era para a seleção de Baggio que eu torcia, por ser um descendente de italianos, como meu pai contava, e também por gostar daquela figura. Aliás, tenho grande apreço pelo budismo e é bom ver a fé do protagonista no filme:
Nam Myoho Renge Kyo
Esse é o mantra que ele reza e que ajuda no seu caminho.
Por fim, a película não tem nada assim de tão especial. É simples. Até demais. Razoável como cinema. Contudo, após assistir, passei a simpatizar ainda mais por aquela pessoa, pude sentir emoção na relação dele com o pai e admirei Roberto Baggio.