No final de julho aconteceu mais uma edição do “Tendências 360”, evento anual que busca apresentar as tendências de comportamento e consumo para o Turismo, Gastronomia e Entretenimento, através de entrevistas, painéis e debates com importantes profissionais do Brasil e do mundo.
O Vivente Andante esteve lá! E, a partir de agora, compartilharemos algumas das principais tendências apresentadas no evento.
O Evento
O Tendências 360 se baseia na abordagem de três pilares temáticos e ao mesmo tempo complementares, que por sua vez fazem conexão com várias outras temáticas: turismo, gastronomia e entretenimento.
Sua programação, durante três dias e em formato 100% virtual, trouxe painéis com a participação de profissionais de áreas relacionadas aos pilares mencionados. O objetivo principal é o de despertar nos participantes importantes reflexões sobre as tendências de comportamento e consumo das pessoas, que são quem, efetivamente, fazem as rodas do turismo, gastronomia e entretenimento girar.
Eventos Híbridos
Um dos painéis apresentados tratou da temática “Os eventos híbridos vieram para ficar?”. Sabemos que a pandemia mudou radicalmente vários de nossos hábitos cotidianos. E o setor de eventos foi um dos que mais sofreu nesse período, com a impossibilidade de se realizar shows, congressos, feiras de negócios, enfim, qualquer modalidade que até então necessitava da presença física de público.
A partir daí, acompanhamos algumas adaptações por parte dos promotores e artistas, com a realização de eventos híbridos. Os responsáveis pelo evento, de forma presencial, em determinado local. E o público, remotamente, em diversos outros.
Começamos a ter as “lives” de artistas, no início de forma um tanto improvisada (em suas casas, mesmo), mas com o passar do tempo ganhando ares mais profissionais (com a utilização de estúdios, equipamentos e profissionais de apoio, etc).
Eventos de cunho profissional (workshops, simpósios, palestras, cursos, entre outros) também buscaram novos caminhos, utilizando-se de ferramentas de videoconferência para sua realização. Em um cenário (até outrora) ainda mais incerto em relação ao fim da pandemia e ao retorno a uma vida e rotina mais próximas do normal, essa era a única alternativa viável para a manutenção desses eventos.
Ganhos
Possivelmente, o grande ganho que essa mudança trouxe ao público foi a quebra de barreiras geográficas, que sempre foi um dos grandes impeditivos para a participação em eventos. Quantas vezes em nossas vidas não nos lamentamos por não poder assistir a um show ou participar daquele incrível evento devido à distância de nossa casa dos locais de realização?
Justamente por isso muitos desses eventos híbridos alcançaram audiências recorde, em comparação a realizados em anos anteriores. Você não mais está limitando a participação a pessoas daquela região específica, e sim a todo o Brasil e, por que não, todo o mundo.
E o futuro?
Agora, em um cenário um pouco mais otimista para a volta de nossas atividades presenciais (com o avanço da vacinação da população e queda no ritmo de contágio pelo Covid-19), surge a pergunta tema deste painel. Os eventos híbridos vieram para ficar?
Temos um aspecto inicial relevante a se colocar. Até então essa modalidade de evento era a única possível, considerando todas as restrições existentes. Porém, daqui a um tempo, essas restrições estarão muito mais flexíveis ou deixarão de existir, o que trará velhas novas possibilidades para os organizadores de eventos.
Outro aspecto importante, por suposto, é o público. As pessoas, de modo geral, estão ansiosas pelo momento em que poderão retomar seus hábitos cotidianos. Será que elas terão interesse em seguir acompanhando eventos à distância, por uma tela?
Acredita-se que sim e não. Quem tiver condições de participar presencialmente de um evento desejado certamente o fará, tão logo possível. Porém, voltando ao comentado anteriormente sobre as barreiras geográficas, ainda existirá um grande potencial público que terá essa modalidade virtual como única possibilidade de participação.
Então os eventos híbridos vieram para ficar?
Por essas razões, podemos imaginar que determinados eventos híbridos seguirão a existir, para que se possa aproveitar esse potencial de audiência criado. Mas de forma diferente, planejados de forma a atender também o público presencial que estará saudoso por participar junto a outras pessoas, e interagir de forma mais próxima e real.
Por outro lado, shows musicais talvez não tenham essa mesma pretensão, já que a atmosfera criada em uma plateia ali, junto a seu artista favorito (seja em uma casa de espetáculos ou um estádio), é impossível de se replicar de forma remota. Esse tipo de evento impacta fortemente as emoções do público, e a troca existente entre os espectadores é absolutamente intangível.
Uma coisa é certa: o mundo dos eventos não será o mesmo após esse período. E vocês, estão tão ansiosos quanto eu para voltar a um evento? Responda nos comentários!
Aliás, no próximo artigo será trazido um dos painéis de turismo do Tendências 360. Aguardem!