A história de um homem que saiu da Índia com 70 anos para os Estados Unidos com a missão de ensinar sobre a consciência de Krishna, um deus hindu. Realmente, tinha tudo para virar filme. E virou: Hare Krishna! O Mantra, o Movimento e o Swami que começou tudo.
Fundador do ISKCON – Sociedade Internacional para Consciência de Krishna, Srila Prabhupada chegou aos Estados Unidos em 1965 com 70 anos e praticamente nenhum dinheiro ou contatos. A princípio, começa a dar palestras interpretando antigos sânscritos indianos na época do auge da contracultura. Dessa forma, com seu carisma e tranquilidade, acaba angariando e fascinando muitos jovens hippies que estão inseridos num contexto de psicodelia, sexo, drogas e rock and roll.
Além disso, conquista artistas como o poeta Allen Ginsberg e George Harrison, dos Beatles, que lança a ótima canção “Sweet Lord” em homenagem a Krishna. É aí, inclusive, que a popularidade do movimento cresce exponencialmente. Vira um fenômeno pop. Ver tal crescimento é um dos destaques do filme. Chega até a passar pelo sistema jurídico com acusações de seita que desvia e lava o cérebro de pessoas.
Todos irmãos
O swami foi um incansável promotor de Krishna até sua morte em 1977. Viajou por todo o mundo para espalhar sua mensagem. O movimento Hare Krishna é uma tradição monoteísta dentro da cultura hindu, cheia de deuses diferentes (como Shiva, Kali, Vishnu, Ganesha). Tem como base o Bhagavad-gita, ou Canção de Deus, texto de cinco mil anos de idade, em Sânscrito.
Interessante a base da religiosidade da consciência de Krishna que nos coloca como seres espirituais, como almas, e todos como irmãos e irmãs filhos de Deus. Ou seja quando você olha para outra pessoa você entende que ali tem uma alma assim como a sua passando também pelas dificuldades desse mundo terreno. Swami, em suas entrevistas, sempre demonstra respeito por outras crenças e coloca que os caminhos para a divindade e a evolução pessoal são muitos.
Aliás, veja o trailer, e siga lendo:
Um dos momentos mais lindos é quando o Swami volta para a Índia com seus seguidores para a renovar a fé em seu próprio país. Também vale destacar como os ensinamentos do Swami são voltados para a autorrealização. No próprio filme é dito que todos os tipos de “ismos” como o nacionalismo, capitalismo, esquerdismo, passam, mas não a capacidade de autorrealização.
No fim das contas, Hare Krishna! O Mantra, o Movimento e o Swami que começou tudo é um bom documentário, mas lembra outros tantos, como Bikram: Yogi, Guru, Predador, que mostra um guru que segue por um caminho mais sombrio após se popularizar nos EUA, ou Awake: A Vida de Yogananda, o qual é bastante similar, em diversos quesitos, seja como história, roteiro, ou obra audiovisual como um todo.
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