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Rosas Venenosas (2018), de Fawzi Saleh
Cinema e StreamingCríticaNotícias

Rosas Venenosas | Drama egípcio traz sinestesia, feitiço e amor

Por
Sylvia Arcuri Só de Chita
Última Atualização 30 de março de 2023
5 Min Leitura
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divulgação: Cine África
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O drama egípcio, de 2018, Rosas Venenosas, com direção de Ahmed Fawzi Saleh, além de ter sido selecionado para tentar o Melhor Longa-Metragem Internacional no 92º Oscar, embora não tenha entrado, é desafiador para quem o assiste. Isso porque temos que despir e mudar o olhar, o ritmo e o compasso da batida do nosso coração. O espectador deve se abrir para uma nova forma de contar uma história de amor.

“Eu só quero ver você todas as manhãs”

Essa é a fala que a jovem Tahya (Marihan Magdy), personagem principal do filme, diz para seu irmão Sarq, quando uma tentativa de fuga dá errado. Inicialmente no filme ela vivia um dilema interno, pois não sabia se seguia o irmão no empenho de ir para Itália, ou se tentava fazê-lo desistir de tal ideia. O espectador pode ficar confuso com a trama, pois como Tahya nutre um amor doentio por ele, não fica claro se há uma relação incestuosa – a narrativa poderia ir por esse caminho – ou se, na verdade, não conseguimos fazer a leitura dos costumes daquele núcleo social.

Aliás, veja o teaser e siga lendo:

Afinal, tem uma narrativa lenta, mas a câmera foca bem nos detalhes. Ouso dizer que o filme pode ter leitura a partir de uma figura de linguagem, que perpassa por todas as cenas, a SINESTESIA. Ou seja, o longa-metragem é muito sensorial. Podemos imaginar e, até mesmo, sentir o cheiro da zona dos curtumes, o gosto das refeições elaboradas por Tahya e levada, a cada hora do almoço, para seu, a visão e audição que de tão escancarada, em cada cena, não permite nenhum desvio de atenção e o tato que podemos perceber em cada peça que sai das oficinas do lugar, e que fica mais presente quando Tahya presenteia seu irmão com um novo sapato.

Infracapitalismo

O que mais nos chama atenção nesse drama sensorial? A crítica feita a partir do panorama da precariedade, revelando um contexto de desigualdade, instabilidade e inexistência do Estado, naquele lugar. De uma modo peculiar, o roteiro e a direção da película nos aponta a degradação das condições de trabalho diante da crescente instabilidade e expansão de postos de trabalho com pouca remuneração e sobretudo a forma desumana das condições dos trabalhadores do local, quase análogas à escravidão.

Falar, denunciar e mostrar através da câmera requer disposição e cuidado, pois o cenário não é nenhum pouco promissor, uma vez que a precariedade nas relações e condições laborais só aumenta e implica na vulnerabilidade social de muitos (no caso dos personagens que trabalham nos curtumes) principalmente da juventude que entra mais cedo no mercado de trabalho e se depara com um contexto de escassez e condições incertas, tão incertas que empurra Sraq a buscar uma saída e, a que ele tem mais à mão, é fugir, pelo mar, para a Itália.

Sem afirmações, mas com convicções, esse é um filme que nos faz refletir sobre o preço que as muitas pessoas pagam, em qualquer lugar do mundo, para alimentar o capitalismo, ou melhor, o infracapitalismo. Explico: aquele que já deixou de ser um sistema, e passou a ser uma enfermidade silenciosa e desconhecida, posto que está tão entranhada na base da estrutura social, econômica e política que podemos pensar em Rosas Venenosas.

Para ver o filmes e mais informações, visite o site: mostradecinemasafricanos.com 

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Aliás, saiba mais com a idealizadora da Mostra:

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PorSylvia Arcuri Só de Chita
Sylvia Helena de Carvalho Arcuri, é Doutora em Literatura Hispano-americana pela UFRJ e faz parte do Rolé Literário
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