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a ilusao da abundancia pl da devastação
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‘A Ilusão da Abundância’ mostra por que o PL da Devastação é tão perigoso

“A Ilusão da Abundância”, dirigido por Erika González e Matthieu Lietaert, estreia no Brasil durante a Marcha das Margaridas e ficará disponível no YouTube a partir de 15 de agosto.

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 15 de julho de 2025
4 Min Leitura
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O documentário A Ilusão da Abundância retrata a luta de três mulheres latino-americanas contra os abusos de grandes corporações. A produção premiada internacionalmente é dirigida pela jornalista colombiana Erika González e pelo belga Matthieu Lietaert. O filme reúne relatos comoventes e dados contundentes sobre o neocolonialismo moderno e os perigos enfrentados por quem defende a natureza na América Latina, considerada a região mais perigosa do mundo para ativistas ambientais.

Lembro do excelente A Ilusão da Abundância, pois no Brasil acontece a tramitação do chamado “PL da Devastação” (PL 364/2019), que ameaça flexibilizar ainda mais o licenciamento ambiental e enfraquecer os mecanismos de fiscalização no país. A proposta, duramente criticada por ambientalistas, vai na contramão do Acordo de Escazú e dos alertas do documentário, que escancara como a ausência de proteção legal tem custado vidas e devastado territórios. O filme, ao retratar a resistência de mulheres frente à exploração de seus biomas, torna-se ainda mais urgente num cenário legislativo que pode legitimar retrocessos ambientais em nome do lucro.

Vozes silenciadas

O longa acompanha três protagonistas: a brasileira Carolina de Moura Campos, que atua em Brumadinho (MG) após o rompimento da barragem da Vale; a hondurenha Berta Cáceres, assassinada por defender os direitos do povo Lenca; e a peruana Máxima Acuña, que venceu batalha judicial contra a mineradora Yanacocha. Todas representam resistência feminina diante da exploração predatória de seus territórios.

“Por se oporem a megaprojetos extrativistas, essas mulheres são perseguidas, criminalizadas e até mortas. O Acordo de Escazú é essencial para impedir que isso continue acontecendo”, afirma Erika González.

Enquanto isso, o Brasil segue sem ratificar o Acordo de Escazú, tratado internacional que prevê a proteção de defensores ambientais e a ampliação da transparência e participação social em decisões que impactam o meio ambiente. Já assinado por 24 países da região e ratificado por 17, o acordo aguarda aprovação no Congresso Nacional desde 2023.

O Acordo estabelece obrigações como garantir um ambiente seguro para defensores ambientais, punir ameaças e promover o acesso público à informação ambiental. Erika reforça: “É o primeiro acordo da região que protege quem arrisca a própria vida para defender o patrimônio natural de todos”.

Reconhecimento global e impacto político

Selecionado por mais de 30 festivais em 20 países, A Ilusão da Abundância já foi premiado como Melhor Longa-metragem no One World, Melhor Filme Ambiental no Millenium Doc FF, e recebeu menções em festivais voltados à luta das mulheres. O filme também foi exibido em espaços estratégicos, como o Parlamento Europeu, ONU em Genebra, COP15 e COP Escazú.

A narrativa, inspirada na obra As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano, denuncia que, mesmo após séculos de exploração, a América Latina ainda fornece recursos naturais sem garantias de retorno social ou respeito ambiental. “Queremos ampliar o debate e chamar atenção para os acordos que podem mudar esse cenário. O momento é agora”, destaca Matthieu.

Existe um abaixo-assinado contra o PL 364/2019 no Change.org, assine aqui.

Saiba mais em https://www.theillusionofabundance.earth e assista o filme completo a seguir:

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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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