Conecte-se conosco

Cinema

A Viúva das Sombras | Crítica

Publicado

em

crítica a viúva das sombras

A princípio, A Viúva das Sombras apresenta um plot convencional e simples. Uma mulher morta assombra uma floresta, os moradores sabem disso mas os estrangeiros não e isso causa todos os problemas. De alguma forma o diretor Ivan Minin consegue estragar uma história previsível com decisões cansativas e tediosas. Em resumo, um grupo de socorristas (e uma jornalista que os acompanha) está treinando numa floresta russa quando um menino desaparece. Esse grupo vai até o local do desaparecimento onde eles encontram uma mulher nua em choque. A mulher fala de uma tal de Viúva que não os permitirá sair vivos da floresta, a noite cai e as tretas começam. Só com esse enredo barato já se pode saber o que nos espera; o problema é que nada nos espera, apenas uma tentativa de terror frustrante.

Fotografia

Primeiramente, os pontos altos. O filme se inicia com um ar de pseudo documentário, utilizando de “imagens captadas” de jornais televisivos e entrevistas informais com moradores da área assombrada. O tom levantado com essa abertura prenuncia uma linguagem diferente da normalmente utilizada em filmes do gênero. Fugir do clichê da câmera manual tremendo à la Bruxa de Blair e do formalismo clássico americano é um take inesperado e muito bem vindo; infelizmente essa ideia logo é abandonada para uma fotografia banal com planos previsíveis e tediosos. 

A segunda boa ideia esquecida ao longo do filme são os planos a distância “observando” os atores. Assim que essas cenas aparecem você se sente como que observando as conversas e interações do ponto de vista da mencionada viúva, mas a falta de dinamismo, emoção e criatividade logo deixam claro que são apenas shots filmados para dar a falsa sensação de solidão na floresta. As cenas são bonitas à sua maneira, mas novamente faltou emoção. Os mesmos planos poderiam ser reciclados em algum documentário sobre a taiga russa e ninguém notaria. 

Por fim, A Viúva das Sombras tenta apresentar uma deturpação na própria “presença maligna”. A falta de uma possessão clara e visível, de um mal encarnado ou de qualquer visagem perturbadora acaba por fazer do filme um terror morno. A primeira morte demora para acontecer e o filme ao todo não chega a 1h30. 

Conclusão

Um bom filme de terror normalmente se apoia em duas vertentes, ou ele é nojento e o banho de sangue é o foco, ou o suspense e terror propriamente dito guiam a narrativa.  “A Viúva das Sombras” não tem nenhum dos dois, se valendo de um clima desconfortável e de clichês para tentar justificar a história, contudo, tem um bom diferencial com seu estilo pseudo documentário.

Enfim, se liga no trailer:

 

Ademais, veja mais:

A Voz Suprema do Blues | Dignidade, respeito e independência
The Forty-Year-Old Version | Rapper negra tem carisma e inovação na Netflix
Crítica | ‘Era Uma Vez Um Sonho’ é elegia caipira emocionante na Netflix

Cinema

Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

Publicado

em

transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências