As Polacas, dirigido por João Jardim(Getúlio), acaba de ter seu primeiro cartaz e trailer oficial divulgados. O filme chega aos cinemas no dia 14 de novembro, com distribuição da Imagem Filmes. Tem produção de Iafa Britz, da Migdal Filmes, em coprodução com a Globo Filmes e RioFilme.
Inspirado na história real de mulheres que chegaram ao Brasil vindas da Polônia, As Polacas tem roteiro de Jacqueline Vargas e Flavio Araújo. O roteiro final é de George Moura. Estrelado por Valentina Herszage e Caco Ciocler, o filme conta com um grande elenco feminino. Dora Freind, Clarice Niskier, Anna Kutner e Isis Pessino interpretam as polacas. Se destacam também os atores Amaurih Oliveira, Erom Cordeiro e Otavio Muller.
Enredo
As Polacas conta a saga da polonesa Rebeca (Valentina), uma mãe judia que chega ao Brasil fugindo da guerra na Polônia, em 1917, com seu filho pequeno Joseph. No Rio de Janeiro, se torna alvo de Tzvi (Caco), dono de um bordel, envolvido com tráfico de mulheres. O longa tem inspiração livre nas obras “El Infierno Prometido”, de Elsa Drucaroff, e “La Polaca”, de Myrtha Schalom. Elas contam a história real de mulheres europeias, em maioria de origem polonesa, que eram enganadas com promessas de uma vida melhor ao desembarcar em países distantes, e levadas a trabalhar em prostíbulos.
Fique, por enquanto, com o trailer:
Equipe feminina
A produtora Iafa Britz lidera uma equipe técnica formada majoritariamente por mulheres. Entre elas, Louise Botkay, diretora de fotografia, Camila Moussallem, diretora de arte, Mariana Sued, figurinista, e Rose Verçosa, maquiadora.
“A trama traz o ponto de vista de uma mulher e as agressões física, emocional e patrimonial que ela sofre durante a jornada de escapar da pobreza e da violência – e, no caso dela, o antissemitismo. Dói assistir a um contexto retratado de um século atrás, mas que segue atual como nunca. Minha família tem origem polonesa e é judia, então tenho uma ligação muito importante com o filme. Recontar esse passado é uma chance de reescrever o presente. Também é bonito ver no filme como essas mulheres se juntavam e lutavam pela liberdade e pelos seus direitos básicos. Um exemplo é a Sociedade da Verdade e a construção de um cemitério para serem enterradas de acordo com suas crenças”, conta a produtora Iafa, da Migdal Filmes.
Festivais
O longa tem se destacado nos festivais internacionais de cinema e recebeu diversos prêmios. Foi o vencedor dos prêmios de melhor diretor para João Jardim e melhor atriz para Valentina Herszage e Dora Freind no Festival de Punta del Leste. Caco Ciocler ganhou o prêmio de melhor ator no FESTin, em Lisboa. Além disso, o longa levou pra casa o troféu de melhor som e música no Festival de Oklahoma Cine Latino Film Festival. Selecionado para a competição da Première Brasil do Festival do Rio 2023, o filme também teve exibição na Mostra de São Paulo e no Festival de Chicago.
Para o diretor João Jardim, “a história das mulheres violentadas e forçadas a se prostituir é algo certamente muito mais violento do que vemos retratado na ficção. Fizemos um filme muito envolvente, no qual os espectadores ficam presos à tela o tempo todo, mas também fortemente impactados pela brutalidade dos acontecimentos e por ser uma história real, o filme tem uma verdade e uma força enormes”.
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