A banda Pink Roof acaba de lançar seu novo single “Quicksand”. Ele vem posteriormente ao sucesso do primeiro e segundo single, respectivamente, “Jealous” e “Trigger”. Afinal, alcançaram mais de 20 mil visualizações nas redes e mais de 80 mil de streams no Spotify juntos.
A princípio, “Quicksand” vem com um rock que cativa – e até motiva. Esse terceiro trabalho da trilogia de estreia vem a partir da premissa de questionar os amores modernos a partir de uma abordagem psicológica. Certamente , é rock alternativo de qualidade, que dá vontade de mexer a cabeça o corpo e sair da areia movediça que a letra canta. Enfim, tem amores que não valem a pena, né?
Teto rosa
Pink Roof é um projeto antigo da musicista Isabela Lorio. A banda já participou de diversos festivais online, como o Alento Alternativo e Girls Rock Camp Br, como uma opção ao cancelamento dos primeiros shows devido à pandemia.
Inspirada pela repercussão de uma série de apresentações realizadas em 2017 ao lado da baterista Carol Rezende, Isabela Lorio decidiu retomar com o projeto de longa data e criou a banda no início deste ano após Carol e Giulia, indicada por um dos integrantes da Radio Front, terem aceitado o convite.
Gatilho bom
Inicialmente, se nos primeiros singles, “Jealous” e “Trigger”, o foco era refletir sobre o ciúme e sua toxicidade, dessa vez o trio questiona o que podemos fazer quando nos encontramos em relacionamentos aprisionantes. Contudo, o que nos leva a insistir? Ouvindo a canção, pensei em um caso da minha vida, uma pessoa que nunca me levou por bons caminhos, sugava minha boa energia, mas, mesmo assim, eu ainda insistia.
“Escrevi essa música buscando entender o que nos leva a depender de uma pessoa ao ponto de nos prender. Parece que as memórias viram areia movediça e isso nos segura na relação, esperando por um futuro incerto que sabemos que é muito difícil de realmente acontecer” reflete Isabela Lorio, idealizadora e vocalista da banda.
A fala de Isabela me respondeu. Era o gosto de um passado ilusório. E um sonho impossível. Às vezes enveramos nas fantasias que criamos em cima de inexistências.
Represent
Nascido da carência da representatividade feminina no cenário musical independente, principalmente no gênero Rock, o trio se inspira em nomes de diferentes gerações que fizeram história com sua individualidade e veemência sonora, estética e política no âmbito fonográfico.
“Representatividade sempre foi algo muito importante pra mim. De família musicista, cresci rodeada de referências, entre elas Joan Jett, Hayley Williams, Alanis Morissette e Stevie Nicks, que para mim são artistas incríveis e mulheres totalmente confiantes de si no meio de uma cena dominada por homens. Se eu passar metade da confiança e inspiração que essas cantoras me passaram para outra garota, meu sonho já estará sendo realizado”, reflete Isabela Lorio.