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Bel Canto ganha semana especial | Ópera gratuita

Por
Pedro Pessanha
Última Atualização 19 de março de 2023
9 Min Leitura
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Essa semana, o Met trará uma programação dedicada ao Bel Canto Italiano do século XIX. O Bel canto, Belo Canto em italiano, é uma técnica vocal e um estilo operístico no qual a voz é protagonista absoluta. Com longos agudos característicos exige-se uma profunda e refinada técnica dos tenores e principalmente das sopranos. Apesar de ter sido originado no fim do século XVII, foi no século XIX que encontrou sua maior glória. Assim, Rossini, Bellini e Donizetti foram os principais compositores desse período, e que levaram o estilo ao estrelato.

Todavia, com o avançar do século, as óperas do bel canto foram sendo vistas como ultrapassadas e saindo do foco e dos palcos de óperas no mundo. O romantismo era o que havia de empolgante nos palcos de ópera. Portanto, em um momento onde reinavam as tragédias de Verdi e os épicos trágicos de Wagner, o melodrama do bel canto não era mais tão apreciado assim.

Renascimento

Contudo, a partir dos anos 1950 aconteceu um renascimento de interesse nas óperas do bel canto. Interesse alavancado por grandes vozes que trouxeram e firmaram novamente esse estilo nos palcos de ópera do mundo. Maria Callas foi talvez a protagonista desse revival do Bel canto, empregou toda sua intensidade vocal e dramática em obras como Anna Bollena. Callas foi seguida por outras grandes soprano, como  Joan Sutherland, Montserrat Caballé, Leyla Gencer, Beverly Sills, Renata Scotto, que deram continuidade ao longo dos anos 60 e 70.

Atualmente, o Bel canto é um estilo presente em praticamente todas temporadas de todas grandes casas de ópera pelo mundo. Aliás, as gravações que o Met trará serão todas em HD gravadas no século XXI, que também conta com vozes consagradas que mantém a tradição do Belo Canto viva. Além disso, as óperas serão dos 3 principais compositores do Bel canto italiano do século XIX: Gioacchino Rossini, Vincenzo Bellini e Gaetano Donizetti.

Gioachino Rossini

Rossini foi considerado o “salvador” da ópera italiana em seu tempo. Talentoso e prolífico compositor, compôs em muitos estilos diferentes e foi principal responsável por alavancar o Bel canto. Tinha grande admiração e se inspirava profundamente em Mozart. Conhecido por reaproveitar trechos seus em muitas obras, compôs 39 óperas em uma carreira relativamente curta na ópera. Aposentou-se da ópera com 36 anos enquanto sua carreira estava em alta, ninguém sabe dizer exatamente o motivo, mas viveu até os 76 anos.

Suas óperas encenadas serão Le Conte Ory e La Cenerentola. Le Conte Ory é uma ópera de sua fase que compunha em Paris com libretos em francês. Estreou em 1928 na Sale Le Peletier, em Paris e é uma comédia. Não é das suas óperas mais encenadas, é uma das obras revividas no renascimento do Bel canto. La Cenerentola é uma ópera com libreto em italiano e que faz uma adaptação do conto da Cinderela. Composta em apenas 24 dias Rossini estava no auge de sua produção. Estreou em 1817 no Teatro Valle em Roma e essa é uma de suas obras mais celebradas até hoje.

Vincenzo Bellini

Considerado sucessor de Rossini, Bellini dedicou sua breve carreira ao bel canto. Aliás, a jovem Bellini teve um início de carreira promissor na ópera. Em seguida ao sucesso que Rossini fazia à época, Bellini dedicou-se ao Belo Canto buscando simplificar ao máximo os floreios e dar total enfoque à voz e à melodia. Ao contrário de Rossini, Bellini era mais lento em sua composição, dedicava muito tempo para polir suas óperas. Por isso, e por uma morte bem prematura aos 33 anos, ficaram apenas 11 óperas escritas pelo talentoso compositor.

O Met trará duas de suas obras mais importantes: I Puritani e Norma. I Puritani foi a última ópera composta por Bellini. Estreou em 1835 no Théâtre-Italien em Paris. A estreia foi um total sucesso afirmando seu prestígio com o público parisiense. Posteriormente, Bellini faleceu em Paris por uma inflamação no intestino. Norma é provavelmente sua obra prima e constantemente considerada o ápice da tradição do bel canto. O papel título é considerado um dos mais difíceis papéis para Soprano. Por fim, a estreia ocorreu no famoso Teatro alla Scala, de Milão, no dia 26 de dezembro de 1831.

Gaetano Donizetti

Espremido entre Rossini e Verdi, Donizetti é constantemente esquecido. Porém, é um intermediário real entre os dois grandes compositores, sem querer retirar seu protagonismo. Retirando os excessos de Rossini e caminhando para a música contínua, que viria a se tornar o padrão na ópera, Donizetti jamais deixou de dar o protagonismo à voz. Com uma vastíssima carreira, compôs 85 óperas de vários estilos e gozou de bastante sucesso.

Essa semana serão três óperas suas apresentadas. São elas: Don Pasquale, La Fille du Regiment e L’elisir d’Amore. Don Pasquale estreou em 1843 no Théâtre-Italien em Paris. É uma ópera-bufa, cômica e um das mais encenadas do compositor hoje em dia. A Filha do Regimento é uma ópera-cômica em dois atos. Quando a compôs, Donizetti vivia em Paris e seu libreto é em francês. Estreou no Opéra-Comique de Paris e no mesmo ano teve encenação no La Scala de Milão. O Elixir do Amor é provavelmente sua ópera mais famosa e querida. Foi composta em duas semanas por conta de uma urgência e estreou no Teatro della Canobbiana de Milão, Itália em 12 de maio de 1832. Enfim, possui enredo simples e cativante.

Afinal, veja a programação:

14/09 – Donizetti – Don Pasquale

Anna Netrebko, Matthew Polenzani, Mariusz Kwiecie? e John Del Carlo; regência de James Levine. 13 de Novembro de 2010.

15/09 – Rossini – Le Comte Ory

Diana Damrau, Joyce DiDonato e Juan Diego Flórez. Regência de Maurizio Benini.  9 de abril de 2011.

16/09 – Donizetti – La Fille du Régiment

Natalie Dessay, Felicity Palmer, Juan Diego Flórez e Alessandro Corbelli. Regência de Marco Armiliato. 26 de abril de 2008.

17/09 – Rossini – La Cenerentola

El?na Garan?a, Lawrence Brownlee, Simone Alberghini, Alessandro Corbelli e John Relyea. Regência de Maurizio Benini. 9 de maio de 2009.

18/09 – Bellini – I Puritani

Anna Netrebko, Eric Cutler, Franco Vassallo e John Relyea. Regência de Patrick Summers. 6 de janeiro de 2007.

19/09 Donizetti – L’Elisir d’Amore

Pretty Yende, Matthew Polenzani, Davide Luciano e Ildebrando D’Arcangelo. Regência de Domingo Hindoyan. 10 de fevereiro de 2018.

20/09 – Bellini – Norma

Sondra Radvanovsky, Joyce DiDonato, Joseph Calleja e Matthew Rose. Regência de Carlo Rizzi. 7 de outubro de 2017.

Ademais, veja mais:

O Leilão do Lote 49 | Afinal, conheça Thomas Pynchon e a paranoia pós moderna
Aliás, Charles Bukowski | O velho, o vô e pessoas que não são boas
Enfim, Philip Glass e “The Portrait Trilogy” | Einstein na praia e a ópera 
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PorPedro Pessanha
Historiador, mestrando em história do Brasil. Se interessa por arte de todo tipo e suas ligações com história, política e com a vida.
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