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Cinema

Candango: Memórias do Festival | Crítica

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Mais do que um documentário, Candango: Memórias do Festival é uma carta de amor. Aliás, um amor profundo que se revela através de inúmeras entrevistas, relatos e memórias do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Dessa forma, não é necessário dizer o quanto esse filme é excitante pra alguém que ama o cinema e a cena social que cerca esse universo. Candango: Memórias do Festival foi exibido na 44º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e ainda está disponível aqui, e, melhor ainda, de graça.

Além de ser uma retrospectiva emocionada, Candango: Memórias do Festival é o diretor Lino Meireles dizendo: “olha isso tudo, olha a riqueza de obras que o Brasil oferece”. Curiosamente, mesmo quem não está familiarizado a esse universo de festivais acaba sentindo uma emoção ao ver o filme. Este documentário acende uma chama dentro da audiência que é extremamente bem vinda. Seja agora em tempos de censura velada (ao contrário de explícita de outrora) ou em qualquer outro momento, uma sacudida vem muito à calhar.

O Amor pela liberdade

Assim, além da exaltação do festival, vemos uma conclamação de defesa à arte nacional. Candango: Memórias do Festival é um chamado à luta, um exemplo do que devemos proteger e preservar. O Festival de Brasília sofreu numerosos ataques antes, foi de um dos eventos mais importantes do calendário cinematográfico até praticamente não ter o que exibir, mas sobreviveu. Hoje estamos passando por problemas tão ou ainda mais pesados, o que revela apenas um fato universal: sem resistência não tem como ganhar.

Afora alguns pequenos problemas de montagem e uma atenção mais que especial ao período dos anos 90 (imagino que seja a época em que Meireles começou a frequentar o Festival), Candango: Memórias do Festival é um documentário interessantíssimo e ultra atual. Finalmente, aproveite enquanto ainda está disponível e relaxe acompanhando grandes nomes do cinema nacional falando sobre uma das maiores festas da cinematografia brasileira. Só não se choque com a nudez, ou tire as crianças da sala.

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Cinema

Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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