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Micah
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Cantora Micah | “Existe uma repressão muito grande em cima do desejo feminino”

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 18 de março de 2023
7 Min Leitura
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Micah
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A cantora e compositora independente Micah veio direto da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Primeiramente, ela estreou em 2018, com o EP “Plantas no Fundo do Aquário”. Em seguida, em julho de 2019, lançou “Gigantesco em Mim” single que contou com a participação de Letrux (Letícia Novaes) em uma performance no Sesc Engenho de Dentro.  Inclusive, Micah está participando da primeira etapa da seletiva do concurso EDP Live Bands, que vai contemplar um artista com a participação no Festival NOS Alive em Portugal, juntamente com a masterização de um álbum. Enfim, a votação se encerra neste domingo (17/05) e para garantir presença na próxima fase é preciso estar entre os mais votados. Para votar acesse: https://edplivebands.edp.com/brasil/banda/micah.

Além disso, a cantora respondeu algumas perguntas do Vivente Andante, confira:

Alvaro Tallarico: Sua ideia é fazer um trabalho que explora a sexualidade feminina? “Gigantesco em mim” é um bom exemplo?

Micah: “Gigantesco em mim” é a love song do EP (risos). A canção aborda o tema também, mas “Período Fértil” é um exemplo melhor, pois a letra fala justamente sobre desejo! Também desejamos, nem sempre a paixão está envolvida ou outros sentimentos. Existe uma repressão muito grande em cima do desejo feminino, tanto que quando exercemos nosso direito de apenas desejar, sem romantizar nada, apenas curtir, ter “um lance”, normalmente somos condenadas. Um post no facebook de uma amiga reclamando sobre isso que inspirou a canção. “Oh girls just wanna have fun”!

Alvaro Tallarico:  Mas por que Letrux é uma das suas principais referências?

Micah: Acompanho a carreira da Letícia desde 2012. Achei um vídeo do antigo projeto dela o “Letuce”, no YouTube, Foi amor a primeira vista! Entrei no site da banda, baixei os discos, coloquei num antigo celular Nokia de flip, e toda noite antes de dormir mergulhava nas canções. Amo a forma como ela escreve, a pegada tragicômica das letras, a escolha inusitada das palavras. Fora que Letícia não tem uma beleza padrão, é considerada, por muitos, esquisitona, e eu que desde sempre fiz parte desse clube (sofri muito bullying na escola) acabei me identificando.

Aliás, aproveite e veja Micah e Letrux juntas:

AT:  Como foi essa passagem de intérprete no seu primeiro EP “Plantas no Fundo do Aquário” para compositora no “Período Fértil”?

Micah: A parceria com Leonardo Alves, compositor do “Plantas”, foi o início da minha trajetória artística profissional. Depois de um tempo circulando fazendo shows com o EP surgiu a necessidade de lançar novas canções. No lugar de buscar novas parcerias, resolvi enfrentar o desafio e romper meu bloqueio com a composição. No inicio de 2019 comecei a participar do “Dançar Curar”, movimento idealizado pela artista dançarina Beatriz Melo, que recebia mulheres no salão do seu condomínio para dançar. Os encontros foram fontes de grandes inspirações e me ajudaram muito no processo criativo. Foi uma delícia essa passagem, descobri que eu tinha muita coisa pra botar pra fora!

Vale lembrar que o EP “Período Fértil” não foi escrito apenas por mim. Fiz parceria com diversas mulheres para construção das letras, e a última faixa “Casa 9”, foi um presente da cantora, compositora e amiga Rebeca F, que escrevei a canção especialmente para mim.

AT:  Como está sendo para você o momento de pandemia? A princípio, tem sido um período fértil ou se sente no fundo do aquário?

Micah: Fui impactada financeiramente por conta dos cancelamentos dos shows e eventos e tive que mudar temporariamente para casa da sogra pra amenizar as despesas. Apesar do perrengue e da tristeza pelo momento que estamos passando, tem sido um período fértil sim! Sigo compondo e criando novas canções com meu companheiro na vida e na música Philip Sachez. Inacreditavelmente coisas boas estão acontecendo!

AT: Você está participando de um concurso da EDP Live Bands. Por que a vontade de fazer essa ponte da zona oeste oeste do Rio de Janeiro para Portugal?

Micah: Acredito que a oportunidade é muito bacana e é possível acontecer! Não foi algo previamente planejado. Conheci o concurso durante a quarentena e fiz a inscrição. Fiquei sabendo que fui selecionada quarta-feira passada, a votação que encerra quinta (21/05) está rolando desde abril! De mil projetos selecionados para participar da votação o meu é o 14º mais votado, em apenas 4 dias. Uma loucura, estou transbordando de felicidade com o retorno que tive, não imaginava tantos votos em tão pouco tempo.

Quem é artista independente periférico sabe o quão difícil é fazer nosso trabalho. Considero inclusive um ato revolucionário! Estamos cercados de situações que são desmotivadoras. É o mundo dizendo para você o tempo inteiro que você não pode ser artista. A vontade não é só de fazer uma ponte da Zona Oeste pra Portugal, mas a da Zona Oeste pra Bahia, pra São Paulo, pro Leblon. A ideia é conseguir afetar o máximo de pessoas possível, criar uma rede que de fato funcione, estar atuando no circuito nacional e buscar a sustentabilidade da minha carreira e dos músicos que me acompanham.

Ademais, leia mais:

Outros Caras e o clipe colaborativo ‘Fé (É preciso ter)’ | “O artista e sua obra não podem se descolar do mundo”
Banda Dois ou Dez | “Buscamos despertar o lado reflexivo das pessoas”
Além disso, Ana Catão | “Nossa missão é trazer essa história que foi varrida para debaixo do tapete”
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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