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CinemaCrítica

Supa Modo | Conheça um belo e singelo filme queniano

Por
Sylvia Arcuri Só de Chita
Última Atualização 30 de março de 2023
4 Min Leitura
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Supa Modo (2018), de Likarion Wainaina (Quênia) #01 - cred One Fine Day Films (1)
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Infância, maternidade, dor, felicidade, super-heróis, solidariedade, irmandade, produção cinematográfica, amor e, sobretudo, vida. A princípio, esses são alguns temas que povoam o filme Supa Modo, do diretor queniano, Likarion Wainain, que estreou no 68º Festival de Filme de Berlim, em 2018. Agora pode ser visto na Mostra de Cinemas Africanos.

Joana, conhecida como Jo é uma menina que luta contra o câncer e cria dentro de si um mundo dos super-heróis,. Ela faz isso não somente para diminuir a dor da sua família e amigos, como para que a sua vida, mesmo no final, seja feliz e alegre. Sua irmã, vendo que a felicidade dela depende dessa invenção de mundo de heróis e heroínas, resolve fazer com que o tempo que resta de sua vida seja divertido. Com ajuda de Mike, o cinéfilo local, de sua mãe e dos vizinhos, começam a rodar um filme sobre a heroína interpretada por Jo, Supa Modo, que salvará as crianças do vilarejo de uma gangue que as sequestrará.

“Ela é nossa criança, ainda que não sejamos sua mãe.”

A fala de uma das moradoras, nos leva para outro patamar de entendimento e de cuidado: de todos, naquele lugar, formarem uma única família e, por isso, cuidarem uns dos outros. A partir dessa fala, pode-se perceber que essa irmandade ainda existe em alguns bairros dos subúrbios das cidades pelo mundo. Locais onde um toma conta do outro e expande a solidariedade, ou seja, uma sensação de “aquilombamento”.

O quilombo com o sentido de pertencimento que diminui a dor capaz de transformar a vida.

Aliás, veja o trailer e siga lendo:

Outro tema que surge é como uma doença dura pode ser apresentada e encarada com muita leveza e diversão. Além disso, o filme aborda o sentimento da perda e da chegada de vidas ao mundo. Ao mesmo tempo, em que a mãe de Jo traz vida ao mundo, como parteira do local, a vida da filha está chegando ao fim, um antagonismo que muitos vivem em outros aspectos, durante jornada como seres, nesse planeta. A ironia se instala: a vida pode estar pressa por um fio, o cordão umbilical ou por um sopro que pode deixar de existir a qualquer instante.

Voa

O sonho de Jo, de virar uma heroína, se consolida no em certo momento. Na reunião no vilarejo para assistir o filme.

Supa Modo é singelo, único, e me tocou profundamente.

Dedico a resenha desse filme a meu sobrinho de 9 anos, Nicolas Carvalho dos Santos. Há dois anos, ele luta, como um Supa Modo, contra a Leucemia Linfoide Aguda (quase no final do tratamento hospitalar). Dedico também a todas as crianças que estejam nessa batalha contra um vilão invisível.

Certamente, esses nossos pequenos heróis e heroínas são visíveis e nos deixam muitas lições e a principal delas é de que devemos lutar pela vida com a vida.

Enfim, para ver o filme é só acessar: mostradecinemasafricanos.com

*Sylvia Helena de Carvalho Arcuri é Doutora em Literatura Hispano-americana pela UFRJ e escreve na página Rolé Literário, que está cobrindo a Mostra de Cinemas Africanos em parceria com o Vivente Andante

Afinal, entenda mais sobre cinemas africanos:

Cine África | Em setembro estreia nova temporada do festival de filmes africanos
Além disso, tem Marcelo Monteiro falando de Cosmogonia Africana
Literatura africana | Conheça o projeto da livraria online com obras sobre África
Tags:cine africacinema africanocinema quêniacinemas africanosmostra de cinemas africanosQuêniasupa modosylvia arcuri
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PorSylvia Arcuri Só de Chita
Sylvia Helena de Carvalho Arcuri, é Doutora em Literatura Hispano-americana pela UFRJ e faz parte do Rolé Literário
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