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O Preço da Teimosia | Cinema em tempos de COVID-19 | Assista

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O Preço da Teimosia é um filme contundente. Veja aqui!

Não existe um único setor que não tenha sido afetado pela pandemia mundial da COVID-19. Em cada área, soluções alternativas estão sendo buscadas e realizadas para esses novos tempos em que vivemos. Desde o comércio até o setor da música. O cinema também está nessa direção. Primeiramente diversos festivais e serviços de streaming passaram a liberar gratuitamente ou por menores preços diversos títulos para que as pessoas possam ter ofertas do que fazer em casa, além de não deixar a indústria parada pelo menos no que diz respeito a exibição.

Agora festivais estão sendo criados especificamente em relação ao coronavírus. Festivais como o Quarantine Filme Challenge na Índia e o Corona Short Film Festival na Alemanha. Os cineastas são encorajados a realizar filmes em suas casas afim de promover o isolamento social e debater sobre os efeitos da pandemia ao redor do mundo.

Reconhecimento aos profissionais de saúde

Eu como cineasta não poderia deixar passar em branco esta chance de poder fazer algo para ajudar na conscientização das pessoas. Por mais que um filme não vá mudar o mundo e muito menos o rumo da pandemia, sempre pode-se tentar minimizar os impactos através de informação e o cinema é um ótimo veículo para isso.

"O Preço da Teimosia" e "Combatentes pela Vida" são filmes feitos para debater a pandemia.

divulgação: Luciano Bugarin

Realizei um documentário curto com alguns profissionais da saúde. Procurei colocar uma diversidade de profissionais para quebrar o estigma de que quando se pensa em profissionais da saúde trabalhando contra uma pandemia pensa-se logo nos médicos. Porém, existem muitos outros profissionais importantes nesta luta. Infelizmente não consegui colocar todos mas acredito que a mensagem de que cada um deve ser valorizado e respeitado foi atingida.

Ao colocar a voz e a narrativa somente nas palavras destes trabalhadores procurei mostrar como eles são pessoas como nós com seus medos, dúvidas e dificuldades. Eles também têm suas famílias e são como qualquer um que teme por esta pandemia que não sabemos quando e nem como irá acabar. É dever de cada pessoa reconhecer a importância e valor de todos eles, sem exceções.

Enfim, veja o documentário “COmbatentes pela VIDa”:

É importante ressaltar que o reconhecimento que damos a eles deve ser um aspecto inerente de nossas vidas e não apenas um acaso de uma pandemia. Estes profissionais não querem aplausos. Querem apenas as condições ideais para continuar a exercer suas funções sem serem perseguidos ou julgados. Nesses tempos incertos já vimos notícias de profissionais da saúde serem maltratados nas ruas, entre outras. O que combate os inúmeros vírus que temos no mundo é a ação dessas pessoas. O que combate é a ciência, a razão, a pesquisa e o trabalho duro deles.

Ficção para abordar um tema sério

Enquanto não se descobre um remédio ou vacina que possa curar a COVID-19, o isolamento social tem sido uma das principais formas de diminuir o aumento de contaminações. Dessa forma, o sistema de saúde dos países não entra em colapso como vimos em casos como a Itália. Porém, é um situação que praticamente a maioria de nós nunca vivenciou antes. Ter que ficar em casa sem poder sair está incomodando muitas pessoas do ponto de vista da saúde mental.

"O Preço da Teimosia" é um filme que debate a pandemia.

Poster de “O Preço da Teimosia”

Algumas pessoas temem pelos seus empregos; outras temem por não conseguir pagar as contas por serem trabalhadores autônomos ;alguns estão sofrendo por já enfrentarem um histórico de depressão ou de outra doença similar. Contudo, alguns simplesmente estão nervosos de terem que ficar em casa. Desejam muito sair e não conseguem enxergar a oportunidade de poder se resguardar em casa visto que muitas pessoas nem casa têm para poder se isolar, quanto mais se resguardar.

Pensando nisso fiz um curta de ficção que dramatiza a ansiedade de uma pessoa que insiste que se sair só um pouquinho não tem mal nenhum. O filme é todo contado sob o ponto de vista de primeira pessoa e não há diálogos. Essa escolha foi para enfatizar que o que acontece no filme pode acontecer com qualquer um de nós, independente da faixa etária e alguma condição de pré-disposição.

Aliás, veja o curta “O preço da teimosia”:

Votação online

Enviei estes filmes, “O Preço da Teimosia“, e “COmbatentes pela VIDa” para os festivais mencionados acima e peço aqui que vocês vejam, curtam, comentem e compartilhem. Além de ser benéfico para o filme no festival é importante que a mensagem que eles passam seja vista e alcance o maior número de pessoas possível.

Inclusive, para quem tiver interesse, há outros festivais com a mesma proposta com as inscrições abertas: Quarantine International Film Festival, Plural +Youth Video Festival e Stop Virus Film Festival.

Um abraço para todos e fiquem seguros!

@lucianobugarinfilmes

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Crítica | ‘Meu Vizinho Adolf’ uma dramédia impactante

‘Meu Vizinho Adolf’ aborda as consequências do nazismo em uma dramédia tocante.

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Após a Segunda Guerra Mundial muitos nazistas se refugiaram na América do Sul, algo que já foi abordado das mais diversas formas no cinema. Meu Vizinho Adolf, traz o tema novamente agora colocando um suposto Hitler como vizinho de um judeu que sofreu com o Holocausto. Um tema delicado que o diretor Leon Prudovsky consegue tratar bem e com um tom de humor mais discreto.

Mr. Polsky (David Hayman) perdeu toda sua amada família e decidiu viver isolado em uma velha casa na Argentina. Sua paz termina quando Mr. Herzog (Udo Kier), um alemão irritadiço, se muda para a casa ao lado. A aparência e o comportamento dele fazem com que Polsky desconfie que seja Adolf Hitler disfarçado.

Um clima triste mas que ainda nos faz rir

O personagem de Hayman passou anos evitando contato humano, sequer aprendeu espanhol, ele carrega uma dor que aperta o coração desde o início. Ainda, assim ele é um velho teimoso e também ranzinza do tipo que nos faz rir. Ao colocar na cabeça que seu vizinho é o próprio Führer, ele tenta alertar as autoridades sem sucesso.

Com isso Polsky começa a estudar a figura funesta para poder provar sua teoria. Todas as brigas e tentativas de invasão e espionagem são divertidas, não é aquele humor de fazer gargalhar e provavelmente não era essa a intenção do diretor. Conforme o filme avança, ambos vão criando uma amizade que obviamente é extremamente incômoda para Polsky. Mas ele começa a achar que estava errado até encontrar provas um pouco mais substanciais.

Um filme simples mas bem feito

Meu Vizinho Adolf não é um longa que exige cenários grandiosos, é tudo muito simples, são poucas locações. O foco são as atuações de David Hayman e Udo Kier que consegue cativar. Ambos os personagens carregam um passado cruel e toda a dor que eles sentem é revivida com força no final. A comédia fica um pouco de lado para falar de algo sério de forma acertada. Ao final temos um bom filme que consegue mostrar a crueldade do nazismo sem ter que colocar nenhuma cena pesada demais.

Estreando hoje nos cinemas brasileiros, Meu Vizinho Adolf é uma boa opção para quem quer fugir dos pipocões. Fique com o trailer:

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