Conecte-se conosco

Crítica

A Maldição da Mansão Bly | Depois da Residência Hill, uma moradia de romance e drama

Publicado

em

A maldição da mansão bly

Fui levado a ver a Maldição da Mansão Bly (The Haunting of Bly Manor) depois do sucesso que foi A Maldição da Residência Hill, dirigido por Mike Flanagan, o qual também dirigiu Doutor Sono (Doctor Sleep) e Ouija: origem do mal (Ouija: origin of evil). 

O diretor firmou seu nome mais especificamente com A Maldição da Residência Hill, incluindo um episódio quase inteiro em plano sequência muito bem falado. Dessa forma, estava ansioso por essa temporada.

A princípio, vi que o conceito se manteve obviamente. A primeira cena com uma mulher contando a história me chamou atenção, inclusive, para mim foi uma das partes que segurou a série. Conhecemos os personagens e seus dramas, em algumas horas confusos, principalmente com relação a quem era fantasma, quem era ser vivo, e em qual parte do tempo estávamos, por isso muitas vezes tive até que voltar a cena para entender melhor.

Zero terror

Essa temporada inteira foi quase zero terror, apenas drama e romance em todos os níveis, dos abusivos aos perfeitos. Isso obviamente não é de todo ruim, mas para quem como eu esperava uma série com tensão acredito que pode desapontar.

O romance principal foi bem feito, e o plot twist do final com certeza pega os mais entusiastas nesse gênero de jeito. Então acredito que muitas pessoas vão curtir. Contudo, no olhar técnico e crítico da obra, fica muito distante da Residência Hill, o que, repito, não necessariamente seria ruim, se não já estivéssemos à espera de algo naquela pegada.

Se quiser ver drama clichê ou romances fora do padrão, com alguns sustos e um plot twist mediano, pode ser válido. Espero que numa próxima temporada retorne a qualidade técnica com a tensão que foi o início dessa série. Nota 4.

Enfim, veja o trailer:

Ademais, veja mais em seguida:

Cidade dos Mortos | Série russa explora a psique humana em cenário apocalíptico
Remédio Amargo | Filme espanhol mostra relação abusiva
O Dilema das Redes | Documentário da Netflix consegue ser assustador e pontual

Anúncio
Clique para comentar

Escreve o que achou!

Cinema

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

Publicado

em

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

Por último, leia mais:

Fé e Fúria | Documentário inédito estreia no Canal Brasil no novo Dia Nacional do Candomblé

Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho | Crítica (viventeandante.com)

Yoga De Rua | Enfim, conheça o extraordinário na simplicidade (viventeandante.com)

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências