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Cinema

Crítica | ‘A Suspeita’ é drama policial esmerado

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A Suspeita com Glória Pires

Com ótima atuação de Glória Pires, A Suspeita é um drama policial que se destaca pelo esmero técnico com o qual foi feito. A direção de fotografia de Fabrício Tadeu mostra ao que veio logo na primeira cena e impressiona ao longo de toda a exibição.

Além disso, a direção de Pedro Peregrino apresenta alguns ângulos bonitos utilizando bem os reflexos, como na cena dos diplomas, que mostram o orgulho da protagonista com relação a sua profissão. Lúcia (Glória Pires) é metódica e disciplinada. Desde o começo vemos sua determinação e foco no trabalho. Entretanto, o mal de Alzheimer acomete sua mente e pode atrapalhar sua carreira, principalmente quando ela se aprofunda numa investigação que esbarra em situações mais complicadas.

O roteiro de Thiago Dottori funciona. As pistas são deixadas desde o início e não há grandes surpresas, mas funciona para o desenrolar. O argumento de Luiz Eduardo Soares não deixa a dinamicidade cair. Ademais, o som direto de Evandro Lima é um show. A cena no cemitério deixa isso claro, como nada se atrapalha e entendemos tudo com perfeição. Aliás, essa sequência é bem aproveitada no geral, fornecendo cenas bonitas, assim como a montagem que brinca com saltos temporais deixando lacunas propositais.

Lembranças

A importância da memória é ressaltada durante o longa, como na palestra do jornalista Miguel Yuan, vivido por Bukassa Kabengele (‘Os Dias Eram Assim’). Lúcia precisa usar seus últimos momentos de lucidez para enfrentar seus lapsos e a corrupção ao seu redor. No meio do caminho deve refletir sobre suas escolhas de uma vida dedicada a Polícia Civil. Enquanto anoitece, a esperança da investigadora permanece. O filme exalta a ética com eficiência.

O elenco de A Suspeita conta ainda com outros grandes nomes, como Charles Fricks (‘Quase Memória’), Gustavo Machado (‘Chacrinha: O Velho Guerreiro’, ‘Elis’), Daniel Bouzas, Júlia Gorman, Joelson Medeiros, Kizi Vaz, Paulo Vespúcio, Genézio de Barros e Alexandre Rosa Moreno. O filme estreia nos cinemas brasileiros em 16 de junho.

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Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

Cinema

Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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