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Cinema

Oscar 2020 | As Adoráveis Mulheres de Greta Gerwig

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Adoráveis Mulheres. Leia a crítica.

Adoráveis Mulheres é baseado no sucesso literário norte-americano de Louisa May Alcott publicado em 1868 (em inglês, Little Women). O filme, dirigido por Greta Gerwig, conta a história de Jo March (interpretada por Saoirse Ronan) e sua família nos anos seguintes à Guerra de Secessão. O amadurecimento, a sororidade, a complexidade das relações familiares, o casamento como contrato e o próprio conceito de liberdade são envolvidos nas subtramas que enriquecem o filme na medida em que o quebra-cabeça se fecha. Porém, até que ponto a liberdade individual precisa ser reforçada pela aprovação coletiva? Seria o final esperado realmente o melhor para a protagonista?

Inclusive, surpreendendo pela riqueza do enredo, Adoráveis Mulheres concorre a seis estatuetas no Oscar 2020, como Melhor Filme, Melhor Atriz (Saoirse Ronan), Melhor Atriz Coadjuvante (Florence Pugh), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora Original. Todavia, Greta Gerwig foi deixada de fora da indicação de Melhor Direção, o que levanta a questão da – recorrente – falta de representatividade nessa categoria, com apenas homens compondo as nomeações deste ano.

Crítica Adoráveis Mulheres
“Adoráveis Mulheres” na arte de Nathalia Mendes

O cotidiano como entretenimento

Afinal, apesar de refletir um contexto de mais de 150 anos atrás, é fácil se espelhar nas tragédias, romances, desencontros e conquistas que ambientam a vida da protagonista. Fator que coloca o espectador contra a parede ao revelar as expectativas que o mesmo construiu para o futuro da personagem. A saber, destaca-se nesse ponto o sucesso da montagem ao se desprender da cronologia dos fatos. Aliás, apresenta o presente intercalado com o passado, intensificando a resposta do público conforme revela os detalhes da história. Enfim, brilhante e questionador, Adoráveis Mulheres se revela um gatilho para uma jornada de auto-reflexão sobre a natureza das expectativas particulares.

*Para mais da arte de Nathalia Mendes, visite o Instagram @pessoaaerea 🙂

Por fim, veja o trailer: 

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Cinema

Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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