Conecte-se conosco

Cinema

Crítica | ‘As Aventuras de Tadeo e a Tábua de Esmeralda’ é diversão para crianças curiosas

Publicado

em

As aventuras de tadeo e a tabua de esmeralda

As Aventuras de Tadeo e a Tábua de Esmeralda é o terceiro filme da franquia de animação que é uma versão de Indiana Jones para criançada. Uma animação espanhola divertida, mas que não tem a grandiosidade e nem roteiro mais profundo como as da Disney/Pixar ou Dreamworks. Entretanto, é boa o suficiente para entreter o seu público-alvo, já que explora diversas culturas. De templos astecas, passando por Paris e desembarcando nas areias do Egito, essa aventura é um prato cheio para atiçar a curiosidade dos pequenos.

Neste novo capítulo, Tadeo mostra que seu maior sonho é ser aceito por seus colegas arqueólogos, mas seu comportamento naturalmente desastrado o atrapalha quando, acidentalmente, ele destrói um sarcófago raro e, como consequência, lança um feitiço que coloca em risco a vida de seus amigos. A jornada para salvar Múmia, Jeff e Belzoni desencadeará uma aventura carregada de ação que levará Tadeo e Sara a viajar para os mais distantes cantos do mundo em busca de uma forma de impedir a maldição da tábua de esmeralda.

Personagens

Apesar de Tadeo ser o protagonista, são seus amigos que brilham. Os companheiros animais Jeff e Belzoni são carismáticos e a Múmia que vive escondida no apartamento do aventureiro, sem dúvida é a grande estrela. Atrapalhada e responsável pela maioria das encrencas que Tadeo precisa resolver, ela é um personagem que fica no limite entre o engraçado e o irritante sem atravessá-lo. A maldição da qual os três são vítimas parece meio deslocada da história mas acaba servindo bem ao roteiro.

Aqui não há um diálogo com os adultos, como piadas de duplo sentido ou referências a filmes clássicos. Isso é um problema não só para os pais mas também para a atenção que o longa irá atrair. No máximo temos o detetive americano que vai se meter na caça por Tadeo. Ele é uma paródia dos policiais americanos que sempre resolvem tudo, porém aqui é quem vai atrapalhar os antagonistas.

Ação garantida

Em sua uma hora e meia de duração acontece muita coisa, o ritmo de As Aventuras de Tadeo e a Tábua de Esmeralda não diminui em momento algum após a primeira trapalhada do protagonista. Isso ajuda a manter a atenção dos pequenos e dos adultos que mesmo com as piadas mais bobas acabam não se entediando. O longa dialoga muito com essa nova geração que cresce com o celular e tem conteúdo o tempo inteiro. Não só porque a história não para mas também porque a Múmia é viciada em redes sociais e comprar qualquer coisa pela internet. Mas não há qualquer discussão ou crítica sobre isso, é apenas para fazer piadas.

O diretor Enrique Gato tem em sua carreira dois curtas animados, o longa No Mundo da Lua e a trilogia do aventureiro. É nítido que esse novo filme tem uma qualidade de animação superior aos trabalhos anteriores. Apesar do modelo simples dos personagens, e sem muitas texturas, os cenários são belíssimos. Isso conta muito em uma aventura que atravessa o mundo enchendo os olhos dos mais atentos aos detalhes.

As Aventuras de Tadeo e a Tábua de Esmeralda estreia dia 6 de Outubro nos cinemas. Enfim, confira o trailer:

 

Cinema

Crítica | ‘Meu Vizinho Adolf’ uma dramédia impactante

‘Meu Vizinho Adolf’ aborda as consequências do nazismo em uma dramédia tocante.

Publicado

em

Após a Segunda Guerra Mundial muitos nazistas se refugiaram na América do Sul, algo que já foi abordado das mais diversas formas no cinema. Meu Vizinho Adolf, traz o tema novamente agora colocando um suposto Hitler como vizinho de um judeu que sofreu com o Holocausto. Um tema delicado que o diretor Leon Prudovsky consegue tratar bem e com um tom de humor mais discreto.

Mr. Polsky (David Hayman) perdeu toda sua amada família e decidiu viver isolado em uma velha casa na Argentina. Sua paz termina quando Mr. Herzog (Udo Kier), um alemão irritadiço, se muda para a casa ao lado. A aparência e o comportamento dele fazem com que Polsky desconfie que seja Adolf Hitler disfarçado.

Um clima triste mas que ainda nos faz rir

O personagem de Hayman passou anos evitando contato humano, sequer aprendeu espanhol, ele carrega uma dor que aperta o coração desde o início. Ainda, assim ele é um velho teimoso e também ranzinza do tipo que nos faz rir. Ao colocar na cabeça que seu vizinho é o próprio Führer, ele tenta alertar as autoridades sem sucesso.

Com isso Polsky começa a estudar a figura funesta para poder provar sua teoria. Todas as brigas e tentativas de invasão e espionagem são divertidas, não é aquele humor de fazer gargalhar e provavelmente não era essa a intenção do diretor. Conforme o filme avança, ambos vão criando uma amizade que obviamente é extremamente incômoda para Polsky. Mas ele começa a achar que estava errado até encontrar provas um pouco mais substanciais.

Um filme simples mas bem feito

Meu Vizinho Adolf não é um longa que exige cenários grandiosos, é tudo muito simples, são poucas locações. O foco são as atuações de David Hayman e Udo Kier que consegue cativar. Ambos os personagens carregam um passado cruel e toda a dor que eles sentem é revivida com força no final. A comédia fica um pouco de lado para falar de algo sério de forma acertada. Ao final temos um bom filme que consegue mostrar a crueldade do nazismo sem ter que colocar nenhuma cena pesada demais.

Estreando hoje nos cinemas brasileiros, Meu Vizinho Adolf é uma boa opção para quem quer fugir dos pipocões. Fique com o trailer:

Por último, leia mais:

Conheça a biografia do controverso Vladimir Putin em HQ

Três Verões | Crítica social que tem a ver com momento do Brasil

Entrevista | ‘A Ruptura’, documentário do diretor Marcos Saboya, aborda a corrupção

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências