Bárbaros (Barbaren) era como o Império Romano chamava alguns povos da Germânia. Os romanos chegavam para eles demandando tributos para não atacá-los. O prólogo dá um gosto das batalhas que virão e, em seguida, conhecemos os personagens que irão se sobressair e como funcionavam os acordos na época. Basicamente, Roma ordenava e era daquele jeito do velho provérbio “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
A mitologia nórdica se faz presente com citações a Thor e acredito que quem gostava da série Spartacus tem grandes chances de apreciar essa aqui com cabeças que voam e sangue que jorra. A impetuosidade é a marca de várias cenas numa fotografia soturna que ressalta a rusticidade. Aliás, o primeiro episódio começa lindo para quem gosta de guerra e acaba com um ótimo gancho.
Ganchos
No segundo episódio, com bela direção de Barbara Eder (ela lidera quatro), mais do que nunca, vemos que as verdadeiras barbaridades vem através dos romanos, e o drama tem mais espaço, com um gancho final esperado que mantém a tensão e a vontade de maratonar.
Jeanne Goursaud como Thusnelda é o grande destaque do elenco dando vida a uma mulher forte que não se rende, uma atuação fervente que acompanha a evolução da personagem. Nicki von Tempelhoff como Segimero, tendo que engolir o próprio orgulho em prol de seu povo com sacrifícios dolorosos e contínuos segue bem. No geral, a tal tensão citada no parágrafo anterior é a companhia dos espectadores dessa série na maior parte do tempo.
Enquanto, por outro lado, a companhia dos personagens principais é a traição e a vingança. E, para alguns, a esperança no amor. Afinal, qual sua motivação para lutar?
Convite para maratonar
Os finais de todos os episódios são verdadeiros convites para não parar de ver. Além disso, Bárbaros tem como base a história real de Armínio (em bela atuação de Laurence Rupp) e a série segue um crescente dramático, em emaranhados novelescos interessantes com roteiro redondo que sabe como prender quem assiste. Quando vem o final do quinto, não tem como não ver o sexto e último. O fato de ser em apenas seis episódios facilita a maratona que flui fácil.
Ah, e o clímax, é realmente um clímax, aquilo que você esperou desde o prólogo no primeiro episódio. Afinal, o sexto episódio tem o sugestivo nome de… “A Batalha”. E é épico.
Enfim, veja o trailer:
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