O primeiro projeto de James Gunn para o novo Universo DC, Comando das Criaturas, marca um ponto de virada para o DCU com sua abordagem ousada, madura e sombria. A série animada, disponível no streaming Max, mistura histórias trágicas, violência gráfica e uma narrativa cheia de emoção estabelecendo o tom para os futuros projetos da franquia. Com aclamação crítica e renovação confirmada para uma segunda temporada, Comando das Criaturas já é um marco na nova era do DCU (leia nossa crítica da 1ª temporada).
Importante avisar que o texto a seguir tem SPOILERS da primeira temporada!
Desde o início, Comando das Criaturas deixa claro que não é uma típica animação de super-heróis. A violência explícita e a profundidade emocional dos episódios destacam o lado sombrio e trágico dos personagens. Em “The Tourmaline Necklace”, o público conhece a história de A Noiva, que enfrenta um destino brutal ao rejeitar Eric Frankenstein. Já “Priyatel Skelet” revela a origem perturbadora de Dr. Fósforo, um dos personagens mais intensos da série.
A série também entrega momentos impactantes, como a visão apocalíptica em que Superman, Batman e Mulher-Maravilha são mortos em um futuro devastador causado por Gorilla Grodd e a Princesa Ilana Rostovic. A cena de Superman sendo crucificado reforça a ousadia de Gunn em explorar temas chocantes, provando que o novo DCU não terá medo de abordar histórias maduras e intensas.
Origens pesadas e complexas
Cada membro da Força Tarefa M tem sua história de origem explorada de maneira trágica e tocante. Você passa a entender melhor cada personagem, suas motivações, e, acima de tudo, seus – pesadíssimos – traumas. G.I. Robot, por exemplo, lida com a perda de propósito após a guerra, enquanto Weasel é retratado como uma criatura incompreendida, vítima das circunstâncias. No episódio final, a história de Nina Mazursky emociona ao mostrar sua luta para encontrar aceitação e sua trágica morte nas mãos de Ilana Rostovic.
O comportamento obsessivo de Eric Frankenstein em relação a Noiva é outro ponto central da série. Mesmo após rejeições violentas, ele permanece cego em sua obsessão, levantando questões sobre consentimento, obsessão e toxicidade masculina. Esses elementos tornam Comando das Criaturas uma série que vai além do entretenimento, abordando relevantes questões sociais e emocionais de forma crítica.
O final da temporada deixou várias perguntas no ar. O destino de personagens como Nina Mazursky, a conexão de Gorilla Grodd com o futuro apocalíptico e a evolução de Rick Flag Sr. após descobrir a verdade sobre a morte de seu filho são apenas algumas das tramas que prometem ser exploradas na segunda temporada ou em outros projetos do DCU.
Além disso, a moralidade ambígua de personagens como Circe, que mistura atos heroicos e alianças questionáveis, aumenta a complexidade da narrativa, tornando o universo de Gunn ainda mais intrigante.
Com Comando das Criaturas, James Gunn mostrou que o DCU está realmente disposto a se destacar com narrativas ousadas, personagens complexos e um tom mais sombrio. Isso é excelente para os fãs e para todos que querem histórias de qualidade e gera grandes expectativas para os próximos projetos. Além disso, a série não só redefine o gênero de animação de super-heróis, mas também estabelece um padrão alto para os próximos projetos do DCU, como Superman e a segunda temporada de Pacificador.
Serviço – Comando das Criaturas
- Onde assistir: Disponível no streaming Max.
- Próxima temporada: Confirmada, ainda sem data de estreia.
Com sua mistura de violência, humor e humanidade, Comando das Criaturas se consolida como uma das animações mais marcantes da nova fase do DCU.
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