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CinemaCrítica

Crítica: Criaturas da Mente é um prato cheio de reflexões com dose de Ayahuasca

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 3 de maio de 2025
5 Min Leitura
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Dirigido por Marcelo Gomes, Criaturas da Mente mergulha na mente do neurocientista brasileiro, Sidarta Ribeiro, e sua pesquisa sobre sonhos.

Com uma produção que lembra muito alguns documentários da National Geographic, tanto em questões de conteúdo ou a estética escolhida por Marcelo Gomes, utilizando de uma estética surrealista em certos momentos, Criaturas da Mente é um filme que atua tanto como um próprio retrato da filmografia do diretor, em menor escala do que Kleber Mendonça Filho fez com o seu Retratos Fantasmas (2023, Marcelo Gomes), e ao mesmo tempo como um filme sobre conscientização sobre o poder da preservação do inconsciente e o autocuidado para si mesmo.

Confira abaixo o trailer de Criaturas da Mente e continue lendo a crítica

Criaturas da Mente se inicia com um depoimento do diretor Marcelo Gomes, ouvimos como durante a pandemia de COVID 19, ele perdeu a habilidade de ver imagens em seus sonhos, assim, movido pela curiosidade, iniciou uma relação com o neurocientista brasileiro, Sidarta Ribeiro, um dos maiores especialistas sobre a área, o que abriu margem para o lançamento futuro do documentário.

Quando Marcelo Gomes foi acometido por este sentimento, ele estava prestes a iniciar as filmagens de Retrato de Um Certo Oriente (2024, Marcelo Gomes), uma produção que retrata a vida de dois irmãos líbanos, na Amazônia da metade do século XX. Se analisarmos a filmografia de Gomes, como seu primeiro longa metragem: Cinema, Aspirinas e Urubus (2005, Marcelo Gomes), ou seu primeiro curta metragem Maracatu, Maracatus (1995, Marcelo Gomes), percebemos com que simplicidade ele explora o sentimento nacional, o sentimento de pertencimento dos povos mais marginalizados do país, sejam os caminhoneiros solitários no longa de 2005, ou a população ribeirinha em Retrato de Um Certo Oriente, algo que ele amplia ainda mais em Criaturas da Mente.

No caso de seu mais recente filme, não é somente uma mazela da população marginalizada que é vista sobre uma nova lente, mas, todo um conhecimento científico, afinal, a “ciência dos sonhos”, é algo que era importantíssimo em épocas longínquas da humanidade, porém, agora este estudo do inconsciente fica reservado para comunidades isoladas, como o povo Xavante no interior do Mato Grosso, e sendo ignorada pela maioria da humanidade.

Por meio de entrevistas com nomes como a mãe de santo, Mãe Lu, e o ambientalista e filósofo, Ailton Krenak, além de estudos do próprio Sidarta Ribeiro, a produção busca trazer a importância de uma análise minuciosa do inconsciente, afinal, é ele que permite mantermos contato com nossa essência, porém, é relevado e jogado de escanteio, até dentro do campo científico e da psicologia, áreas que deveriam explorá-lo à exaustão.

Criaturas da Mente

Pôster oficial de Criaturas da Mente

Em certo momento de Criaturas da Mente, é explorado os benefícios da Ayahuasca para um maior contato com o nosso subconsciente, até mesmo Marcelo Gomes participa de uma cerimônia de uso do psicodélico, tudo para fazer uma das maiores intenções deste documentário: retirar o estigma negativo que existe em cima de certos rituais e reflexões tradicionais do ser humano e que são rejeitados por grande parte da sociedade, em prol de algo mais concreto na “ciência”.

Apesar de exageradamente didático em certos momentos, Marcelo Gomes constrói um interessante documentário. Segundo as terminologias do teórico Bill Nichols, Criaturas da Mente é além de tudo um documentário reflexivo, na medida que subverte diversos pensamentos por meio da pesquisa de Sidarta Ribeiro e depoimentos de seus entrevistados, e um documentário participativo, sendo inclusive um retrato semi biográfico de Gomes, na medida que analisa seus próprios pensamentos e suas antigas produções, incentivando o espectador a fazer o mesmo.

Para os curiosos de plantão, e aqueles que buscam uma ampliação sobre o próprio conceito de si, Criaturas da Mente é um prato cheio tanto em informações quanto em reflexões futuras, que caem como uma luva em mesas de bar, afinal, ainda sabemos muito pouco sobre este universo onírico e do subconsciente, porém, acredito que sabemos menos ainda sobre o auto-cuidado diário que devemos ter com nós mesmos, algo que o documentário reflete em sua totalidade.

Criaturas da Mente estreia nos cinemas no dia 08 de maio.

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Tags:Critica criaturas da menteFilme criaturas da menteMarcelo Gomesrituais indigenassidarta ribeiro
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