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Crítica | ‘Desaparecida’ é um thriller envolvente nas telas de dispositivos

Entre mensagens de texto, chamadas de vídeo e imagens de segurança uma trama envolvente se desenvolve.

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Filme Desaparecida

Filmes que se passam inteiramente através das telas de computadores e celulares já não são mais novidade, nesse meio, o longa Buscando (2018) chamou bastante atenção. Nele, os criadores Sev Ohanian e Aneesh Chaganty, nos contam a história de um pai a procura de sua filha desaparecida através do computador da menina. Agora em Desaparecida (2023) eles repetem a fórmula trazendo um novo caso.

Durante umas férias na Colômbia, Grace (Nia Long) e o seu namorado desaparecem. A sua filha, June (Storm Reid) quer saber o que aconteceu, mas os seus esforços são bloqueados pela burocracia internacional. Em Los Angeles, há milhares de quilômetros do local do desaparecimento, June utiliza toda a tecnologia que tem disponível ao seu alcance para encontrar a mãe antes que seja tarde demais. Quanto mais investiga, mais questões surgem… e ao descobrir os segredos da mãe, percebe que o verdadeiro perigo está bem mais perto de casa do que imaginava.

Tempo de tela

Apesar de o longa passar um tempo razoável com apenas mensagens de texto sendo trocadas na tela, a trama consegue segurar a atenção do espectador. Facilmente nos perdemos no meio de tanta informação entre os post-it virtuais na área de trabalho de June e nos chats abertos. Nos momentos em que somos bombardeados de pistas é fácil notar como estamos envolvidos na investigação. A vontade é de pausar o filme e ler tudo. Mas sabiamente a “câmera” conduz nosso olhar ao que é mais relevante naquele instante.

Isso dá dinamismo ao que teoricamente seria entediante, e sempre surgem chamadas de vídeos ou imagens de câmeras diversas para nos manter atentos. É interessante como toda cena com atores vem de algum dispositivo, seja do notebook da June, dos celulares dos personagens, câmeras de segurança e afins. E nada é desperdiçado aqui, toda informação ou dispositivos serão úteis de alguma forma.

Desaparecida mostra a relação entre gerações

A jovem June é a única personagem constante que sabe usar bem a tecnologia. A investigação tem seus momentos de exageros mas nada tão absurdo quanto os fantasiosos hackers de filmes. Já os adultos têm aquela inabilidade típica dos nossos pais, onde atender uma chamada de vídeo pode ser complicado.

As reviravoltas da trama são surpreendentes, algumas pistas estão lá desde o início e quando reveladas se mostram ótimas surpresas. Como quero evitar spoilers não dá para comentar sobre todos os temas abordados no filme. É possível falar sobre a questão da relação entre pais e filhos, quando o excesso de zelo acaba se tornando um incômodo para o jovem que deixa de dar retorno para tranquilizar. Mas aqui isso é usado mais como um meio de complicar ainda mais a busca de June e não é exatamente uma discussão.

Desaparecida estreia hoje nos cinemas. Fique com o trailer:

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Estudante de Comunicação Social com foco em Cinema. Além dos filmes, amo quadrinhos e vídeo games, sempre atrás de boas histórias.

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Cinema

A Cabana – Curta-metragem com Dira Paes busca financiamento no Catarse

O financiamento ajudará na finalização do curta da diretora Barbara Sturm.

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O curta-metragem de ficção A Cabana apresenta Dira Paes (Alice) e Zé Carlos Machado (Jorge) em um lugar que poderia ser qualquer um. Um homem e uma mulher, levando uma vida em comum de forma nebulosa, como não é raro acontecer. Ausentes e mecânicos, em meio a neblina que os cerca cada vez mais. Um casal que não se vê. Até quando?

Para conferir mais informações sobre o curta, as recompensas e como apoiar, clique AQUI.

Para entender o que é o Catarse siga lendo o texto após o vídeo da campanha de A Cabana:

A diretora feminista Barbara Sturm

Formada em cinema, dirigiu três curtas-metragens. Atua desde 2007 no mercado de cinema brasileiro, já atuou como programadora no Cine Belas Artes, como gerente de aquisições na Pandora Filmes – onde foi responsável pelo lançamento de ‘Que Horas Ela Volta?” de Anna Muylaert.

Passou pela Pipoca Digital, e em 2017 assumiu como gerente de conteúdo na Elo Company, onde criou e coordena o Selo ELAS – projeto de apoio a longas-metragens brasileiros dirigidos por mulheres. É professora do curso O Mercado da Distribuição de Filmes, que já teve 18 turmas e mais de 100 alunos em todas as cinco regiões do Brasil. Faz parte do coletivo de inteligência estratégica ASAS.BR.COM e do grupo MAIS MULHERES NO AUDIOVISUAL BRASIL.

Sobre o Catarse

O Catarse é uma plataforma brasileira de financiamento coletivo para projetos criativos, que vão dos mais simples até os mais elaborados. O projeto foi ao ar no dia 17 de janeiro de 2011. Foi a primeira plataforma de crowdfunding do Brasil.

As campanhas podem ser financiadas formas diferentes. Em uma campanha Flex, caso do curta A Cabana, o projeto será lançado mesmo que não alcance a meta, geralmente os idealizadores já tem verba para finalizar e só precisam de mais uma ajuda.

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