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‘Bad Boys Para Sempre’ traz ação, explosões e piadas | CRÍTICA

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Bad Boys Para Sempre. Leia a crítica por Alvaro Tallarico.

Bad Boys Para Sempre (Bad Boys For Life) começa frenético com muita ação e piadas. Ou seja, a base que criou o sucesso da franquia. O primeiro é um clássico dos anos 90 – mais precisamente de 1995 – e ajudou a alçar a carreira de Will Smith como herói de ação. Ele já tem uma veia cômica conhecidíssima desde o seriado “Um Maluco no Pedaço” (Fresh Prince of Bel Air) até muitos filmes como “Hitch – Conselheiro Amoroso”. Logicamente, para complementar, as caras e bocas de Martin Lawrence são um show à parte. Nada de novo, mas dá para rir.

Em determinado jogo de edição, vemos os Bad Boys em situações distintas. É uma das sequências mais cômicas que mostra bem a diferença entre a dupla. Marcus que se aposentar e usar como arma somente a manivela do sofá, enquanto Mike mantém o ímpeto de caçar bandidos. Após um segundo filme irregular, sem o charme do primeiro e pesando na comédia, não necessariamente bem conduzida, temos um terceiro filme que trata de renovar a franquia e abre espaço para novos caminhos.

A nova equipe AMMO – que conta com Vanessa Hudgens – traz especialistas em armas, designados para auxiliar Mike e Marcus. A saber, eles têm luz própria, uma turma diversa com personagens que se completam e suplementam o longa como bons coadjuvantes fornecendo interações variadas e diferentes arquétipos.

Bad Boys Para Sempre traz novos personagens. Veja no Vivente Andante.

A equipe AMMO desperta interesse no público (divulgação: Sony Pictures)

Bad Boys Para Sempre?

A ação (o foco, né?) é bem dirigida por Adil El Arbi (Um Tira da Pesada 4) e Bilall Fallah (Scalped) com dinamismo, muitas explosões e até alguns ângulos instigantes, intercalados por tiradas cômicas. Em certo momento lembrei de um dos últimos filmes de Will Smith, ‘Projeto Gemini’. Ok, essa não foi uma boa lembrança. Certamente, não é um dos melhores trabalhos do astro. Falar o motivo da lembrança pode ser um spoiler. Mas tem a ver com uma importante reviravolta, realmente inesperada.

Aliás, segundo informações do The Hollywood Reporter, a Sony está trabalhando para desenvolver um Bad Boys 4, com Chris Bremner. Supostamente, Bremner trabalhará no roteiro, enquanto espera-se que Smith e Lawrence retornem aos seus respectivos papéis. Inclusive, Bad Boys Para Sempre teve alguns problemas, com uma grande variedade de escritores e diretores indo e vindo. Os créditos finais de roteiro do filme incluem Joe Carnahan e Peter Craig.

Enfim, tem algumas cenas de epílogo que deixam em aberto a ideia de uma continuação. A escolha de vilões mexicanos na atual situação política estadunidense pode ser questionada, ainda mais pelo desfecho que ocorre com a personagem que representa uma bruxa, a simbologia fica bem clara. Contudo, devo destacar a melhor sequência de ação do longa, a partir da perseguição da dupla com a moto até o helicóptero. É extremamente nervosa e empolgante, com piadas que funcionam, aproveitando a química entre os Bad Boys e a desenvoltura do astro Will Smith. Para quem curte o gênero e um bom entretenimento, já é um bom argumento, afinal, “Bad boys, bad boys, Whatcha gonna do, whatcha gonna do, When they come for you?”

Se liga no trailer:

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

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