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Crítica | Desejo Proibido

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Crítica | Desejo Proibido

Sim, sabemos todos que “Desejo Proibido” é um drama erótico, gênero de filme que vem aumentando e gerando rebuliço por aí. Mas se enquadrar nessa categoria não significa que não se deve ter história. Não estamos falando de um filme pornô, e sim de um drama com partículas de erotização e sensualidade. Portanto, por ser drama, é preciso ter um enredo no mínimo lógico e possível de acompanhar sem gerar sobrancelhas franzidas e expressões retorcidas. Não é isso que se encontra ao assistir ao longa polonês, que chega aos cinemas no dia 13 de abril.

Antes de tudo, veja o trailer do filme.

Desejo Proibido: Uma fórmula pronta

Ao assistir “Desejo Proibido”, não há como não pensar em “356 dias”, sucesso da Netflix. A lembrança faz sentido, já que ambos os filmes são dirigidos por Tomasz Mandes. Além disso, o protagonista masculino também é italiano, mas dessa vez se chama Maks e é interpretado por Simone Susinna, que esteve presente em “365 dias” no papel de Nacho. Maks se envolve com Olga, interpretada pela atriz Magdalena Boczarska, juíza do caso de seu amigo. Inicialmente, o romance é iniciado para ajudar o amigo, mas Max acaba se apaixonando. No entanto, o casal descobre que Max teve uma relação com Maja (Katarzyna Sawczuk), filha de Olga, que faz de tudo para separar o casal.

Um roteiro que parou no tempo

A desavença entre mãe e filha já mostra um roteiro não muito afinado com as questões atuais. Enquanto o audiovisual vem tentando se afastar de enredos onde há rivalidade feminina, principalmente quando há um homem entre elas, o longa pesa a mão nessa briga. E pior ainda é essa rivalidade ser entre mãe e filha. Sabemos que conflitos familiares são muito frequentes na sociedade. Porém, em um mundo onde se luta tanto contra a desunião entre mulheres, isso ser um dos focos principais do filme é, no mínimo, ultrapassado.

As justificativas para as ações de cada um dos personagens não são fáceis de ser compradas. Principalmente de Olga. Depois de se conhecer a juíza no início do filme, suas atitudes não parecem condizer com a pessoa que nos é apresentada. Há várias incongruências que ficam aparentes, não importa o quanto queiram esconder com corpos sarados estampados na tela.

Muito corpo e pouca história

Os diálogos, quando existem, também são fracos. Não passam informação suficiente. Assim como as cenas de sexo não ajudam a construir a narrativa. O roteiro parece inteiro construído para justificar as cenas sensuais, e não o contrário. Por causa disso, não servem para fazer a história andar e se tornam somente cenas para o prazer do olhar. Se esse é o seu objetivo, assistir um filme só pela beleza, então achou a produção certa. Mas se está atrás de algo que, além de atores e atrizes bonitos, também conte uma história interessante, fuja de “Desejo Proibido”.

Serviço de Desejo Proibido

Com distribuição da Paris Filmes, a produção é da Ekipa e Monolith Films. O roteiro é do diretor Tomasz Mandes e de Mojca Tirs. Como já mencionado, o longa estreia no dia 14 de abril nos cinemas. Contudo, nos dias 07, 08 e 09 haverá sessões antecipadas.

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Escritora, autora dos livros Queria tanto, Coisas não ditas e O semitom das coisas, amante de cinema e de gatos (cachorros também, e também ratos, e todos os animais, na verdade), viciada em café.

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Irmãos Por Escolha | Filme sobre a rotina de cadetes da AMAN chega à Netflix

Longa mostra a primeira turma de mulheres da AMAN, após 210 anos de existência da Academia

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Irmãos por Escolha

Irmãos Por Escolha, documentário com direção de Gabriel Mattar, estreia na Netflix neste domingo (11). O longa, o primeiro a ser filmado dentro da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), acompanha o cotidiano intenso de treinamento dos cadetes. São homens e mulheres que em meio aos tantos desafios, criam vínculos de amizade durante o processo de formação. Além disso, o filme também mostra a primeira turma de mulheres da AMAN, após 210 anos de existência da Academia. A produção é da Kombat Films.

Partindo da experiência do diretor, que perdeu o irmão ainda na infância, a narrativa explora a relação de irmandade entre os jovens cadetes. Com material 100% original, a história foca em alguns personagens durante os quatro anos de formação profissional dos militares.

Mattar também busca uma perspectiva sensível sobre o amadurecimento dos alunos da AMAN ao longo da graduação. Sob uma visão civil, o diretor busca estudar o comportamento e estreitamento desses laços.

Aliás, veja um trecho de Irmãos Por Escolha, e siga lendo:

“O filme aborda questões essenciais como: inteligência emocional e trabalho em grupo. O documentário atua como fomentador do debate nacional sobre o jovem, sua participação na sociedade, sua transição para vida adulta, seus potenciais e responsabilidades”, diz Mattar.

Por fim, o longa esteve nos Festivais Internacionais de Santa Fé e Flickers Rhode Island, além de receber os prêmios Global do Lift Off e Paris Awards em 2022. No Brasil, o documentário integrou o Festival de Petrópolis do ano passado.

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