Conecte-se conosco

Cinema

Crítica | “Gemini: O Planeta Sombrio” tenta ser o novo Alien

Publicado

em

Na minha crítica a Terrifier 2 falei como o diretor tenta copiar o que deu certo em diversos slashers já consagrados e falha. Gemini: O Planeta Sombrio é outro filme que tenta surfar na onda de sucessos do passado. Os diretores Serik Beiseuov e Vyacheslav Lisevskiy miraram em Alien o Oitavo Passageiro e acertaram em mais uma ficção científica genérica, sem carisma e previsível desde seu início.

Na trama, um vírus matou toda vegetação da Terra e resta aos humanos buscar um novo lar em outro planeta. Com a ajuda de uma tecnologia alienígena encontrada em uma caverna, a humanidade foi capaz de criar uma nave capaz de cruzar o universo. O Dr. Stephen Ross (Egor Koreshkov) parte com uma pequena tripulação em uma viagem até um planeta habitável. Tudo começa a dar errado quando estranhas criaturas sabotam a nave.

Uma ficção sem novidades

Quem está acostumado a assistir filmes e séries de ficção científica já está acostumado com viagens no tempo, civilizações desconhecidas e a busca por um novo planeta. É impossível cativar esse público com plots básicos e batidos, e por isso mesmo Gemini é extremamente previsível. Assim que a viagem através da dobra espacial é muito fácil deduzir todo o ciclo que o filme vai criar.

Talvez o longa ainda seria agradável se ao menos tentasse dar alguma explicação para o achado alienígena. Se aprofundar em seu próprio universo é algo que cativa os fãs, não a toa Star Wars rende série até sobre os madalorianos, por causa do Boba Fett! Outra coisa que George Lucas e Ridley Scott fazem e que falta em Gemini são visuais interessantes. Aqui as criaturas são uma massa preta que tenta parecer os xenomorfos mas se fazer igual, o que tira toda a identidade delas.

Efeitos e atuações

Em matéria de efeitos especiais o filme não é tão ruim, mas ainda ficam gritantes. Os efeitos práticos funcionam muito melhor, o que prova que os estúdios precisam deixar menos problemas a serem resolvidos pelos modeladores 3D. Mesmo que esse seja um ponto importante também estamos acostumados com ficção científica de baixo orçamento, então esse não é o pior problema nem de longe.

O que deixa a desejar além do roteiro são as atuações. O filme não nos permite criar laço com nenhum personagem da tripulação. Todos são estereótipos rasos e que sem atuações marcantes fica até difícil lembrar quem é quem pelo meio do filme. Se não nos importamos com suas histórias o fim não comove. E para piorar o protagonista ainda tem um flashback onde ele se mostra bem escroto com sua esposa que ficou na Terra. Não tem o que salvar desse filme.

Gemini: O Planeta Sombrio já está nos cinemas. Fique com o trailer:

Ademais, veja mais:

Avatar – O Caminho da Água | Filme traz reflexões sobre família e o trato com os animais

Um Pequeno Grande Plano | Crítica

Crítica | ‘Guia Romântico Para Lugares Perdidos’ tem poesia e catarse

Estudante de Comunicação Social com foco em Cinema. Além dos filmes, amo quadrinhos e vídeo games, sempre atrás de boas histórias.

Anúncio
Clique para comentar

Escreve o que achou!

Cinema

Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

Publicado

em

transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências