“Homem Onça”, um filme que se passa nos anos 90, nos mostra a atemporalidade de nossa relação com a sensação de segurança e insegurança que o trabalho pode nos trazer. “O corpo fala”, ouvimos isso várias vezes e, de fato, o autor conseguiu expressar isso através do vitiligo que surge no corpo do protagonista durante momentos de acúmulo de estresse.
Aliás, esse filme gera diversos questionamentos que partilharei a seguir:
Até onde somos capazes de ir? O quanto conseguimos suportar emocionalmente, mentalmente, fisicamente essas mudanças repentinas como um uma crise, uma pandemia? Nos foi ensinado em nossa formação humana sobre educação financeira ou como identificar e lidar com as emoções para saber como agir em momentos assim?
Qual o estilo de vida nos faz bem? E até onde o governo, as empresas, os contratantes nos incentivam a ter vida de qualidade? Quantas pessoas deixam de se cuidar, de estar com a família porque precisam do dinheiro para ter o pão nosso de cada dia? Quais apoios à população já existem e o que pode melhorar? Pode haver mudança?
Em “Homem onça” há um suicídio por conta da pressão no trabalho. Um caso dentro de vários que acontecem fora de cena.
Então eu te incentivo, leitor, a se questionar: como está sua relação com sua saúde? Sua família? Seu trabalho? Como estão as pessoas ao seu redor?
Em seguida, veja o trailer:
Situado no final dos anos de 1990, o filme de Vinícius Reis, investiga como a história do país reflete e interfere na vida pessoal de Pedro, interpretado por Chico Diaz. O foi selecionado para o 49o Festival de Cinema de Gramado e estreia nesta quinta, dia 26 de agosto, em São Paulo, Rio de Janeiro, Aracaju, João Pessoa, Natal, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Niterói, com distribuição da Pandora Filmes.
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