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Luta pela Liberdade | Crítica

Por
Felipe Novoa
Última Atualização 29 de março de 2023
5 Min Leitura
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Luta Pela Liberdade
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O novo filme do diretor chinês Zhang Yimou, Luta pela Liberdade é uma obra eficaz de propaganda ideológica, e isso é excelente! Esse longa conta a história de 4 espiões chineses se infiltrando em Manchukuo, um estado marionete do império japonês no que hoje é o norte da China. O objetivo é revelar para o mundo os crimes contra a humanidade que ocorreram naquela região.

De forma brutal, Luta pela Liberdade pega o tradicional gênero do suspense histórico/filme de guerra e entrega uma roupagem ainda mais sombria, tanto literal quanto figurativamente (todos os personagens usam apenas roupas pretas, é uma escolha estética curiosa, mas com um resultado belíssimo).

Longe de tentar amenizar ou romantizar a situação dos quatro espiões, Zhang usou e abusou da violência gráfica para deixar claro o que o governo de Manchukuo fez.
Talvez o mais interessante no filme seja o fato desse longa ser óbvia e claramente um suspense político chinês que mostra espiões comunistas como os heróis. Não tem como ser uma red flag maior do que essa. Por conta disso, uma pergunta se materializa: como esse diretor comunista ousa tentar me vender os comunistas como heróis? Honestamente, da mesma forma que os americanos fazem a décadas.

Indústria do cinema

Há anos, toda a indústria do cinema tem nos enfiado goela abaixo propaganda norte americana no formato de filmes que deificam a imagem dos soldados estadunidenses machos que matam latino/árabe/russo/chinês inimigo da democracia e da liberdade.

Foi massificada a ideia que propaganda justa e aceitável é só a imbecilizante vinda de Hollywood. O melhor disso tudo, é que esse pensamento está tão normalizado que nem vemos mais filmes como Guerra ao Terror, Sniper Americano, e tantos outros como o que são, propaganda capitalista em nome da dominação global americana.

Luta pela Liberdade faz o mesmo, propaganda, mas incrivelmente, não deixa de ser um filme com um objetivo claro e, diga-se de passagem, atual. Quem for ver essa obra vai levantar da poltrona no cinema e vai querer saber o que Japão fez na China nos anos 30. Vai olhar no Google e vai descobrir uma série de abusos insanos contra a humanidade; vai aprender o nome da Unidade 731 e o que eles faziam. Em seguida, vai descobrir o envolvimento deles com tortura e como isso tudo é negado até hoje pelo governo japonês contemporâneo; também vai aprender como um certo primeiro ministro foi morto depois de anos louvando esses caras.

Informação

Luta pela Liberdade acaba sendo uma obra que informa e que realmente entretém.
Não vale muito a pena falar mais sobre esse filme, já que ele é um suspense e é necessário não falar sobre o que acontece, ou esse suspense se perde. Basta comentar que todos os atores estão ótimos, a trilha sonora está excelente, as locações são bonitas, etc.

Se existe algum ponto negativo em Luta pela Liberdade, seria que Zhang apresenta os protagonistas com os seus rostos cobertos em uma floresta de neve, o que gera uma confusão quando os quatro aparecem na cena seguinte no meio de outros espiões chineses. Depois da cena do trem essa confusão de dissipa, mas ainda assim é um problema.

Finalmente, Luta pela Liberdade é uma recomendação fácil. Zhang tem uma forma singular de trabalhar a história, mantendo uma tensão elétrica no ar em quase todas as cenas, o que com certeza é uma característica única da sua obra e um marco no cinema chinês atual.

Enfim, com direção e roteiro do premiado cineasta Zhang Yimou, duas vezes indicado ao Oscar e vencedor de dois prêmios Bafta por Tempo de Viver (1994) e Lanternas Vermelhas (1991), o filme chega neste 18 de agosto aos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Bahia, Maceió, Curitiba e Brasília.

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Tags:crítica luta pela liberdaderesenha luta pela liberdade
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Crítico/fotógrafo. Atualmente focando na graduação em jornalismo e escrevendo muito.
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