Conecte-se conosco

Cinema

Crítica | ‘Mãe de Verdade’ e as sutilezas do amor materno

Publicado

em

Mães de Verdade

“Mãe de Verdade” é um filme delicado e introspectivo sobre a maternidade. Ele conta a história do menino Asato (Reo Sato) e suas mães biológica e adotiva: Hikari Katakura (Aju Makita) e Kiyokazu Kurihara (Arata Iura). Tornar-se mãe é o ponto de mudança da vida dessas duas personagens.

Kiyokazu vive uma vida estável de classe média alta com seu marido Satoko (Hiromi Nagasaku). O casal trabalha em uma grande empresa e possui uma vida invejada, tanto por pessoas distantes quanto por pessoas próximas. O que ninguém sabe, é que o casal passa por grandes dificuldades para engravidar. O processo de fertilização angustia a vida a dois. Decidem, então, pelo processo de adoção. É no dia da adoção de Asato, que conhecem a jovem Hikari.

Drama familiar

Já, Hikari, é uma adolescente que ainda está descobrindo a vida. Apaixonada pelo colega de escola, se deixa levar por um profundo amor juvenil. A consequência é uma gravidez indesejada. Sua única opção é concordar em colocar o filho para a adoção. A partir desse momento, ela precisa lidar com as consequências das escolhas que adultos fizeram por ela e as dificuldades que é a vida adulta desesperançada de perspectivas.

“Mãe de Verdade” é um drama familiar e conta a história do amor de duas mães, que compartilham o mesmo filho, cada uma com seu sofrimento e singularidade. Uma história sensível e marcante sobre as dificuldades da maternidade, seu antes e depois, que se passa no Japão, mas de mensagem universal. Afinal, não importa onde ou como, tornar-se mãe é sempre um processo transformador.

O filme estreia neste dia 13 de maio nos cinemas.

Enfim, o trailer:

Ademais, leia mais:
Crítica | ‘O Auto da Boa Mentira’ traz Suassuna de volta aos cinemas
Crítica | Unidas Pela Esperança
Sérgio e o Buda | Crônica

Por fim, veja o curta “Na Beira”:

Anúncio
1 Comentário

1 Comentário

  1. Pingback: Crítica | Aqueles Que Me Desejam a Morte

Escreve o que achou!

Cinema

‘Aumenta que é rock ‘n roll’ traz nostalgia gostosa | Crítica

Longa protagonizado por Johnny Massaro e George Sauma estreia em 25 de abril.

Publicado

em

Uns anos atrás, mais especificamente em 2019, o Festival do Rio (e outros festivais do Brasil) trazia em sua programação um documentário sobre a Rádio Fluminense. “A Maldita”, de Tetê Mattos, que levava o título da alcunha pela qual a rádio era conhecida, narrava sua história e, além disso, a influência que teve em seus ouvintes. Para muitos, principalmente os que não viveram a época, foi o primeiro contato com a rádio rock fluminense.

Anos depois, no próximo 25 de abril, quinta-feira, estreia “Aumenta que é rock ‘n roll”, longa de Tomás Portella. O longa é baseado no livro “A onda maldita: Como nasceu a Rádio Fluminense”, escrito por Luiz Antônio Mello, criador da rádio. Protagonizado por Johnny Massaro na pele de Luiz Antônio, o filme foca em toda a trajetória do jornalista desde sua primeira transmissão na rádio do colégio, até o primeiro contato com a Rádio Fluminense (por causa de seu amigo e cocriador Samuca) e a luta pra fazer da Fluminense a rádio mais rock ‘n roll do Rio de Janeiro.

Muito rock

Pra começo de conversa, é preciso dizer que o filme é uma bela homenagem ao gênero rock. Além de uma trilha sonora com nomes de peso, como AC/DC, Rita Lee, Blitz e Paralamas do Sucesso, o longa consegue mostrar ao espectador do que o rock é verdadeiramente feito: de muita ousadia e questionamentos. Em uma época em que o gênero vem sendo esquecido, principalmente pelas gerações mais jovens, Tomás Portella consegue relembrar a todos que o rock é sinônimo de controversão e revolução, já que foi criado para questionar os ideais vigentes da época.

Isso fica muito claro nos personagens que compõem a rádio e que a tocam pra frente. A ideologia de fazer diferente fica tão nítida na tela que eu desafio o espectador a não sair do filme com vontade de revolucionar o mundo ao seu redor.

Roteiro

Isso se dá, obviamente, por um texto muito bem escrito e uma trama bem desenvolvida e bem amarrada. O que significa, portanto, que L.G. Bayão fez um ótimo trabalho na adaptação do livro.

Mas, além disso, as atuações dos atores em cena tambémajudam muito. Apesar de a maioria dos atores nem sequer ter vivido a época (no máximo, eram criancinhas nos anos 80), eles personificam a vontade de transformar da época. Principalmente Flora Diegues, que tem uma atuação tão natural que dá até pra pensar que ela pegou uma máquina do tempo lá em 1982 e saltou na época em que o filme foi gravado. Infelizmente, a atriz faleceu em 2019 e uma das dedicatórias do longa é para ela. Merecidissimo, porque Flora realmente se destaca entre os integrantes da rádio rock.

Sintonia fina

George Sauma interpreta o jornalista Samuca, amigo de colégio de Luiz Antonio que cria a rádio com o colega. A escolha dos dois protagonistas não poderia ser melhor, já que Johnny Massaro e George têm uma química que salta da tela. O jogo de dupla cheio de piadas, típico dos filmes de comédia dos anos 1980, funciona muito bem entre os dois. Os dois atores têm um timing ótimo para comédia e, ao mesmo tempo, conseguem emocionar quando o texto cai para o drama. Tanto George quanto Johnny brilham.

Também brilham a cenografia e o figurino do filme. Cláudio Amaral Peixoto, diretor de arte, e Ana Avelar, figurinista, retrataram tão bem a época que parece que estamos mesmo de volta aos anos 1980. A atenção aos detalhes faz o espectador, principalmente o que viveu tudo aquilo, se sentir dentro da rádio rock.

Nostálgico

Para resumir, é um filme redondinho e gostoso de assistir, com atuações incríveis e uma trilha sonora de arrasar. Duvido sair do cinema sem vontade de ouvir uma musiquinha de rock que seja!

Fique, por fim, com o trailer de “Aumenta que é rock ‘n roll”:

Ficha Técnica

AUMENTA QUE É ROCK ‘N ROLL

Brasil | 2023 | Comédia

Direção: Tomás Portella

Roteiro: L.G. Bayão

Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor Silva, Marina Provenzzano, Orã Figueiredo.

Produção: Luz Mágica

Coprodução: Globo Filmes e Mistika

Distribuição: H2O Films.

POR FIM, LEIA MAIS:

‘Evidências do amor’ | Crítica

‘Morte, vida e sorte’ é homenagem ao artista independente | Crítica

‘Saudosa Maloca’ leva personagens de Adoniran Barbosa à tela de cinema | Crítica

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências

Descubra mais sobre Vivente Andante

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading