Conecte-se conosco

Crítica

Netflix | ‘Maior Viagem: Uma Aventura Psicodélica’ entra no mundo do LSD com humor

Publicado

em

Maior Viagem: Uma Aventura Psicodélica (2020) Have a Good Trip: Adventures in Psychedelics

Netflix traz Maior Viagem: Uma Aventura Psicodélica (Have a Good Trip: Adventures in Psychedelics), um documentário que fala sobre os famigerados psicotrópicos. Drogas potentes que causam consequências diversas – e muitas viagens. É interessante ver várias celebridades falando sobre suas experiências, entre elas, o médico indiano Deepak Chopra, muito conhecido por seus livros e textos sobre espiritualidade, discorrendo sobre a realidade. Por outro lado, Sting se mostra quase como um entusiasta da utilização falando sobre a abertura das portas da percepção para novas conexões com o mundo. 

O que é sentir? A quantidade de reflexão advinda de uma experiência com ácidos e psicotrópicos é uma das principais questões abordadas nos depoimentos das celebridades que contam suas estórias. O filme coloca ácido e cogumelos como os refrigerantes dos psicotrópicos, por serem mais “populares”, mas passa rapidamente pelo peiote (mescalina) e ayahuasca (DMT). Vemos também o relato de um psiquiatra que estuda essas drogas e seus possíveis benefícios no tratamento de doenças mentais como ansiedade. 

Bad trips vs Nice trips

Ao mesmo tempo, ouvimos os casos das “bad trips”, cheias de paranoia e sentimentos de culpa, muitos advindos de criações religiosas. Pessoalmente, soube de amigos de amigos que tomavam um pedacinho por semana e, aos poucos, foram desenvolvendo síndrome do pânico. É difícil saber como cada um reage. O documentário, de certa forma, tenta até ser – humoristicamente – um manual de instruções para o uso e ironiza as campanhas contra. Não é neutro, mas sim claramente parcial. Não estimula o uso, mas tão pouco desencoraja. O objetivo parece ser diminuir o tabu e, por fim, ao vermos a crescente liberação de novas pesquisas e até do uso recreativo em alguns estados dos Estados Unidos, fica mais óbvio o caminho escolhido pelo filme.

O melhor de tudo para mim foi ver as animações. Em cada estória das celebridades, as viagens ganham vida através de desenhos animados, que proporcionam boas risadas. As imagens de geometrias psicodélicas e algumas alucinações possíveis e mais comuns são exemplificadas através dessas animações, as quais destaco. No geral, não tem nada de genial, todavia, diverte. Enfim, o documentário da Netflix, Maior Viagem: Uma Aventura Psicodélica, é uma “nice trip”.

Ademais, veja mais:

5 séries para assistir na Netflix durante a quarentena e um bônus
Nada Ortodoxa e a liberdade | Netflix
Caffè Sospeso é um filme aromático que desperta | Netflix

Cinema

Crítica | ‘John Wick 4: Baba Yaga’ é um épico de ação

A aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele derrotar a Alta Cúpula

Publicado

em

john wick 4

John Wick 4 traz novamente Keanu Reeves como um matador incomparável

O novo filme do assassino John Wick é apontado como o melhor da franquia. Mas por que? A princípio, o elenco cresce com atores como Donnie Yen (O Grande Mestre), Hiroyuki Sanada (Mortal Kombat), Shamier Anderson (Passageiro Acidental) e Bill Skarsgard (IT: A Coisa). Além disso, Aimée Kwan como Mia encanta com beleza e ferocidade. São ótimas aquisições e até abrem espaço para o futuro. Todos atuam com eficiência e tem carisma.

Na sinopse ofical, a aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele finalmente derrotar a Alta Cúpula. Mas, antes que possa ganhar a liberdade, deve enfrentar um novo e cruel inimigo com alianças em todo o mundo e capaz de transformar amigos em inimigos.

Com a direção de Chad Stahelski, o filme é o mais longo da franquia com 2h49, mas nem parece. Passa rápido, pois é extremamente frenético. John parece um super-herói invencível e imortal. Seu terno é uma armadura potente, inacreditável. Contudo, não é um filme sobre credulidade e sim sobre ação desenfreada. A base é tiro, porrada e bomba, mas com espaço para planos bastante criativos, uma cenografia impressionante. A direção de arte merece os parabéns, bem como a cinematografia de Dan Laustsen e seus jogos de cores. As cenas no Japão, a sequência entre obras de arte orientais, e os tiroteios em Paris são criativos e a direção de Chad Stahelski não deixa o ritmo cair.

O melhor John Wick

Como já citei, John Wick 4: Baba Yaga está sendo visto como o melhor da franquia. Não posso dizer algo sobre isso pois não vi os anteriores, talvez somente cenas aleatórias. Sou daqueles que acha que um filme deve funcionar sozinho, mesmo sendo uma sequência e que você não tenha visto nenhum dos outros. Dessa forma, afirmo que esse funciona. Não senti falta de ter assistido o que aconteceu antes e não precisei disso para entender o que ocorria ali. Ou seja, mais um ponto para o longa. Pude me divertir e aproveitar aquele entretenimento sem preocupações. E é para isso que o filme serve. É exatamente o que busca entregar, e consegue.

Em verdade, talvez esse seja um dos melhores filmes de ação que vi nos últimos tempos. Há cenas belíssimas e divertidas. No clímax, a longa cena da escada até Sacre Couer no terceiro ato apresenta boas coreografias e comicidade na subida até o inferno. O diretor conduz muitas vezes como um videogame, escolhendo ângulos que nos colocam dentro daquela zona de guerra.

Afinal, John Wick 4: Baba Yaga chega aos cinemas em 23 de março.

Por fim, leia mais:

Crítica | Em ‘Shazam! Fúria dos Deuses’ a diversão se sobrepõe aos problemas

Espetáculo ‘Carne de Segunda’ aborda a violência contra a mulher em Ipanema

‘O Rio do Desejo’ navega com eficiência por sentimentos humanos sombrios | Crítica

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências