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Cinema

Mercenários 4: Mais ação, explosões e piadinhas

Mais do mesmo para os fãs da franquia

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mercenarios 4

“Os Mercenários 4” chega aos cinemas seguindo a onda de franquias e procurando manter aberto para outras sequências. Os dois primeiros eram uma grande reunião de estrelas de ação dos anos 80 e 90, porém, os que vieram depois são simplesmente para esticar a franquia. O quarto traz de volta os heróis de ação (não todos) que os fãs adoram ver nas telonas. No entanto, ao olhar mais de perto, é difícil evitar a sensação de que este capítulo não alcança o nível estabelecido pelos dois primeiros filmes, permanecendo mais fiel ao estilo do terceiro.

Desde o início, a série “Os Mercenários” foi conhecida por sua mistura de piadinhas, explosões e ação intensa. “Mercenários 4” não é exceção. Com um elenco que inclui Sylvester Stallone, Jason Statham, Megan Fox e 50 Cent, o filme certamente não economiza nas cenas de ação espetaculares. As sequências de luta são bem coreografadas e os atores principais têm a fisicalidade necessária para torná-las convincentes. A primeira cena de Megan Fox achei bastante constrangedora, ainda mais com o cargo que ela vem a assumir posteriormente, mas, isso é Mercenários…

Camaradagem

A trama envolve a prevenção de um cataclismo global nas mãos de um vilão armado com armas nucleares. O mesmo de sempre. É somente uma desculpa para tiro, porrada e bomba.

Uma das virtudes da película é a camaradagem entre os personagens, um elemento-chave da franquia. No entanto, em “Mercenários 4,” essa dinâmica parece mais superficial do que nunca, com menos tempo dedicado ao desenvolvimento dos relacionamentos entre os membros do grupo.

Em resumo, “Mercenários 4” é um filme repleto de adrenalina, piadas e cenas de ação que tem tudo para agradar aos fãs da série. No entanto, para aqueles que esperam a mesma vibração dos primeiros filmes, podem se sentir um pouco decepcionados. Ainda assim, é um filme que cumpre sua promessa de entretenimento de alta octanagem e é uma opção para quem procura ação sem compromisso nas telonas.

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Crítica | ‘O desafio de Marguerite’ mostra a potência da mulher

Filme estreia em 07 de dezembro no Brasil.

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O desafio de Marguerite.

O desafio de Marguerite foi destaque na primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Biarritz. Além disso, foi apresentado na Sessão Especial do Festival de Cannes de 2023, onde venceu o prêmio do júri técnico CST Young Film Technician Award, pela direção de arte assinada por Anne-Sophie Delseries. O longa de Anna Novion estreia no Brasil no dia 07 de dezembro, com distribuição da Synapse Distribution.

O filme conta a história de Marguerite Hoffmann, uma estudante de 25 anos que está prestes a apresentar sua tese de doutorado. Mas, quando um erro técnico acaba com sua teoria, ela decide sair da universidade e aplicar o que aprendeu na vida real. A personagem foi inspirada em uma experiência pessoal da diretora e na trajetória de Ariane Mézard, uma das grandes matemáticas francesas da atualidade. “Ela foi a primeira pessoa que conversou comigo sobre matemática de uma forma artística e imaginativa, o que me interessa muito como cineasta”, diz Anna Novion.

A diretora conta também que, quando tinha cerca de 20 anos, ficou doente e precisou se afastar do convívio social por seis meses. Ao retornar, sentiu uma lacuna entre ela e as pessoas da mesma idade, como se não pertencessem ao mesmo lugar. Essa experiência de desconexão com o mundo e com as outras pessoas, aliada aos ensinamentos de Ariane, tornaram O Desafio de Marguerite possível de acontecer.

Para exemplificar, fique com o trailer:

Originalidade

O ponto alto do filme é, sem dúvida, sua temática diferenciada. A diretora se utiliza da matemática e do fato de Marguerite não ter outra vivência senão o estudo da ciência para mostrar como as pessoas arranjam artifícios dos mais variados para esconder suas fragilidades e se esconderem do mundo. É uma forma bastante criativa de tratar do assunto, principalmente por ser uma mulher. Temos muitos filmes retratando cientistas e estudiosos de áreas das Exatas homens, porém poucos que mostram mulheres cientistas.

O motivo disso aparece em O desafio de Marguerite e está no fato de se relacionar sempre mulheres a sentimentos e associar isso a algo negativo. Como o orientador de Marguerite diz, “matemáticos não podem ter sentimentos”, e a sociedade acredita que só mulheres os têm. E , além disso, que essa característica as resume. O filme mostra que não. E que é possível utilizar esses sentimentos ditos negativos no mundo científico para benefício próprio. E, também, como a mulher é desvalorizada no mundo acadêmico, principalmente em um tão masculino como o da matemática.

O desafio de Marguerite
Imagem: Divulgação.

É muito original, também, a forma como os conflitos de Marguerite são resolvidos. Os caminhos que ela vai tomando a partir de sua saída da universidade. É um roteiro que não segue o óbvio. Ele te surpreende a cada passo tomado, e isso é muito surpreendente. Principalmente em um mundo tomado de obras audiovisuais previsíveis.

Ritmo diferente

Contudo, exatamente por não ser uma produção genérica e mais do mesmo, há um burilamento no roteiro, ele tem um ritmo diferente do que se vê por aí hoje em dia. Portanto, o espectador acostumado a um ritmo mais acelerado vai estranhar. Pode, inclusive, achar um pouco chato. É um filme cheio de silêncios, principalmente por causa da natureza contida de Marguerite. Ele te obriga a observar o tempo inteiro, assim como precisa fazer um matemático tentando provar uma hipótese. Isso não significa que é um filme chato ou lento demais. Por causa do ritmo, você entra aos poucos na vida e na cabeça de Marguerite, e esse tempo ajuda a compreender melhor a personagem.

Ella Rumpf brilha no papel de Marguerite, essa mulher que faz de tudo para se esconder do mundo e das pessoas. E que só sabe enxergar seu potencial no mundo acadêmico, mas não tem ideia de como enfrentar o mundo real. É bonito de ver como a atriz se entregou ao papel e a forma como ela retrata a personagens aos poucos se entregando e entendendo como o mundo funciona fora dos portões da universidade.

“Quando conheci Ella Rumpf, conversamos muito e eu simplesmente soube. Tive a sensação de que poderia haver uma conexão fascinante entre Ella e a personagem, e que daria à luz uma encantadora Marguerite. Ela exalava uma intensidade e um comprometimento que eu queria filmar”, disse Anna Novion.

É um filme encantador, que mostra a potência da mulher. Em qualquer área que escolha viver.

Anna Novion.
A diretora Anna Novion.

Ficha técnica

O DESAFIO DE MARGUERITE

Le Théorème de Marguerite | 2023 | França | 1h52 | Drama

Direção: Anna Novion

Roteiro: Anna Novion e Mathieu Robin

Elenco:  Ella Rumpf, Jean-Pierre Darroussin, Clotilde Courau

Produção: TS Productions

Distribuição: Synapse Distribution

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