Semana passada, nós, do Vivente Andante, fomos na pré-estreia do filme “Ninguém é de ninguém”. Hoje, trazemos a crítica do filme.
A trama gira em torno de dois casais: Gabriela (Carol Castro) e Roberto (Danton Mello), e Renato (Rocco Pitanga) e Gioconda (Paloma Bernardi). Gabriela trabalha na firma de Renato. Roberto, um marido obsessivo, se convence de que a esposa está tendo um caso com o chefe. Tudo se intensifica quando ele sofre um golpe do sócio, deixando-o ainda mais paranoico e instável emocionalmente. Gioconda, tão possessiva quanto Roberto em relação ao marido, também se vê envolvida nessa teia de ciúmes.
Livro de 2000, temática atual
Como se pode perceber pela sinopse acima, o tema central do filme é relacionamento abusivo. Com reações diferentes, Roberto e Gioconda são duas pessoas que se enxergam donos de seus pares e não medem limites para “proteger” a união. Os limites de uma relação amorosa têm sido discutidos bastante hoje em dia e é uma conversa que não se exaure porque, infelizmente, a cada dia vemos mais pessoas fazendo loucuras pra manter seus amores perto. O amor possessivo é bastante analisado no filme, e com bastante responsabilidade. Louros do diretor Wagner de Assis.
Quem também se destaca no longa é Carol Castro. A atriz mostra que consegue fazer todo tipo de papel, porque vai ao extremo das emoções de uma forma que toca o espectador. O elenco inteiro mostra muito respeito ao filme e uma entrega muito grande aos seus personagens. Mas há de se ressaltar a atuação de Carol Castro.
Filme espírita?
Se você pensou em não assistir a “Ninguém é de ninguém” porque é um “filme espírita”, pode ficar tranquilo. Ao menos 85% do filme nem sequer fala sobre algum assunto religioso. E o enredo é muito importante e atual, apesar de ser adaptação de um livro publicado no ano 2000. O roteiro adaptado é de Wagner de Assis, que também dirige o longa. O livro, contudo, foi escrito por Zíbia Gasparetto, ditado pelo espírito Lucius. O filme é dedicado a ambos.
Aos espíritas, porém, informo: a forma como são mostradas as situações baseadas na religião não são exatamente do jeito que acontece na vida real (e digo isso como mulher que nasceu em família espírita). Mas sabemos que é preciso deixar as imagens fáceis de serem entendidas por todo mundo, e também visualmente nítidas. Portanto, é possível aceitar essa licença poética feita pelo diretor para deixar tudo mais palatável.
“Ninguém é de ninguém” estreou nos cinemas no dia 20 de abril e segue no circuito nacional.
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