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Crítica | ‘Noite Infeliz’ traz Papai Noel como um héroi de ação

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Noite Infeliz é o mais novo filme dos mesmos produtores de Anônimo e Trem-Bala. Assim como os outros dois longas citados, trata-se de um filme de ação exagerado, só que desta vez com uma sacada natalina em sua trama.

Na história seguimos nada mais nada menos que o Papai Noel, em boa interpretação de David Harbour, em mais uma noite atarefada de véspera de natal. O bom velhinho se encontra cínico e desacreditado com a humanidade, convencido que a ganância tomou conta de tudo. Além disso, acha que as pessoas como um todo pararam de acreditar nele e no verdadeiro significado do feriado. Dessa forma, pretende que esse seja o último natal em que entregará presentes para as crianças de todo o mundo.

Tudo muda quando, durante suas entregas, o Sr. Noel decide descansar um pouco no meio do serviço. Durante essa pequena folga, porém, um grupo de mercenários invade a casa. Liderados por uma pessoa com o codinome Sr. Scrooge (John Leguizamo), os bandidos fazem a família inteira de refém, tudo para acessar um cofre que contém 300 milhões de dólares. No lugar errado e na hora errada, São Nicolau agora deve lidar com a situação da única maneira possível: descendo o cacete em todo mundo e salvando o natal.

Comédia + ação

Noite Infeliz não é só um ótimo filme de ação, mas também tem elementos de comédia muito bem feitos. Sua premissa absurda é bem aproveitada, não só para arrancar risadas da platéia, mas também pega vários clichês de filmes natalinos e os vira de ponta cabeça, como uma boa sátira faz. O humor neste filme não é raso e nem feito com a intenção de zombar filmes natalinos como um todo, ou meramente apontar que esses clichês existem. Ao invés disso, suas piadas são muito bem enraizadas na história e dão um tom ácido para tudo, sempre com reverência.

O lado da ação também não desaponta. Tudo é feito com um ritmo agradável de assistir, sem ter explosões e pancadaria pra tudo que é canto o tempo todo. Assim como bons filmes de ação fazem, Noite Infeliz te dá tempo e espaço para respirar entre as cenas de adrenalina, mantendo investimento nos diferentes personagens da trama e desenvolvendo-os de maneiras interessantes. Isso não quer dizer que as cenas de ação sejam poucas ou chatas. Papai Noel pode ser um bom velhinho, mas é muito mau com quem foi malvado esse ano, e acaba com a raça dos vilões de maneiras bem brutais.

Afinal, mesmo com expectativas altas após ver o trailer, o filme não desapontou, muito pelo contrário. O roteiro é redondo, a ação efetiva e bem coreografada, com boas atuações para o que propõe. Ainda por cima, conta com ritmo e duração bastante aceitáveis, e é muito engraçado. Ou seja, essa “noite infeliz” está mais pra noite feliz mesmo.

Enfim, se liga no trailer, e siga lendo:

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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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