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Crítica | ‘O Amor dá Voltas’ tem bela fotografia e romances estranhos

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o amor dá voltas

Quando um filme se propõe a nos contar uma história de amor, essa relação precisa estar bem estabelecida e os personagens envolvidos precisam conquistar também o público. É fácil vermos personalidades e características mais exageradas do que veríamos na vida real justamente para chamar mais atenção. O Amor dá Voltas de Marcos Bernstein se esquece justamente desses dois pontos, mesmo que tenha uma boa história base.

No filme, André (Igor Angelkorte) ficou por um ano em algum país não mencionado no continente africano pelo Médicos Sem Fronteira. Durante esse período se correspondia com sua amada Beta (Juliana Didone) por meio de cartas. Mas ao retornar André descobre que quem estava respondendo na verdade era Dani (Cleo), irmã de Beta.

Aliás, confira abaixo a conversa que tivemos com Cleo e o diretor de O Amor Dá Voltas, Marcos Bernstein, e siga lendo:

Durante o filme é bastante compreensível porque Beta deixa de responder as cartas e entra em um novo relacionamento. Difícil é entender como ela e a irmã se apaixonaram por um cara tão sem sal. O objetivo era que André fosse o cara estranho e engraçado, mas ele é só estranho de uma forma que não dá nem pra gostar. É alguém sem habilidade social alguma, que toma decisões estranhas para problemas que não são problemas reais.

É difícil ate descrevê-lo de tão mal elaborado é seu personagem. E parece que há um efeito dominó, o péssimo protagonista acaba atrapalhando as personagens de Cleo e Juliana Didone. A relação entre eles não é nada crível mas no caso de Dani chega a ser pior. Há um diálogo muito solto em que a personagem conta que já gostava de André desde antes dele namorar a irmã e esse vai ser o máximo de contexto que teremos.

Para piorar, Beta ainda retoma sua paixão por André em um momento que não convence nem um pouco. Parece que faltou uma roteirista junto do diretor e de Victor Atherino e Marc Bechar, que também assinam o roteiro.

Em seguida, a entrevista que fizemos com Juliana Didone e Igor Angelkorte:

Apesar de tudo é preciso elogiar o trabalho de Gustavo Hadba e Lula Cerri com a fotografia do filme. Temos cenas muito bonitas que ajudam a relevar um pouco esse romance pouco provável, em especial, na água. Por fim fica uma sensação que seria possível curtir mais essa história se os personagens nos permitissem acreditar em suas motivações e ações.

Afinal, O Amor dá Voltas estreia hoje nos cinemas.

Ademais, leia mais:

Emancipation – Uma História de Liberdade | Crítica

Cabelo de Preto | Crônica

 

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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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